O salão de eventos do luxuoso Hotel Del Mare, em pleno centro financeiro da cidade, estava lotado. O coquetel era chique, o tipo de ambiente com champanhe francês, executivos engravatados e sorrisos milimetricamente falsos. Mas para Ethan e Helen Carter, aquilo era mais do que uma noite de networking.
Era o cenário perfeito para realizar uma fantasia.
Ela usava um vestido preto de cetim, justo, com um decote nas costas que provocava arrepios. Nada vulgar, tudo insinuante. Cada passo dela era um convite. O batom vermelho escuro, o olhar malicioso. E o mais importante: sob o vestido, nenhuma calcinha.
Ethan sabia. Ela fez questão de sussurrar em seu ouvido no carro:
— Estou obedecendo ao seu comando. Estou completamente exposta… e toda sua.
Ele havia engolido em seco, os dedos apertaram o volante com força. Agora, caminhava ao lado dela pelo salão, cumprimentando sócios e diretores, mas com o pensamento em chamas. Helen era a própria perdição em salto alto.
— Você está me torturando. — murmurou ele no ouvido dela, disfarçando o olhar faminto com um gole de champanhe.
— Estou só deixando você brincar com a ideia de me tocar na frente de todos. — ela respondeu com um sorriso angelical.
— Você quer ser pega?
— Eu quero o risco. Quero seu toque onde ninguém pode ver. Quero que você me faça perder o controle num lugar onde eu deveria manter a compostura.
Ethan passou a mão pela nuca, tenso. Estavam cercados de gente, mas aquela mulher sabia exatamente como dobrá-lo.
Quando pararam ao lado de uma coluna de mármore, em um canto mais discreto, Helen fingia conversar com um casal conhecido. Ethan chegou por trás, deslizando a mão suavemente pela curva da cintura dela, um gesto inofensivo aos olhos alheios, mas que fez o corpo dela acender.
— Você tem dois minutos. — ela sussurrou de lado, enquanto sorria para os convidados.
— Dois minutos pra quê?
— Para colocar sua mão onde você quiser. Desde que ninguém perceba.
Ethan se posicionou atrás dela, como se apenas estivesse acompanhando a conversa. As palavras alheias se perdiam enquanto seus dedos deslizavam lentamente pelas costas nuas de Helen. Desceram devagar, chegando até a base do vestido. Ele fez pressão com a palma da mão, apenas o suficiente para que ela entendesse sua intenção.
— Vai continuar parado, senhor Carter? — ela provocou baixinho. — Ou está esperando um convite em neon?
Ele deslizou os dedos para dentro do vestido pela fenda lateral, e encontrou a pele quente e úmida da coxa dela. Helen estremeceu disfarçando com um gole de champanhe. A conversa seguiu normalmente. Pelo menos, para os outros, mas por dentro, Helen já estava em combustão.
— Você é um doente. — ela murmurou entre os dentes, sorrindo para a mulher à sua frente.
— E você é minha louca preferida. — ele respondeu, os dedos agora roçando a parte interna da coxa dela, subindo lentamente.
— Mais um centímetro e…
— E você vai gozar de pé no meio da elite corporativa? — ele sussurrou com malícia.
Helen soltou um pequeno suspiro. Sua respiração já alterada.
Ethan deslizou dois dedos entre as pernas dela, encontrando a umidade quente que o fez ranger os dentes.
— Você está tão molhada, Helen…
— Culpa sua. — ela arfou, virando levemente o rosto em direção a ele, com os olhos brilhando de adrenalina. — Você tem sessenta segundos.
— Não preciso de tanto.
Os dedos dele começaram a se mover, curtos e precisos, escondidos entre os corpos, sob o vestido. Helen mordeu o lábio. A mão livre segurou com força a taça para não tremer. E então, ele sussurrou:
— Vem pra mim, aqui. Agora.
Ela soltou um suspiro mais alto que o necessário e disfarçou com uma risada. Fingiu que alguém havia contado uma piada. Mas dentro dela, o clímax subia com força, dominando tudo.
— Ethan…
— Vem. — ele ordenou, o dedo circulando exatamente onde ela mais precisava.
Ela travou os joelhos, apertou os olhos e mordeu o lábio com força.
E então, num segundo, explodiu em silêncio.
A respiração curta, o corpo inteiro latejando, a visão turva. Tudo diante de dezenas de pessoas.
Ele parou de tocar. Retirou os dedos com discrição e os levou à boca, provando-a com um gesto quase imperceptível.
Ela olhou para ele. A mão de Ethan no volante, a outra pousada possessivamente na coxa dela.
— Agora é sua vez. — disse ela.
— Minha vez?
— Te fazer perder o controle. Talvez numa escada de emergência. Talvez no elevador do hotel.
— Você quer competir?
— Quero retribuir.
Ethan sorriu.
— Casar com você foi o maior risco da minha vida.
— E o maior prazer também.
— Sem dúvida.
Helen se inclinou, beijando sua mandíbula devagar.
— Quero que você nunca mais me toque em lugar previsível.
— Prometido.
O jogo entre eles estava oficialmente em outro nível.
E a cidade?
Seria apenas o cenário para os próximos riscos que viriam. Porque quando Helen desejava algo…
Ethan realizava. E quando ele obedecia… O mundo ao redor deixava de existir.

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