As duas faces do meu chefe romance Capítulo 11

Resumo de Capítulo 8: As duas faces do meu chefe

Resumo de Capítulo 8 – Uma virada em As duas faces do meu chefe de Mainy Cesar

Capítulo 8 mergulha o leitor em uma jornada emocional dentro do universo de As duas faces do meu chefe, escrito por Mainy Cesar. Com traços marcantes da literatura Romance, este capítulo oferece um equilíbrio entre sentimento, tensão e revelações. Ideal para quem busca profundidade narrativa e conexões humanas reais.

Depois de um longo interrogatório de Clarisse que me fez rir, Layonel me guia até a sala de jantar que obviamente era esplendida como todos os cômodos daquela casa, e a mesa de madeira se estendia com lugares para no mínimo umas 20 pessoas.

A mesa estava posta a nossa espera, com algumas garrafas de vinho e lugares postos para duas pessoas.

Optaria por tomar um banho ante do jantar, mas não trouxe roupas, pois achei voltaríamos para o hotel ainda hoje.

Elegantemente ele puxa uma das cadeiras oferecendo-a para mim e constrangida com ato cavalheiro e inesperado me sento tentando esconder a surpresa em minha face.

-Vamos as degustações. -Não foi uma pergunta e sim uma afirmação.

Ele segura uma garrafa a abrindo com habilidade colocando um pouco do líquido em uma das taças que está sobre a mesa.

-Veja esse é um vinho seco. -Ele se inclina me mostrando o líquido de cor concentrada.

-Sempre provei vinhos suaves, mas esse me parece bem mais concentrado. -Observo o líquido girar dentro da taça enquanto ele me apresenta um dos vinhos animadamente.

-Boa garota, isso é porque a concentração de tanino é maior. -Ele oferece a taça para mim.

Seguro a taça elegantemente girando o líquido vermelho intenso observando sua espessura, levo a taça até o nariz sentindo um cheiro suave e doce que faz minha boca salivar.

Layonel me observa um tanto quanto fascinado enquanto analiso o vinho.

-Onde aprendeu a analisar um vinho dessa forma? –Ele puxa o nó da gravata parecendo sufocado e afrouxa um pouco.

-Não sei muito sobre vinhos, mas meu avô me ensinou os passos para se analisar um bom vinho, infelizmente ele morreu antes de me ensinar a degusta-los adequadamente. –Sorrio entristecida por me lembrar daquela época.

-Continuarei os ensinamentos do seu avô com prazer. –Ele sorri. –Experimente. -Me encoraja.

Faço o que ele manda e me surpreendo com o gosto, não é doce e muito menos suave, é forte e amarra a boca dando uma sensação de estar comendo uma fruta verde.

Faço uma careta deixando a taça sobre a mesa tossindo um pouco. Ele começa a rir apoiando a mão em meu ombro.

-Desculpa eu tinha certeza que você não iria gostar. -Ele se diverte com minhas expressões.

-Então porque me ofereceu? É ruim. -Olho para ele irritada.

-Porque você precisava aprender a diferenciar, agradeço imensamente seu avô que lhe ensinou uma parte importante e complexa facilitando meu trabalho.

Clarisse retira a taça da mesa olhando feio para Layonel.

-Não seja tão mal com a garota Layonel lhe ofereça um bom vinho suave. –Ela diz brava.

-Tudo bem Clarisse, prometo me comportar. –Diz inocente.

Estava envergonhada por dizer que o vinho era ruim, sendo que era uma produção feita na fazenda, mas com isso aprendi nunca comprar vinho seco, pois apesar da aparência e o cheiro ser apetitoso, o gosto é ruim ao meu paladar.

Na minha humilde e simples opinião claro.

-Pode servir o jantar Clarisse. -Ele se acomoda na cadeira a minha frente.

-Sim senhor. -Ela se retira balançando a cabeça.

Ele abre mais uma garrafa que estava sobre a mesa enchendo minha taça e a dele até a metade. Ele oferece a taça a mim e o observo receosa.

-Esse também é um vinho seco? -Pergunto desconfiada.

-Esse é um suave Hana. -Ele sorri levando a sua taça até seus lábios dando uma piscadela para mim.

Seguro a taça receosa, observo que líquido tinha uma cor menos concentrada. Antes de provar sinto o cheiro enquanto giro delicadamente o líquido dentro da taça, não consigo identificar um cheiro agradável ao meu paladar, o álcool atrapalha os meus sentidos.

-Você vai gostar. -Ele afirma tamborilando os dedos sobre a mesa.

Apesar de tudo acredito que ele esconda muito mais do que Douglas me falou. Ele é um homem inteligente e sabe manipular as pessoas de acordo com o que quer. Talvez essa história da Lívia seja apenas algo que ele queira que as pessoas acreditem.

Eu não deveria estar pensando nisso e muito menos estar pensando nele, mas não consigo tira-lo dá minha cabeça. Eu não consigo ignorar uma pessoa quando percebo que ela necessita de ajuda e apesar de tentar afastar as pessoas a sua volta, ele é gentil.

Observo o céu a procura da lua e percebo que as densas nuvens de chuva haviam tampado todo o seu brilho deixando apenas a escuridão prevalecer.

Deveria escutar uma única vez a voz da minha consciência que está mandando eu me colocar em meu devido lugar de funcionaria, mas a voz do meu coração grita para que eu entre de cabeça nessa história bizarra que foi implantada repentinamente em minha vida.

O que eu sei sobre Layonel? Nada, quando deveria saber tudo, já que sou sua secretaria pessoal.

Quem eu estou querendo enganar? Eu não sei nem sobre mim, porque motivos saberia sobre ele?

Já perdi as contas de quantas vezes tentei seguir em frente depois do ocorrido com Ivan, mas em vezes de progredir nos relacionamentos apenas regredi e isso é frustrante.

Como uma pessoa como eu pode ajudar alguém como ele? Impossível certo? Somos duas pessoas traídas e quebradas tentando encaixar as peças soltas das nossas vidas.

Alguns pingos de chuva começam a cair batendo em minha pele quente, mas não faço questão de me levantar ou de sair dali, conforme a chuva aperta deixava as gostas escorrer por minha pele na intenção de fazer aquele estranho vazio em meu peito se dissipar e o redemoinho de pensamentos em minha mente se esvair, mas era algo difícil.

Fecho os olhos e percebo que a dor dentro do meu peito era mais forte do que eu imaginava e meus olhos transbordam na tentativa de aliviar o peso em meu peito. Remoer o passado não me faz bem e as vezes é melhor não mexer no que já está enterrado.

Não deveria pensar no meu chefe e muito menos em Ivan, mas olha eu aqui entrando em parafusos com meus próprios pensamentos.

Sinceramente eu só queria uma vida normal, um amor verdadeiro e ver minha filha crescer junto com os pais, mas não é isso que vai acontecer, então dia após dia vou engolindo minhas lágrimas e estampando um sorriso falso no rosto, pois é o que sei fazer de melhor... sorrir enquanto meu mundo desaba em meu interior.

Os pingos de chuva começam a ficar mais grossos e pesados e percebo que esse era o momento entrar para dispersar aqueles pensamentos ou apenas me afogar de vez em minhas magoas.

Antes de entrar vejo uma silhueto atrás das cortinas brancas no quarto ao lado, mordo os lábios preocupada ao pensar que ele poderia ter me observado imersa em meus pensamentos conturbados.

Ele realmente faria isso? Obviamente não e assim espero, pois responder as suas perguntas era algo que eu não queria de maneira alguma.

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