O vapor quente preenchia o banheiro, subindo em ondas suaves das paredes de azulejo e dançando no ar entre dois corpos cada vez mais perigosamente próximos. Helen, com os cabelos presos de qualquer jeito e a camiseta de Ethan colada ao corpo por conta da umidade, tentava manter o foco.
Tentava. Mas Ethan era pura tentação, mesmo com o gesso na perna.
Ela se abaixava para alcançar o sabonete, se movia entre as pernas dele para ensaboar seus ombros, evitava encarar os olhos azuis que a acompanhavam em cada gesto.
A camiseta, que antes a cobria com inocência, agora grudava nos seios, deixando os mamilos nitidamente marcados sob o tecido fino. E quando ela se inclinou para ensaboar o braço dele, os seios roçaram sutilmente em sua pele molhada.
Ethan soltou um gemido baixo e rouco.
— Chatinha…
— Fica quieto, Ethan. — ela respondeu sem olhar, mas com a voz falha. — Deixa eu terminar seu banho.
Mas ele não conseguia ficar quieto. A mão dele, antes repousando sobre a coxa, deslizou suavemente entre as pernas dela, por baixo da barra da camiseta molhada, e pressionou de leve com os dedos por cima da intimidade encharcada, sentindo o calor úmido que não negava nada.
— Ethan… — ela arfou, sentindo o corpo inteiro reagir ao seu toque. — Não…
— Tão molhadinha… — ele murmurou, aproximando o rosto do pescoço dela, onde respirou fundo. — E ainda quer fingir que é só banho.
Ela tentou se afastar, mas seus dedos já procuravam o caminho proibido. Desceram até o quadril dele, percorrendo o abdômen, até alcançar o membro rígido que já pulsava.
Ethan gemeu alto ao sentir o toque.
— Helen… você vai me matar.
— Preciso lavar isso direito. — ela sussurrou contra o ouvido dele, deslizando a mão por cima do volume pulsante.
— Lava, chatinha… — ele respondeu com a voz embargada de prazer. — Lava gostoso… vai… own…
Ela sorriu, maliciosa, e se ajoelhou devagar, com os olhos cravados nos dele, enquanto a água morna escorria pelos ombros, pelos seios ainda colados à camiseta, e pelo espaço entre eles que já não existia mais.
O vapor tomava conta do espelho. O som da água quente ainda ecoava pelo azulejo molhado, abafando o mundo lá fora. O toque de Helen, preciso e ousado, fazia Ethan esquecer que estava de muleta, engessado, limitado.
Ela estava ajoelhada diante dele, com o olhar firme, a respiração descompassada, a mão ainda pressionando com firmeza o membro rígido dele.
— Chatinha por tudo o que é mais sagrado, não me torture… — ele murmurou, ofegante.
Helen sorriu, mordendo o lábio inferior, antes de subir lentamente, o corpo encharcado grudando no dele. Os mamilos, marcados sob a camiseta molhada, roçaram no peito quente de Ethan, arrancando um gemido rouco.
— Estou lavando direitinho? — sussurrou enquanto o masturbava devagar.
— Ah caralho, porra, puta que pariu!
Helen sorriu e fez um bico engraçado.
— Nossa, não sabia que homens certinhos e engravatados falavam palavras feias.
— Vou mostrar para você o que homens certinhos e engravatados sabem fazer! Foda-se o gesso.
— Ethan…
Mas ele não deixou espaço para dúvidas. Com uma força que vinha do desejo bruto, da urgência que os dominava, Ethan a envolveu com um dos braços ao redor da cintura e a suspendeu, com cuidado, mas com firmeza, colando o corpo dela ao dele como se não houvesse mais nenhuma barreira.
As costas dela bateram com suavidade contra a parede fria do banheiro, o contraste do azulejo gelado com o calor dos corpos aumentaram ainda mais a tensão elétrica que os envolvia.
Ela passou as pernas ao redor da cintura dele, com os olhos arregalados de surpresa e excitação.
— Por que você tá rindo?
Ethan a soltou devagar, mas manteve o corpo colado ao dela enquanto falava, com um sorriso entre divertido e derrotado:
— Acho que a gente vai ter que tirar o gesso.
— O quê?
— Ele está completamente molhado. E agora… também meio torto.
Helen levou a mão à boca, surpresa, depois caiu na gargalhada, apoiando a testa no ombro dele.
— Você é um desastre, Ethan Carter!
— Eu sou um homem em estado de emergência hormonal. A culpa é sua. — respondeu ele, rindo também.
Ela olhou para o gesso, depois para ele, ainda colada ao corpo nu e suado de Ethan.
— Você tem certeza que valeu a pena?
Ethan colou a testa na dela, o sorriso agora se tornando mais doce.
— Por você, eu quebrava a perna outra vez.
Helen rolou os olhos, mas não respondeu. Apenas o beijou. Devagar, com carinho, com promessas silenciosas de que aquela entrega não era um fim.
Era só o começo.

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