Resumo de Capítulo 9 – As duas faces do meu chefe por Mainy Cesar
Em Capítulo 9, um capítulo marcante do aclamado romance de Romance As duas faces do meu chefe, escrito por Mainy Cesar, os leitores são levados mais fundo em uma trama repleta de emoção, conflito e transformação. Este capítulo apresenta desenvolvimentos essenciais e reviravoltas que o tornam leitura obrigatória. Seja você um novo leitor ou um fã fiel, esta parte oferece momentos inesquecíveis que definem a essência de As duas faces do meu chefe.
Layonel me acordou cedo para tomarmos café da manhã e seguir de volta para salvador. A viagem foi feita em silêncio, ele tentou frustrantemente me distrair com alguns assuntos aleatório, mas não funcionou, minha mente estava longe demais e viajar com meios de transportes aéreos não era o meu forte. Além disso os pensamentos da noite passada ainda estavam me atormentando e por mais que eu tente esconder o meu estado crítico e lamentável de espirito estava frustrada demais comigo mesma para conseguir.
-Está tudo bem? –Seus lindos olhos verdes preocupado me encaram curiosos.
-Sim. –Resmungo com um sorriso contido nos lábios.
-Não é o que parece. –Ele murmura mais para ele do que para mim.
-Meios de transporte aéreo não é o meu forte. –Culpo o helicóptero.
-Algo além disso lhe incomoda Hana, é visível. –Ele comenta com a atenção voltada para frente.
-Me desculpe. –Desvio o olhar observando a vista e opto por permanecer em silencio, pois prosseguir com o assunto seria desnecessário. Ele não poderia me ajudar e eu não quero envolver assuntos pessoais com trabalho.
Gradeço mentalmente pelo resto do caminho ser feito em silencio até finalmente chegar no hotel. Layonel me deu a liberdade de sair para conhecer a localidade, mas não estava bem o suficiente para isso, então fico trancada no quarto o resto da manhã.
A fome começa a apertar e não queria descer até o restaurante para almoçar com Layonel como ele havia pedido. Resolvo analisar o cardápio para pedir algo no quarto mesmo e evitar encontros desnecessários. Ao pegar o interfone para solicitar meu almoço a campainha do quarto toca me pegando de surpresa.
Abro a porta e me surpreendo ao ver Layonel parado do outro lado.
-Senhor?
-Já disse para não me chamar assim. –Um pequeno sorriso surge em seus lábios.
-Me desculpe é o habito.
-Marquei um horário no salão para você aproveitar o seu dia Hana. –O sorriso em seu rosto aumenta e me surpreendo com a beleza daquele homem.
Layonel é fascinante e apesar de bipolar é carismático e charmoso, não é algo forçado, é simplesmente natural. A sensualidade e sutileza estão ali e isso o torna ainda mais belo.
-Salão? –Acabo franzindo a sobrancelha.
-Você será minha acompanhante hoje à noite, então acreditei que quisesse se arrumar. O meu motorista está a sua espera. –Ele não me dá a oportunidade de questionar.
-Ir a um salão não estava em meus planos. –Murmuro para mim mesma vendo ele franzir as sobrancelhas.
-Posso cancelar se quiser. –Sugere.
-Não. –Falo rapidamente. –Acho que devo me arrumar para essa festa. –Encolho os ombros.
-Antes vamos almoçar.
-Mas eu ia pedir comida agora mesmo... –Sussurro pensativa.
-Você vai almoçar comigo e melhora essa carinha desanimada. –Ele afirma com convicção.
-Como voc.... –Balanço a cabeça e acabo sorrindo. –Obrigada!
-Não me agradeça. –Ele sorri cruzando os braços. –Vamos você irá se atrasar para reserva que fiz no salão.
-Eu só preciso de cinco segundos. –Indico as roupas velhas e ele sorrio confirmando com um aceno de cabeça.
-Um, dois, três, quatro, cinco. –Conta rapidamente. –Está atrasada senhorita Ravallo.
-Cinco minutos. –Grito fechando a porta e acabo rindo com o jeito brincalhão.
-O tempo está correndo. –Ouço ele falar enquanto visto a primeira peça de roupa que encontro na frente.
Assim que estou pronta abro a porta e vejo ele contando os minutos no relógio.
-Quatro minutos e quarenta e cinco segundo isso é um record. –Fala com um tom de surpresa.
-Eu não acredito que você estava contando. –O observo indignada.
-O que? Eu levo muito a sério horários. –Balança os ombros com uma expressão séria enquanto caminhamos para o elevador.
Faço uma careta ao perceber que ele falava sério.
-Estou brincando Hana.
-Não me assuste assim. –Suspiro aliviada.
-Foi engraçado. –Ele nega com a cabeça arrumando a gravata através do espelho do elevador.
Seguimos para o restaurante em clima mais leve e Layonel parece mais descontraído e despreocupado. Não sei por quanto tempo isso vai durar já que seu humor é instável, então aproveito para me distrair e almoçar com ele realmente acalmou meu coração.
Ao terminarmos o almoço Layonel diz que tem algumas coisas para resolver na cidade e segue junto comigo até o salão.
Apesar de achar tudo aquilo um grande exagero faço as coisas conforme ele quer, afinal precisava mesmo estar apresentável para essa festa. Na verdade preciso mesmo estar impecável.
O caminho é feito rapidamente e me surpreendo com o luxo e sofisticação do lugar escolhido por ele.
-Venho pessoalmente te buscar senhorita Ravallo. –Se despede enquanto caminho surpresa até a entrada.
-Boa tarde! Qual o seu nome? –Uma moça gentil e educada se aproxima.
-Hana Ravallo. –Sorrio tímida.
-Estávamos a sua espera Hana. –Ela sorri abertamente. –Poderia me acompanhar por favor. –Indica o caminho.
-Claro. –Sigo admirada com o luxo do local.
-O senhor Drevitch pagou o pacote completo do nosso salão, então relaxe pois você terá um dia de princesa. –A jovem loira com o crachá escrito Eloisa comenta com um grande sorriso no rosto e por um momento me sinto péssima por ter aceitado tão facilmente o pedido de Layonel, mas como recusar?
Ele é intimidador demais e eu jamais poderia acompanha-lo em uma festa sem estar no mínimo apresentável. Bom, não vou ficar lamentado, vou apenas aproveitar tudo o que esse salão maravilhoso tem a me oferecer, pois realmente estava precisando relaxar e já que ele pagou tudo não irei reclamar.
Seguimos para a festa em silêncio, mas momento ou outro via seus olhos percorrer meu vestido me deixando incomodada. Para quebrar o clima constrangedor resolvo agradecer pelo dia, pois realmente estava precisando e foi maravilhoso conhecer as meninas.
-Obrigada! –Agradeço gentilmente e ele ergue uma sobrancelha sem entender o que estava dizendo. –Pelo dia no salão. –Concluo.
-Fico feliz que tenha gostado, foi um presente por ter aceito a viagem e ir comigo nessa festa. –Ele sorri, mas não é como o sorriso na fazendo, é um sorriso vazio e ensaiado.
-Eu gostei da viagem e principalmente de conhecer a fazenda é um lugar acolhedor e aconchegante sem contar que é maravilhoso. –Falo com sinceridade.
Ele me observa calado e pensativo, depois volta seu olha para a janela perdido em seus pensamentos. Resolvo não tocar mais no assunto “Fazenda”, pois é visível que isso mexe diretamente com seu psicológico.
-Meu avô trabalhou muitos anos nas vinícolas da Espanha, quando chegou ao Brasil não tinha nada, apenas a experiência que adquiriu em lidar com as uvas. Na época imigrantes não eram bem vindos e conseguir trabalho passou a ser difícil, então resolveu plantar algumas pequenas parreiras e vende-las para conseguir dinheiro. –Suspira como se aquela história o machucasse.
Antes de continuar ele me observa calado e em troca sorrio mostrando que estou interessada em sua história.
-Como ele conhecia e sabia cuidar dos pés de uva, elas sempre produziam mais e com sabores exóticos, assim ele começou a ficar conhecido e então investiu esse dinheiro em terras aumentando os hectares. Por volta de 1967 as vinícolas Drevitch foram fundadas e desde então estamos crescendo. –A saudade fica explicita em seus olhos.
-Eles deviam ser avós incríveis. –Sorrio me lembrando da minha infância e dos meus avós que me criaram.
-Sim, mas infelizmente morreram cedo. –Ele não entra em detalhes sobre a morte e opto por não perguntar.
-Sinto muito. –Murmuro.
-Já fazem alguns anos. –O carro para e de certa forma agradeço, pois não sabia o que falar naquela situação. –Bom, chegamos.
A porta se abre e ele sai estendendo sua mão para me ajudar, quando saímos uma chuva de flashes nos recepciona enquanto caminhamos para a entrada sobre o longo tapete vermelho, não esperava essa recepção calorosa e evito ao máximo olhar para os lados focando apenas na entrada.
Layonel apoia a mão em minha cintura guiando-me até a entrada evitando as perguntas dos fotógrafos, mas pousamos para algumas fotos. Quando passamos pelas portas de entrada ele respira profundamente oferecendo o braço para mim, seguro gentilmente o observando.
-Está pronta? –Ele me observa duvidoso.
-Você deveria ter perguntado isso a alguns minutos atrás. –Sorrio nervosa e assustada.
-É porque nem mesmo eu estava. –Ele admite.
-Isso não é reconfortante. –Faço uma careta.
-Apenas fique ao meu lado, por favor. –Arregalo os olhos ao ouvir a palavra por favor vinda dele.
-Você já fez isso antes? –Pergunto preocupada.
Ele ignora minha pergunta apoiando sua mão quente sobre a minha que segura seu braço, com calma caminhamos entre os convidados e acabo assumindo o piloto automático sorrindo para todos que nos cumprimentavam.
Layonel não parece estar confortável entre tantos convidados que o param para conversar sem sentindo e lhe fazer perguntas estranhas. Quando o assunto envolve a empresa seu corpo relaxa um pouco, mas quando a conversa envolve sua vida pessoal e questionamentos sobre vida amorosa até sua respiração muda me deixando preocupada.
Ele é um homem muito centrado e cautelo e confesso que me surpreende vê-lo tão vulnerável diante destas pessoas.
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