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Após o Divorcio Meu Marido Se Arrependeu romance Capítulo 104

— Tem certeza que não posso ir junto? — Ethan perguntou com o olhar pidão mais cativante que Helen já tinha visto.

Ela estava na sala da presidência, conferindo os últimos detalhes do projeto que apresentaria na Itália com Tânia. A viagem seria rápida, dois dias intensos de reuniões e apresentações, e um fim de semana livre para relaxar.

— Amor, são só quatro dias. Eu volto antes de você perceber — ela respondeu, sorrindo, mesmo com o coração apertado de saudade antecipada.

Ethan fez um bico dramático, cruzando os braços.

— Quatro dias é uma eternidade pra quem dorme com você toda noite.

Helen riu, largando a prancheta e caminhando até ele.

— Eu também vou sentir sua falta. Mas pensa pelo lado bom: quando eu voltar, posso usar aquela lingerie preta que você gosta tanto.

— Hmm… isso é quase um argumento.

— Quase?

— Eu tenho um contra-argumento melhor — ele murmurou, puxando-a pela cintura até que suas bocas estivessem a centímetros de distância. — Que tal fazermos amor aqui mesmo? Só pra eu ter uma lembrança antes da sua ausência me matar?

Ela mordeu o lábio, sentindo o corpo reagir à proposta.

— Na presidência?

— No banheiro da presidência. Mais privacidade e adrenalina.

— Ethan!

— Helen… — ele a encarou com aquele olhar azul que desmoronava qualquer defesa — eu quero você agora!

Em segundos, os dois estavam trancados no luxuoso banheiro da sala. As roupas começaram a cair como folhas levadas pelo vento. Ethan a ergueu e sentou-a sobre a pia de mármore, com as mãos ávidas percorrendo as curvas que conhecia tão bem.

— Eu preciso de você — ele murmurou contra o pescoço dela. — Preciso lembrar como é estar dentro da mulher que eu amo antes que você vá.

Helen gemeu ao sentir os dedos dele deslizarem por sua intimidade.

— Ethan…

Helen levou a mão até as calças do marido e com destreza começou a destacar enquanto Ethan retirava o seio dela do sutiã e mordiscava o mamilo.

— Ahh amor…

— Puta que pariu chatinha você é muito gostosa!

Ele penetrou com força, fazendo-a se agarrar a seus ombros enquanto ele a possuía com urgência e paixão. Os corpos se moviam em sincronia, ofegantes, sussurrando promessas, beijos e gemidos abafados pelo prazer.

— Isso é só pra você lembrar — ele sussurrou ao ouvido dela enquanto a sentia se desfazer ao seu redor. — e ficar com saudade e voltar correndo para mim.

— Eu nunca esqueço… — ela murmurou com um sorriso ofegante. — e sempre irei voltar.

Dois dias depois, Helen e Tânia estavam na Itália. O projeto foi um sucesso. A parceria com a empresa italiana estava consolidada e todos os elogios à apresentação deixaram as duas extasiadas. A sexta-feira chegou com gosto de missão cumprida. Mas no coração de Helen… havia inquietação.

Ela tentou ligar para Ethan várias vezes. O celular ia direto para a caixa postal.

Tânia disse que ele provavelmente estava ocupado, que homens tinham o dom de esquecer o telefone em modo avião por dias. Helen até quis acreditar, mas havia algo ali. Uma sombra. Um frio estranho no estômago que não se dissipava.

Foi então que, no sábado de manhã, ela decidiu: voltaria mais cedo.

— Quero surpreendê-lo — disse para Tânia. — Não vou avisar, quero fazer uma surpresa!

— Ele vai pirar — Tânia respondeu sorrindo. — Vai se derreter inteiro.

O voo de volta foi tranquilo. Helen chegou ao aeroporto pouco antes das 23h e, animada, ligou para Zoe.

— Zoe? Pode vir me buscar? Acabei de chegar e quero fazer uma surpresa para o Ethan.

Helen começou a caminhar devagar e viu roupas espalhadas pelo chão, masculinas e femininas.

Zoe entrou logo atrás e estancou.

— Helen…

Mas Helen não respondeu. Seus olhos já estavam marejados. Ela caminhou devagar até o quarto, fazendo uma prece para que tudo não passasse de um mal entendido. Empurrou a porta com a ponta dos dedos e seu mundo parou ao ver a cena bem diante dos seus olhos.

Miranda deitada sobre Ethan, os dois completamente nus e abraçados. O rosto dele, enterrado no pescoço dela, da mesma forma que ele costumava dormir com ela.

O peito de Helen ardeu. Sua mente quis negar, ela sentiu um bolo subir, mas se conteve. Mas o pior era o seu coração…. esse apenas sangrou.

Zoe chegou logo atrás, empalidecendo ao ver a cena. Mas antes que pudesse dizer qualquer coisa, Helen já havia se virado e corrido.

— Helen! Espera! — Zoe gritou, correndo atrás da cunhada.

Mas Helen não ouviu.

Desceu as escadas como uma avalanche, com os olhos embaçados pelas lágrimas. Ignorou os gritos de Zoe. Ignorou a dor cortando por dentro. Entrou no primeiro táxi que passou sem nem perguntar para onde ia.

Tudo era ruído.

Tudo era mentira.

Ethan havia mentido.

Havia dito que a amava. Havia feito amor com ela dizendo que a amava, que sentiria sua falta. E agora estava ali. Com Miranda em seus braços, como se Helen nunca tivesse existido.

As lágrimas caíam em silêncio. O peito doía como se estivesse sendo esmagado de dentro pra fora. E tudo o que ela pensava era:

“Era mentira. Tudo não passou de uma mentira.”

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