As duas faces do meu chefe romance Capítulo 19

Resumo de Capítulo 13.1: As duas faces do meu chefe

Resumo do capítulo Capítulo 13.1 do livro As duas faces do meu chefe de Mainy Cesar

Descubra os acontecimentos mais importantes de Capítulo 13.1, um capítulo repleto de surpresas no consagrado romance As duas faces do meu chefe. Com a escrita envolvente de Mainy Cesar, esta obra-prima do gênero Romance continua a emocionar e surpreender a cada página.

Sem pensar duas vezes me jogo dentro do carro com Daisy em meus braços. Ela nunca chegou a ter uma crise como essas, sempre controlei seus sintomas com remédios e medicamentos.

Layonel cruzar as ruas da cidade em alta velocidade ignorando faróis vermelhos ou amarelos ultrapassando todos os veículos a sua frente quando tinha a possibilidade.

Assim como eu Layonel parecia aturdido, mas além de estar assustado ele parecia estar em choque, seus olhos vagam pelo caminho a sua frente sem desviar a atenção das ruas. Suas mãos agarram fortemente o volante deixando os nós dos seus dedos brancos.

-Clama minha menina vai ficar tudo bem. –Beijo seus cabelos sentindo as lágrimas escorrer dos meus olhos.

Layonel freia bruscamente em frente ao consultório e antes que ele estacione adequadamente saio do veículo correndo até a clínica, uma mulher de branco corre ao ver Daisy em meus braços.

-Ela está tendo uma crise de asma. –Digo rapidamente.

Sem demora a mulher que nem mesmo sei o nome pega Daisy dos meus braços entrando por uma porta.

A sigo pelos corredores e ela me barra assim que chega a sala do doutor, a observo assustada querendo entrar.

-Espere aqui ela precisa dos medicamentos.

Obedeço andando de um lado para o outro preocupada, o desespero começa a tomar conta do meu coração e mordo automaticamente os nós dos dedos para conter meus medos, ansiedade e desespero enquanto chorava.

Layonel toca meu braço me assustando e sem pensar duas vezes envolvo meus braços envolta da sua cintura o abraçando, encosto a cabeça em seu peito em busca de apoio e conforto e choro sem conter meu desespero.

Ele respira pesadamente acariciando os meus cabelos com as pontas dos dedos, seus lábios se encostam no topo da minha cabeça onde ele deixa um leve beijo e daqui posso sentir seu coração pulsar forte contra o peito.

-Ela vai ficar bem Hana. –Ele aperta seus braços em volta do meu corpo me acalmando um pouco.

Aos poucos o desespero vai deixando meu corpo e percebo que abraça-lo não foi algo normal a se fazer, afinal ele era meu chefe, mas confesso que estava precisando então opto por não me desculpar e sim agradecer.

-Obrigada! -Me afasto passando as mãos no rosto.

-Sente-se, você precisa se acalmar. –Apoia a mão em meu ombro e faço o que ele pede atordoada.

Apoio as mãos no rosto tentando acalmar minha respiração e os soluços que insistem em sair de meus lábios devido o choro. Sinto um pano quente escorregar por meus ombros e vejo layonel cobrir meu corpo tremulo com seu terno, sem contar que eu estava de pijama e descalça.

Layonel se senta ao meu lado e aparenta estar igualmente ansioso. Involuntariamente ele balança a perna direita sem parar enquanto remexe os próprios dedos em um tique nervo.

-Você está bem? –Pergunto preocupada.

-Não... sim. –Ele responde rapidamente sem me encarar.

-Obrigada por me ajudar e me trazer até aqui.

-Não precisa me agradecer. –Ele respira profundamente passando as mãos no rosto visivelmente nervoso.

Não sei o que está acontecendo, mas estar aqui o incomoda e me sinto mal por isso.

-Você pode descontar o preço da consulta e dos medicamentos do meu salário. –Tento soar o mais gentil possível sem ofende-lo.

Sua camisa azul escuro tampa parte de sua mão como se fosse confeccionada propositalmente maior do que deveria. Ele respira fortemente soltando o ar em uma única lufada exasperada, depois de passar as mãos pelos cabelos e pelo rosto me encara decepcionado.

-O que você acha que eu sou Hana? –Me observa certamente ofendido.

-Você é a pessoa que salvou a vida da minha filha e eu serei eternamente grata por isso. –Me encolho emocionada.

-Eu sei que para você somos apenas chefe e funcionário, mas o que está acontecendo Hana? O valor que estou te pagando não suficiente? Eu posso aumentar o seu salário. –Ele me observa sério.

Desvio meus olhos dos seus observando a porta branca a minha frente, mordo os lábios involuntariamente puxando as pequenas peles que as vezes me causando leves cortes doloridos.

-Obrigada, mas não posso aceitar. –Sorrio sem encara-lo, mas posso ver suas mãos tremulas brincarem com o chaveiro de couro do carro.

-O que você esconde Hana? –Ele me observa atentamente e dessa vez encaro seus olhos verdes preocupados.

-O que você esconde Layonel? –Devolvo a pergunta franzindo as sobrancelhas e vejo seu corpo assumir uma postura rígida.

A porta do consultório se abre revelando um médico alto, magro, de cabelos negros bem cortados com uma ficha nas mãos quebrando o clima pesado que havia se instalado naquele ambiente a poucos instantes.

-Lincoln. –O médico retira os óculos observando Layonel surpreso. –Eu não esperava encontra-lo aqui novamente. –Ele observa a nós dois atentamente.

-Victor, vamos pular essa parte Hana está preocupada com a filha. –Ele corta rapidamente uma possível conversa.

-Claro. –Ele estende sua mão para mim e eu a segura gentilmente. –Prazer, Victor, sua filha está bem, foi apenas uma crise de asma. Ela está dormindo agora vai passar a noite aqui por causa dos medicamentos.

-Obrigada doutor. Ela está mesmo bem? Não aconteceu nada? Eu posso vê-la? –Pergunto rapidamente sentindo meus olhos marejados.

-Você não tem o direito de bisbilhotar minha vida. –Falo grosseira, pois aquilo era demais.

-Não tenho, mas vou. –Afirma.

Esfrego os dedos nas têmporas tentando massageá-las para manter a calma.

-Há certas coisas que devem ficar escondidas.

-Há certas coisas que necessitam de ajuda e um pouco de conversa. –Cruza os braços.

-Vamos mesmo discutir o que é certo e o que é errado? –O encaro.

-Não, mas quero deixar claro que posso pedir que analisem sua ficha. –Toda aquela calma me irrita.

Ele não deve mexer em assuntos que não cabem a ele.

-Por favor deixe as coisas como estão. –Pois se ela piorarem eu sinceramente não sei o que será de mim concluo em pensamentos.

-Me conte Hana. Como não pode pagar os remédios da sua filha? –Ele insiste.

Respiro profundamente o observando cansada, eu realmente preciso contar para alguém tudo o que estou passando, ter alguém para conversar e desabafar, mas essa pessoa com certeza não é ele.

Uma boa ideia me surge para despista-lo dos meus assuntos pessoais.

-Vamos fazer um acordo?

-Depende do que estará em jogo.

-Se eu te contar sobre mim, você me conta sobre você? –Ergo uma sobrancelha o observando.

Imediatamente sua postura relaxada muda para uma evidente tensão, mordo os lábios ao notar que tocar no assunto do seu passado era a mesma coisa de jogar um balde de água fria nele.

-Muito esperta, mas lembre-se que eu descobrirei você querendo ou não. –Ele pisca para mim sorrindo.

Aquilo me deixa ainda mais irritada, ele não pode simplesmente bisbilhotar minha vida como se fizesse parte dela. Tento ao máximo me acalmar pois se não fosse ele Daisy poderia estar morta, mas já estava perdendo a linha e a compostura.

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