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Após o Divorcio Meu Marido Se Arrependeu romance Capítulo 82

A porta do banheiro se fechou com um clique suave, mas Ethan ficou parado no mesmo lugar por alguns segundos, como se estivesse tentando processar o que acabara de acontecer. Helen, de vestido preto, olhar afiado e um sorriso que derretia até o gelo russo, acabara de provocá-lo até o limite… e depois desaparecera atrás de uma porta.

Ele passou a mão pelo rosto, caminhando até o bar da suíte. Serviu-se de um gole de uísque e bebeu devagar, o olhar fixo na parede de vidro que mostrava Moscou iluminada. O mundo lá fora parecia congelado no tempo, mas dentro dele… tudo queimava.

Quando ouviu o som do chuveiro sendo ligado, seu corpo reagiu no mesmo instante. Cada provocação de Helen, cada gesto dela naquela noite, desde o vestido colado ao corpo até o jeito como provava a sobremesa da colher dele, parecia ter sido feito sob medida para testar sua sanidade.

Mas ela era mais do que apenas desejo. Havia algo em Helen que o fazia querer permanecer. Que o fazia não apenas querer despí-la… mas desvendar cada camada dela.

Deixou o copo no balcão, desabotoou a camisa lentamente, sem pressa. Quando a porta do banheiro se entreabriu e o vapor escapou, Ethan já estava com a respiração alterada.

Helen surgiu com uma toalha enrolada no corpo e a pele levemente rosada do banho quente. Os cabelos úmidos caíam soltos, e os olhos dela brilharam ao vê-lo ali, encostado à moldura da janela, de camisa aberta e expressão faminta.

— Você ainda está vestido? — ela perguntou, com um arquejo debochado.

— Estava te esperando. Ia tirar tudo só se tivesse certeza de que você viria terminar o que começou.

Ela caminhou lentamente até a mala, pegou uma camisola de cetim azul-escuro e passou por ele rumo ao closet. Mas antes de entrar, virou-se e disse:

— Pode olhar, se quiser. Mas só se prometer não encostar.

Ethan fechou os olhos e soltou um riso rouco, como quem estivesse sendo desafiado por um demônio tentador.

— Você adora brincar com fogo, não é?

— Só se eu tiver certeza de que ele queima com gosto.

Minutos depois, ela saiu do closet com a camisola colada ao corpo como uma segunda pele. Ethan estava sentado à beira da cama agora, os olhos percorrendo cada curva com uma mistura de reverência e fome.

— Se eu não dormir hoje, já sei quem culpar. — murmurou ele.

Helen se aproximou, parando à frente dele. Colocou as mãos nos ombros dele e se inclinou levemente.

— Eu ainda estou esperando você perder o controle.

Ele não hesitou mais.

Levantou-se num único movimento e puxou o corpo dela contra o dele. Os lábios se encontraram com urgência, mas havia também uma precisão ali, como se aquele beijo fosse algo muito aguardado, muito sonhado. Ethan aprofundou o beijo, explorando, saboreando, até Helen suspirar contra sua boca.

As mãos dele deslizaram pela cintura dela, sentindo o tecido fino da camisola e a pele quente por baixo. O toque era ao mesmo tempo firme e reverente, como se ele quisesse marcar, mas também proteger.

Helen arqueou o corpo, os dedos cravando levemente nos ombros dele. Estavam acesos, incendiando-se um no outro com pressa contida.

Ethan a conduziu até a cama. Deitou-a devagar, como se o momento fosse precioso demais para ser apressado. Ajoelhou-se sobre ela, com os olhos fixos nos dela, e então falou baixo:

— Tem certeza que quer isso?

— Tenho.

— Quero que você se lembre dessa noite amanhã, como a melhor parte da viagem…

Ficaram assim por longos minutos. Lá fora, Moscou continuava a brilhar sob a neve. Mas ali dentro, só existia calor.

— Eu não quero que isso acabe quando voltarmos. — disse Helen, num sussurro.

Ethan apertou o abraço.

— Não vai acabar. Nem que eu tenha que transformar cada viagem nossa em uma fuga.

Ela riu baixinho.

— Você é um marido perigoso.

— E você… — ele roçou os lábios no ombro dela. — Uma tentação constante.

Os olhos de Helen se fecharam aos poucos, a respiração se acalmando. E Ethan ficou ali, acordado, com ela nos braços, encarando o teto e sentindo uma estranha paz.

Ele, que sempre controlava tudo, agora se via completamente entregue. Não só ao corpo dela… mas ao que vinha junto com ele. E pela primeira vez em muito tempo, não sentia medo.

Sentia algo parecido com… esperança.

E talvez até amor.

Mas isso… ele ainda não sabia como dizer… Ainda.

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