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Após o Divorcio Meu Marido Se Arrependeu romance Capítulo 142

O elevador abriu no último andar da Carter Enterprises com um discreto ding, revelando Ethan Carter, mais uma vez em pé, firme, vivo e de volta ao trono que por semanas ficou silencioso. Alto, imponente, vestindo um terno azul-marinho impecável e usando apenas uma leve muleta como apoio, ele parecia uma visão, um homem que venceu a morte e agora caminhava novamente sobre seu império como um rei retornando ao trono.

Os primeiros passos dele sobre o mármore claro fizeram mais barulho que o normal. Talvez fosse a emoção, talvez fosse o fato de todos os funcionários parecerem ter parado por um segundo para absorver aquela cena.

Os murmúrios começaram discretos.

— É ele? — cochichou uma estagiária na recepção.

— Meu Deus, é o senhor Carter! — comentou um dos gerentes, com os olhos arregalados.

E então, como uma onda de calor invadindo uma sala fria, sorrisos começaram a brotar por todos os rostos. Colegas que nunca haviam falado diretamente com o CEO sentiam o impulso de aplaudir. E, de fato, um ou outro fez isso, discretamente, como se aplaudir o retorno de alguém tão grandioso fosse algo a se fazer com reverência.

Sorrisos surgiam espontaneamente conforme ele passava. Alguns batiam palmas, outros apenas acenavam discretamente, mas todos compartilhavam a mesma emoção. Afinal, o acidente que quase lhe custou a vida também deixará uma sombra por ali. Agora, o sol voltava a brilhar.

— Senhor Carter! — Simone, sua fiel secretária, surgiu como se tivesse esperado o dia todo só por aquele momento. Seus olhos marejados denunciavam o quanto se importava.

Ethan abriu os braços e a envolveu num abraço rápido, mas apertado.

— Você não imagina o quanto sentimos sua falta por aqui. — disse ela, ainda segurando o choro.

— Eu imagino sim — respondeu ele, com um sorriso leve. — Eu senti falta daqui também… mas precisei de um tempo.

— E como está se sentindo?

— Melhor do que nunca. — Ele piscou. — E feliz. Extremamente feliz.

— A Helen? — perguntou Simone, curiosa, mas com doçura.

O sorriso dele ficou ainda mais largo. Era impossível esconder o brilho nos olhos.

— Dormindo. Linda. E com sono de grávida.

Simone arregalou os olhos.

— Senhor Carter, isso é sério? Ela está grávida?

Ethan assentiu, com orgulho evidente no peito.

— Está sim. E antes que você diga qualquer coisa: sim, eu estou completamente babão.

A porta da sala de reunião se abriu, e Tânia, assistente de Helen, surgiu com uma pasta de documentos em mãos. Ela parou abruptamente ao ver o CEO ali, tão inteiro, tão real.

— Senhor Carter?! — exclamou, surpresa e feliz. — Isso sim é uma bela visão para uma segunda-feira.

Ethan riu, aproximando-se com naturalidade.

— Bom dia, Tânia.

— Onde está minha chefinha? Está bem?

— Está. — Ethan respondeu, relaxando os ombros. — Mas eu não tive coragem de acordá-la para trabalhar. Ela estava dormindo, toda linda, com o rosto amassado no travesseiro, resmungando sobre croissants. Não consegui.

Tânia e Simone trocaram um olhar cúmplice, sorrindo.

— Sabe como é… — Ethan continuou, com aquele tom sereno que só o amor permite — preciso cuidar bem da minha esposa agora. Ela está grávida do nosso filho, ela precisa descansar.

— Senhor Carter… gravidez não é doença — comentou Tânia, entre risos.

— Eu sei. — Ele riu também. — Mas me dá uma desculpa perfeita para dengo. E, por favor, não conte pra ela que eu disse isso. Sei que adora fingir que não gosta de mimo.

As duas caíram na risada.

— Pode deixar — disse Simone, limpando discretamente uma lágrima. — Mas, senhor Carter, sinceramente… é muito bom tê-lo de volta.

— Obrigado. É bom estar de volta. Agora que sei o que quase perdi, valorizo ainda mais o que construí aqui… e em casa.

— Quando Liam chegar, eu aviso que o senhor quer vê-lo? — perguntou Simone.

— Sim, por favor. Quero reunir toda a diretoria ainda hoje. Não para cobranças, mas para agradecer.

— Claro — disse ela, entrando para organizar a agenda.

Ethan observou o escritório. A vista era a mesma: janelas amplas, o skyline da cidade se estendendo até o horizonte, mas havia algo novo ali dentro dele. Um sentimento de pertencimento, mas sem a velha arrogância. Como se agora, ele fosse um homem inteiro. Curado. E cheio de gratidão.

Ao entrar em sua sala, ele se dirigiu à cadeira, mas não sentou. Em vez disso, ficou alguns minutos em pé, observando a cidade. Pensava em Helen, na forma como ela o amou mesmo quando ele estava quebrado. Lembrava dos olhos dela cheios de lágrimas quando ele acordou do coma, da forma como ela sussurrava “fica comigo” mesmo quando achava que ele não escutava.

— Eu fiquei, meu amor. Fiquei. — murmurou.

O telefone tocou. Era Simone.

— Senhor Carter, Liam acaba de chegar. Quer que o mande entrar?

— Mande sim. E depois… por favor, peça a Tânia que leve flores para a Helen em nome da presidência. Rosas. Muitas. Vermelhas. Com uma nota: “Te amo mais que o topo do mundo.”

— Vai ser um prazer.

Segundos depois, Liam entrou e, ao ver Ethan, parou como se ainda não acreditasse.

— Você voltou.

— Voltei, irmão. E temos muito o que conversar.

Eles se abraçaram forte. Sem palavras por um momento. Liam havia sido sua fortaleza nos bastidores. Seu irmão de sangue e de vida.

— A empresa sobreviveu sem mim?

— Sim… mas mal. — Liam riu. — Está na hora de colocarmos tudo de volta no eixo.

— Cara… — Ethan deu uma risada quase nervosa. — Eu vou ser pai! Pai de um moleque ou de uma princesinha…

— Tomara que seja um moleque — disse Liam, rindo.

— Por quê?

— Porque senão você vai colocar sua filha num convento!

Ethan riu alto, depois ficou sério, encarando a cidade pela janela.

— A minha princesinha… Nenhum macho com um pinto no meio das pernas vai se aproximar dela. Eu mato!

Ambos gargalharam. Era impossível não se contagiar com a energia de Ethan. Ele estava transbordando alegria, esperança e uma paixão que parecia rejuvenescê-lo. Um homem que sabia o valor da mulher que tinha e não pretendia desperdiçar mais um segundo.

— Senhor Carter? — Simone apareceu mais uma vez na porta.

— Diga.

— O senhor James Foster está aqui e pediu para falar com o senhor.

Enquanto isso do outro lado da cidade…

Helen estava deitada na cama que agora compartilhava com o seu marido. Usava uma de suas camisas de malha e via televisão. Estava abraçada ao travesseiro do marido e orava para que as horas passassem rápido e ele pudesse chegar logo, mas foi surpreendida pelo toque da campainha e se levantou devagar.

Ao abrir a porta encarou o homem do outro lado da porta e antes de perguntar alguma coisa, ouviu.

— Senhora Carter?

— Pois não.

— Encomenda para a senhorita.

Helen olhou para as mãos do homem e sorriu ao ver a caixa com o nome de sua doceria preferida. Pegou a caixa e em seguida o lindo buque de lirios brancos e com um sorriso largo nos lábios disse:

— O-obrigada!

Fechou a porta e saiu correndo como uma garotinha com os presentes para o quarto. Deitou na cama, levou as flores ao nariz e aspirou seu perfume fechando os olhos e sussurrando:

— Ethan…

Em seguida, abriu a caixa de papelão bem decorada e sentiu a boca salivar quando viu vários cupcakes bem recheados e pãezinhos de queijo quentinhos. Sorriu feito boba ao ver uma garrafinha contendo um suco “laranja com beterraba”, sorriu lembrando da conversa que teve com o marido pela manha, ele dizendo que “beterraba era bom para o bebe e ela questionando que detestava, e mesmo assim ele dizendo que com laranja ficava gostoso. Viu que no canto da caixa tinha um pequeno envelope, abriu e sorriu ainda mais ao ver o que estava escrito:

“Descansa, minha chatinha linda. Eu e o bebê precisamos de você forte e feliz. Te amo mais do que cupcakes.”

Helen sorriu e fechou os olhos sussurrando:

— Amamos você…

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