Resumo de Capítulo 12.1 – As duas faces do meu chefe por Mainy Cesar
Em Capítulo 12.1, um capítulo marcante do aclamado romance de Romance As duas faces do meu chefe, escrito por Mainy Cesar, os leitores são levados mais fundo em uma trama repleta de emoção, conflito e transformação. Este capítulo apresenta desenvolvimentos essenciais e reviravoltas que o tornam leitura obrigatória. Seja você um novo leitor ou um fã fiel, esta parte oferece momentos inesquecíveis que definem a essência de As duas faces do meu chefe.
Na tentativa de me acalmar levanto-me da minha mesa, pois o espaço da minha sala parecia sufocante demais para permanecer ali por muito tempo. Precisava respirar um ar diferente, pensar em outras coisas e dispersar os pensamentos sobre “nerd charmoso” da sala ao lado.
Mesmo havendo uma cozinha exclusiva no último andar, opto por descer no terceiro onde fica o refeitório, era um andar próprio para os funcionários e muitas vezes ganhamos lanches no final da tarde o que tem salvo meu almoço ultimamente quando não tenho que participar de reuniões com Layonel.
Por um lado participar das reuniões é bom, estou começando a entender melhor sobre os assuntos econômicos. Faz tempo que me graduei e havia esquecido muitas coisas, mas aos poucos as matérias da faculdade estavam retornando em minha mente.
Sempre amei contabilidade e poder finalmente trabalhar com uma empresa que me proporciona experiências tão vastas nesse assunto por mais que eu não me envolva diretamente neles me deixa extremamente feliz e grata.
Mordo os lábios ao perceber que estava pensando no meu estranho e complicado chefe novamente. Balanço a cabeça dispersando esses pensamentos malucos e minha barriga ronca descaradamente. Uma boa xicara de café ajudaria a espairecer melhor as ideias.
Me sento em uma mesa próxima a cafeteira esperando meu café ficar pronto enquanto me forço a pensar em outros assuntos. Quando menos espero Renan, um amigo do setor de Marketing coloca a xícara na minha frente.
-Nossa a quanto tempo Hana. Depois da transferência nem se lembra dos amigos. –Renan diz chateado.
-Re. –Me levanto o abraçando. –Como é bom te ver. –Aperto ainda mais o abraço.
-É bom te ver também sumida. –Ele sorri. –E como vão as coisas com o poderoso chefão? –Toma seu café se encostando na bancada para me observar.
-Hum... está indo bem... ele é bem interessante e sua personalidade é complicada, mas ele é um amor de pessoa como todos dizem. –Resumo e tento não dar detalhes.
Beberico o café que por sinal estava uma delícia e volto a me sentar, acabamos embalando em conversas desnecessárias sobre nosso dia a dia corrido e me esqueço que estou no trabalho. Eu realmente estava precisando de um tempo longe do Layonel e encontrar Renan me ajudou muito.
Renan é um homem charmoso, tem olhos castanhos claros e uma pele morena do tipo café com leite, seus cabelos eram cheios de cachos encaracolados e curtos, ele é um homem maravilhoso e sensacional.
Continuo nossa conversa animadamente até ver os olhos de Renan se arregalarem assustados atrás de mim. Franzo as sobrancelhas sem entender o que está acontecendo e ele parece ter visto um fantasma.
-O chefão está vindo em nossa direção e sua cara não é das melhores. –Vira a xicara de café a colocando sobre a pia.
Um forte arrepio percorre todo o meu corpo ao me virar e ver os olhos frios de Layonel atrás de mim, Me levanto rapidamente quase derrubando o pouco de café que ainda restava em minha xicara sobre a mesa.
-Não pago os dois para ficarem fofocando pelos cantos da empresa. –Seu tom sarcástico me deixa chocada.
A versão soberba e arrogante eu ainda não conhecia, era nova para mim, abro a boca para retrucar mais fecho rapidamente ao ver sua expressão furiosa. Ele geralmente costuma ser gentil com todos os funcionários da empresa.
O que está havendo com esse homem afinal?
-Você volte ao seu serviço se não quer perde-lo. –Ele aponta para Renan que faz o que ele manda sem questionamentos ou discussões. –E você na minha sala agora. –Ele aponta para mim.
Meu coração dispara em meu peito e sinto que a qualquer momento eu poderia entrar em um colapso nervoso com medo de perder meu emprego.
Layonel caminha a passos duros e irritados para o elevador e eu o sigo em silencio me colocando no devido lugar de funcionaria. Quanto mais quero ficar longe de problemas mais eles se jogam aos meus pés. Isso só pode ser brincadeira.
Entro no elevador e o clima dentro daquele espaço apertado é sufocante, sei que exagerei em ficar tanto tempo conversando com Renan, mas ele não precisa ficar tão bravo por algo tão simples.
Ao sairmos ele segue a passos firmes para sua sala, mordo os lábios ao perceber que ele mexe nas abotoaduras do seu pulso nervosamente. Isso só indica que ele está furioso e muito irritado, quando digo muito não estou economizando na dosagem.
Entro em sua sala com as pernas bambas e preciso de um apoio para me manter sobre os meus saltos agulha, mas não encontro nenhum então simplesmente me obrigo a permanecer de pé.
-Tudo bem Hana eu mereci essa, mas tente não sair do andar preciso de você aqui. –Diz aborrecido.
Antes que eu diga algo ele se vira encerrando nossa conversa, com as mãos dentro dos bolsos da calça social caminha até as janelas panorâmicas observando a vista do Rio de Janeiro perdido em seus pensamentos.
Penso seriamente em me desculpar pelas palavras duras, mas não faria isso, magoada comigo mesma volto para minha sala aborrecida.
Layonel tem se mostrado um poço de complicações esses últimos dias e não sei o que fazer quanto a isso. Só sei que não deveria ter sido tão dura com ele, mas ele precisava ouvir umas verdades.
Ele me afasta brutalmente de qualquer aproximação ou tentativa de amizade e depois tenta uma estranha reconciliação com pedidos de desculpas. Tão complicado, não consigo compreende-lo e isso é estressante. Já não basta o maluco do Ivan em minha vida. Layonel poderia ser um chefe normal para facilitar minha preocupação.
Tento focar minha atenção nos e-mails mais estava difícil. A dívida, o desaparecimento de Ivan, o empréstimo absurdo, a saúde de Daisy, minha situação financeira, a dupla personalidade de Layonel, a pressão psicológica e as contas para pagar, parece que a cada dia que passa essa lista só aumenta.
Eu preciso de uma solução para minha vida, eu realmente preciso de uma solução ou vou acabar ficando louca.
Acho que estou entrando em um sério quadro depressivo, quero apenas deitar em minha cama, me trancar no quarto e ficar lá até os problemas se resolverem sozinhos sem dor de cabeça, mas infelizmente não posso fazer isso.
Daisy precisa de uma mãe, ela já perdeu o pai, não posso me deixar vencer por problemas como esses. Eu sou uma mulher forte que vai vencer todas essas barreiras 3 realmente acredito nisso ou simplesmente me forço a acreditar.
Apesar das dificuldades acreditei que as tempestades iram cessar e o sol ira brilhar, pois a vida é muito mais do que todas essas preocupações, crises de choros e insônia, por trás de toda essa dor ainda há felicidade, momentos bons e alegria, há sorrisos e brincadeiras, ainda há Daisy com seus olhinhos brilhantes e cheios de vida.
Eu quero ser capaz de ver minha filha formada e olhar para trás com a cabeça erguida sabendo que venci as barreiras impostas pelo destino e pelo mundo.
Eu creio que ainda vencerei toda essa árdua batalha.
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