As duas faces do meu chefe romance Capítulo 11

Depois de um longo interrogatório de Clarisse que me fez rir, Layonel me guia até a sala de jantar que obviamente era esplendida como todos os cômodos daquela casa, e a mesa de madeira se estendia com lugares para no mínimo umas 20 pessoas.

A mesa estava posta a nossa espera, com algumas garrafas de vinho e lugares postos para duas pessoas.

Optaria por tomar um banho ante do jantar, mas não trouxe roupas, pois achei voltaríamos para o hotel ainda hoje.

Elegantemente ele puxa uma das cadeiras oferecendo-a para mim e constrangida com ato cavalheiro e inesperado me sento tentando esconder a surpresa em minha face.

-Vamos as degustações. -Não foi uma pergunta e sim uma afirmação.

Ele segura uma garrafa a abrindo com habilidade colocando um pouco do líquido em uma das taças que está sobre a mesa.

-Veja esse é um vinho seco. -Ele se inclina me mostrando o líquido de cor concentrada.

-Sempre provei vinhos suaves, mas esse me parece bem mais concentrado. -Observo o líquido girar dentro da taça enquanto ele me apresenta um dos vinhos animadamente.

-Boa garota, isso é porque a concentração de tanino é maior. -Ele oferece a taça para mim.

Seguro a taça elegantemente girando o líquido vermelho intenso observando sua espessura, levo a taça até o nariz sentindo um cheiro suave e doce que faz minha boca salivar.

Layonel me observa um tanto quanto fascinado enquanto analiso o vinho.

-Onde aprendeu a analisar um vinho dessa forma? –Ele puxa o nó da gravata parecendo sufocado e afrouxa um pouco.

-Não sei muito sobre vinhos, mas meu avô me ensinou os passos para se analisar um bom vinho, infelizmente ele morreu antes de me ensinar a degusta-los adequadamente. –Sorrio entristecida por me lembrar daquela época.

-Continuarei os ensinamentos do seu avô com prazer. –Ele sorri. –Experimente. -Me encoraja.

Faço o que ele manda e me surpreendo com o gosto, não é doce e muito menos suave, é forte e amarra a boca dando uma sensação de estar comendo uma fruta verde.

Faço uma careta deixando a taça sobre a mesa tossindo um pouco. Ele começa a rir apoiando a mão em meu ombro.

-Desculpa eu tinha certeza que você não iria gostar. -Ele se diverte com minhas expressões.

-Então porque me ofereceu? É ruim. -Olho para ele irritada.

-Porque você precisava aprender a diferenciar, agradeço imensamente seu avô que lhe ensinou uma parte importante e complexa facilitando meu trabalho.

Clarisse retira a taça da mesa olhando feio para Layonel.

-Não seja tão mal com a garota Layonel lhe ofereça um bom vinho suave. –Ela diz brava.

-Tudo bem Clarisse, prometo me comportar. –Diz inocente.

Estava envergonhada por dizer que o vinho era ruim, sendo que era uma produção feita na fazenda, mas com isso aprendi nunca comprar vinho seco, pois apesar da aparência e o cheiro ser apetitoso, o gosto é ruim ao meu paladar.

Na minha humilde e simples opinião claro.

-Pode servir o jantar Clarisse. -Ele se acomoda na cadeira a minha frente.

-Sim senhor. -Ela se retira balançando a cabeça.

Ele abre mais uma garrafa que estava sobre a mesa enchendo minha taça e a dele até a metade. Ele oferece a taça a mim e o observo receosa.

-Esse também é um vinho seco? -Pergunto desconfiada.

-Esse é um suave Hana. -Ele sorri levando a sua taça até seus lábios dando uma piscadela para mim.

Seguro a taça receosa, observo que líquido tinha uma cor menos concentrada. Antes de provar sinto o cheiro enquanto giro delicadamente o líquido dentro da taça, não consigo identificar um cheiro agradável ao meu paladar, o álcool atrapalha os meus sentidos.

-Você vai gostar. -Ele afirma tamborilando os dedos sobre a mesa.

Comentários

Os comentários dos leitores sobre o romance: As duas faces do meu chefe