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Após o Divorcio Meu Marido Se Arrependeu romance Capítulo 99

O estacionamento do shopping estava quase vazio, envolto por uma brisa leve e o som distante de buzinas. As luzes fluorescentes dos postes lançavam sombras longas sobre o asfalto, e ali estavam eles Helen e Ethan de mãos dadas, ainda com o rosto corado e rindo como se tivessem cometido o maior delito romântico do século.

— Eu ainda não acredito que o lanterninha flagrou a gente — ela disse, escondendo o rosto no braço dele.

— Chatinha, relaxa. Ele deveria nos agradecer. Fizemos ele ter uma história pra contar no fim de semana.

— Uma história de casal indecente no meio do cinema?

— Exato. O trabalho dele ficou emocionante por cinco minutos graças a nós.

Ethan apertou a cintura dela e a puxou para mais perto, abrindo o carro com um toque no controle. Ela encostou as costas na porta, e ele colou o corpo no dela com um sorriso provocante.

— Quer que a gente continue a história no carro? — ele murmurou, a boca perto demais, os olhos faiscando desejo.

Helen o empurrou de leve, rindo.

— A gente vai ser preso.

— Se for com você, vale a cela especial.

Entraram no carro. Ethan ligou o motor, mas antes de engatar a marcha, virou o rosto para ela. Ficou ali, apenas olhando, observando cada traço do rosto dela como se estivesse tentando gravar tudo com os olhos.

— O quê foi? — Helen perguntou, ajeitando o cabelo atrás da orelha.

— Você. — Ele sorriu. — Está me transformando numa versão muito melhor de mim mesmo. Isso é perigoso.

— Ah, então me avisa quando quiser voltar a ser um ogro insensível.

— Nunca. Ogro sensível agora.

Ela riu, inclinando-se para beijá-lo. Um beijo leve, mas que durou mais do que o necessário. Quando se afastou, Ethan estava com a respiração presa.

— Ok. Hora de te levar pra casa antes que eu pare esse carro no primeiro motel do caminho.

— E se eu disser que tô com saudade do nosso sofá?

— Helen, se você disser mais alguma coisa nesse tom, eu não chego nem no portão.

Vinte minutos depois, chegaram em casa.

Ethan abriu a porta da frente e a puxou pela mão, os olhos brincando com os dela.

— Posso te dar um aviso?

— Hum?

— A gente vai brincar agora. Mas se você continuar com esse negócio de me provocar em locais públicos, em breve vai andar com as pernas bambas todos os dias.

— Promete?

Ele gemeu, atirando as chaves no aparador e já empurrando-a contra a parede da sala.

O beijo foi selvagem. Desses que tiram o ar, que fazem o coração disparar e os corpos se colarem como se não houvesse tempo.

Ela entrelaçou as pernas ao redor da cintura dele e ele a carregou até o sofá como se fosse leve como uma pena. Quando a deitou, ficou apenas olhando por um instante, como se estivesse diante de um templo sagrado.

— Eu quero te fazer esquecer de tudo — ele murmurou. — Do mundo, do tempo, da razão.

— Já esqueci — ela sussurrou. — Agora me faz lembrar só de você.

A mão dele subiu por sua coxa, empurrando o vestido até a cintura. Os olhos azuis escureceram ao ver que ela realmente não usava nada por baixo.

— Você me enlouquece, Helen.

— Então perde o juízo de vez.

Ele inclinou-se, cobrindo o corpo dela com o próprio, os lábios percorrendo o pescoço, os seios, a barriga. Cada centímetro era reverenciado como um altar. E ela se entregava, arqueando o corpo, puxando os cabelos dele, sussurrando coisas que o deixavam à beira da insanidade.

Ethan a tomou ali, no sofá, como se fosse a primeira vez. Intenso, profundo, carregado de paixão e de uma ternura bruta, típica dele.

Ela o recebia com gemidos abafados, as unhas marcando as costas, o corpo inteiro se moldando ao dele. E quando chegaram juntos ao ápice, foi como se o mundo parasse por um instante.

Ficaram abraçados, ainda ofegantes, ele por cima dela, rindo baixinho.

— Isso foi… cinematográfico.

— Você é péssimo com piadas.

— Mas ótimo em te fazer gemer.

— Arrogante.

— Totalmente. E agora sou um homem satisfeito.

Ela sorriu, acariciando o rosto dele.

— Você é o melhor, ogro sensível.

— Chatinha?

Ela riu alto, jogando uma almofada da cadeira nele. Ethan desviou e pegou a almofada no ar.

— Jogue mais uma e eu te coloco de joelhos aqui mesmo na cozinha.

— Ethan!

— Você me prometeu provocação, agora aguenta as consequências.

— Eu só queria pipoca e um beijo no cinema. De repente virei prisioneira do marido tarado.

— Um marido muito apaixonado, que por acaso não resistiu quando a esposa colocou a mão no brinquedo dele.

Helen quase caiu da cadeira de tanto rir.

— Brinquedo?!

— Me referi com carinho, ué. Acha que eu ia chamar de “documento”?

— Você é ridículo.

— E você é minha.

Ele se aproximou, segurou o rosto dela com uma das mãos e beijou sua testa.

— Obrigado por hoje.

— Pelo quê?

— Por me fazer esquecer o mundo lá fora. Pela leveza. Por ser essa coisa louca e maravilhosa que me tira do sério.

— Sempre, Ethan. E se quiser, podemos ir ao cinema toda sexta.

— Agora que sei o que me espera nas poltronas, quero é toda terça, quarta, quinta…

Ela o empurrou de leve.

— Pervertido.

— Com orgulho.

Ficaram ali, rindo, comendo a tal “omelete gourmet” que mais parecia uma massa de panqueca falida, mas que foi devorada como se fosse banquete de hotel cinco estrelas.

E aquela noite, como tantas outras, seria lembrada não pela indecência, mas pelo riso, pela cumplicidade e pelo amor que começava a florescer entre eles.

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