As duas faces do meu chefe romance Capítulo 16

Resumo de Capítulo 12: As duas faces do meu chefe

Resumo de Capítulo 12 – Uma virada em As duas faces do meu chefe de Mainy Cesar

Capítulo 12 mergulha o leitor em uma jornada emocional dentro do universo de As duas faces do meu chefe, escrito por Mainy Cesar. Com traços marcantes da literatura Romance, este capítulo oferece um equilíbrio entre sentimento, tensão e revelações. Ideal para quem busca profundidade narrativa e conexões humanas reais.

Hana

Faz exatamente uma semana que viajei com Layonel e seu humor depois da festa está instável. Na verdade, venho evitado qualquer tentativa de aproximação que envolva aquela noite. Acho melhor manter uma distância antes que eu acabe perdendo meu emprego e não posso me dar esse luxo.

Dói perceber que não posso ajuda-lo, realmente gostaria de conhece-lo melhor e de alguma forma entende-lo, mas ele já deixou claro que sua vida pessoal não é da minha conta.

O que realmente é verdade.

Isso tudo é uma grande chatice, suas duras palavras ainda se repetem em minha mente e mesmo que tente esquece-las não consigo, infelizmente sou sentimental demais para isso.

Eu só queria pensar em como vou pagar a minha exorbitante dívida com o banco, mas Layonel tira toda a concentração do que realmente devo fazer.

Para ser sincera eu estou em um labirinto, vendi o sofá de casa e agora estou vendendo a cafeteira para conseguir um dinheiro extra e pagar as parcelas atrasadas da escola de Daisy. Minhas economias do banco estão bloqueadas e minha conta em negativo. Eu simplesmente estou de mãos atadas e sinceramente não sei o que fazer. Eu não nem sabia que isso era possível, mas quando coisas ruins começam a surgir em sua vida, elas realmente veem para te derrubar e te baquear de tal forma que te enlouquecem.

Pelo menos uma boa educação minha filha precisa ter, ela não tem culpa dos erros do pai ou melhor dizendo do pai que escolhi para ela.

O Brasil é um país lindo, realmente é, mas infelizmente as coisas não são tão lindas para quem vive nele. A crise econômica preocupa a todos e sejamos sinceros, educação, segurança e saúde é uma calamidade triste e real.

Fácil é mascarar toda a verdade com notícias fraudas que os programas de televisão tentam implantar em nossa mente, então quero dar uma boa educação para minha filha para que ela não caia nas mãos desses corruptos indecentes.

Ainda assim, a única coisa que me preocupa são os remédios de Daisy que ainda não consegui comprar. Não esperava um mar de contas tão altas e o pouco que me sobrou comprei alimentos para casa.

Poderia recorrer ao posto de saúde da cidade, mas para isso preciso de prescrição médica e teria que enfrentar horas de fila em um hospital local. O que não me ajudaria muito já que Daisy passou mal essa manhã e eu preciso dos remédios para praticamente ontem.

Eu não tenho dinheiro nem para almoçar na empresa porque economizar o ticket refeição também está sendo necessário. Me sinto péssima por Ellen, mas ela se recusa a deixar o trabalho e está tentando arrumar um serviço no período noturno para me ajudar.

Ela é uma pessoa maravilhosa, mas infelizmente as coisas estão se apertando e estou me vendo sem saída. A única coisa que posso fazer é tentar diminuir as parcelas do banco, mas o valor é muito alto e pega quase todo o meu salário. Consigo comprar algumas coisas com o dinheiro das horas extras que faço, mas isso não é sempre, pois Layonel é rigoroso com os horários dos seus funcionários.

Conversei com o advogado para arrumar essa situação, infelizmente Ivan é um verdadeiro cretino. Juan disse que poderíamos ir ao banco tentar uma negociação, mas antes precisamos esperar que eles ofereçam alguma proposta.

Mesmo explicando minha situação diversas vezes, o gerente do banco disse que não pode fazer nada, apenas diminuir o máximo que pode os juros exorbitantes que estão sobre a dívida.

Juan descobriu que Ivan investiu o dinheiro do empréstimo em uma casa e tentei negociar com o banco a casa em troca da dívida. O único problema é que a outra casa está no nome de Ivan, então eu não tenho direitos sobre ela ou seja a única coisa que me restou foi a dívida, pois ele foi sacana o suficiente para fazer um empréstimo em meu nome e não um financiamento ou seja, não tenho direitos a casa e sim a dívida.

Com isso corro o risco de perder a minha casa, por ser um dos meus bens de maior valor. A cada dia que passa o desespero me consome e as noites sem dormir se intensificam, eu sinceramente não sei onde minha vida vai parar.

-Hana, na minha sala agora. –Layonel me chama informalmente quebrando meus pensamentos e o sobressalto quase me derruba da cadeira.

Após respirar profundamente tentando acalmar as batidas frenéticas do meu coração devido ao susto me levanto e caminho até sua sala sem ânimo. Mesmo encontrando a porta aberta bato educadamente antes de entrar. Não sei porque eu gosto tanto da decoração dessa sala e apesar de muito séria o espaço é aconchegante e me faz bem.

-Em que posso ajuda-lo senhor Drivitch? –Seguro algumas pastas em mãos que precisava lhe entregar.

-Quantas vezes já disse que pode me chamar de Layonel?! Não gosto de toda essa formalidade mesmo estando na empresa. –Passa as mãos nos cabelos despenteados.

-Desculpa, mas eu prefiro manter a formalidade. –Fixo meu olhar nas janelas panorâmicas atrás dele.

-Será que você poderia parar de me ignorar e ouvir o que eu tenho a dizer por um momento? –Ele solta a caneta sobre a mesa me observando com irritado.

-Espere. –Ele se levanta caminhando em minha direção com rapidez.

O cheiro de sua colônia pura e suave invade meus sentidos me fazendo encara-lo mais do que deveria ao vê-lo tão próximo.

-Me conceda uma dança por favor? –Seus dedos tocam meu rosto aumentando as batidas frenéticas do meu coração, minha respiração fica mais pesada e sua aproximação me deixa atordoada.

Encarar seus olhos me deixa vulnerável a ponto de querer tocar sua barba rala deslizando meus dedos até seus cabelos, mas contenho minhas vontades apenas para mim.

O sentimento de desejo que surge em meu coração desestabiliza meus pensamentos, não deveria de maneira alguma ter esses sentimentos estranhos pelo meu chefe.

-Me desculpe senhor Drevitch dessa vez irei recusar. –Desvio meus olhos para o chão evitando seus mares verdes vorazes.

Ele afasta sua mão do meu rosto visivelmente decepcionado e assim sigo meu caminho até a porta em passos largos saindo de sua sala.

Me jogo na cadeira soltando as pastas sobre a mesa e apoio as mãos na cabeça na tentativa de acalmar o meu coração que ainda bombardeia o meu peito.

O que foi aquilo? Eu não consigo entender.

Porque drogas meu corpo reage aos seus toques dessa maneira? Eu queria agarra-lo dentro daquela sala e retirar aquele terno que tanto o incomoda a força. Todas as noites sonho com os seus olhos verdes e isso tem me deixado mais do que frustrada.

Eu não posso permitir que meus pensamentos se arrastem para algo tão fora do normal, já está sendo difícil trabalhar dessa forma imagina com esses pensamentos indecentes e desnecessários sobre meu chefe.

Layonel não colabora com a minha boa sanidade mental.

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