As duas faces do meu chefe romance Capítulo 21

Resumo de Capítulo 14.1: As duas faces do meu chefe

Resumo de Capítulo 14.1 – Uma virada em As duas faces do meu chefe de Mainy Cesar

Capítulo 14.1 mergulha o leitor em uma jornada emocional dentro do universo de As duas faces do meu chefe, escrito por Mainy Cesar. Com traços marcantes da literatura Romance, este capítulo oferece um equilíbrio entre sentimento, tensão e revelações. Ideal para quem busca profundidade narrativa e conexões humanas reais.

-O que está fazendo? –Pergunto curioso.

-Os vermelhos são os mais gostosos por isso vamos comer depois. –Ela começa a separar os vermelhos das demais cores me fazendo rir.

-Tudo bem. –A ajudo a separar os vermelhos cuidadosamente. –E agora? –Pergunto curioso.

-Pode comer os outros. –Ela afirma pegando bolinha por bolinha com os dedinhos pequenos os levando até a boca animadamente.

Acabo rindo da sua delicadeza e me fascino com seu jeito meigo e doce, como alguns deixando a maioria dos doces para ela, mas ao perceber que eu não estava comendo ela começa a colocar um em sua boca e um na minha.

Finalmente chegamos nos vermelhos e agora ela divide injustamente os doces para mim e para ela.

-Dois para você e um para mim. –Ela separa. -Dois para você e um para mim.

A interrompo.

-Está errado, é um para você e um para mim. –Começo separar novamente.

-Não, você é maior, fica com mais. –Segura minha mão me impedindo de dividir novamente os docinhos.

Arregalo os olhos ao entender sua linha de pensamentos e a puxo para um abraço inconscientemente.

-Você é um anjo. –Beijo sua testa.

Ela começa a rir passando as mãos nos olhos envergonhada.

-Meu pai sempre dizia isso. –Vejo a triste assumir seus olhos cheio de vida.

-Porque está triste? –Acaricio seus cabelos.

-Ele foi embora. –Abaixa a cabeça entristecida.

-Quer me contar o que aconteceu? -Tento descaradamente retirar informações de uma criança.

-Mamãe disse que ele tinha uma viagem muito importante, por isso foi embora. –Brinca os doces entre os dedos. –Ela disse que o papai me ama, mas ele nunca vem me ver.

-Ele te ama pequena, não fique triste. –Passo o dedo em seu rosto beijando sua testa.

–Tia Ellen disse que eu posso ter outro papai. –Agora ela está radiante.

-É claro que você pode. –Confirmo sorrindo.

-Como é seu nome mesmo? –Ela coloca a mão na testa confusa.

-Layonel.

-Tipo leão? –Pergunta surpresa.

-Leão? –Pergunto sem entendê-la.

-Sim, o tio da escola diz que o leão chama “laion”. –Ela puxa a letra N.

Não consigo segurar a risada.

Sua pequena mão envolve a gola da minha camisa me puxando para baixo fazendo dois botões se soltarem, mas me concentro em ouvir o que ela queria dizer.

-Eu não gosto do tio da escola, não quero que ele seja meu novo pai. –Ela sussurra bem baixinho no meu ouvido.

-Porque? –Pergunto curioso.

Ela solta minha gola com cara feia.

- A tio leão ele é chato e quando mamãe vai lá fica rindo e conversando sem parar quando eu quero ir embora. –Faz um bico cruzando os braços.

Rio acariciando seus cabelos até sentir seus dedos correrem pelo meu peito.

-O que é isso. –Pergunta curiosa.

Seguro sua mão a retirando do meu peito abotoando a camisa novamente para esconder minhas tatuagens. A certas coisas do passado que deve permanecerem enterradas.

-Isso é um segredo, você promete não contar para ninguém? –Suplico.

Ela se encolhe e tampa a boca com as duas mãos rindo.

-Não vou contar.

-Isso, não pode contar nem mesmo para mamãe, é um segredo meu e seu. –Falo em seu ouvido e ela assente animada.

-O que vocês estão fazendo. –Escuto Hana atrás de mim e sinto meu coração.

-É segredo mamãe. –Daisy quase me causa um mini ataque cardíaco.

-Segredo? –Ela franze as sobrancelhas perdida. –Que segredo? –Se levanta apoiando a mão na cabeça.

-Estamos comendo M&M’s os vermelhos ficam para o final. –Mudo de assunto e Daisy segue meus pensamentos.

-Os vermelhos são os melhores. –Ela joga as mãos para cima animada e eu agradeço aos céus.

Crianças tem uma inocência pura demais, isso é demais para mim, tento acalmar os meus batimentos cardíacos, mas está difícil.

Hana resmunga de dor na cabeça e contenho meus pensamentos impuros ao ver seus cabelos bagunçados e desalinhados de uma forma sexy e sensual.

-O que aconteceu? Acho que dormi demais. –Esfrega os olhos com a manga do terno. –Minha cabeça vai explodir.

-Victor te deu um calmante. –Digo por fim.

-Nossa. –Ela parece surpresa. –Você não deveria estar na empresa? –Me observa pensativa.

-Deveria. –Observo o relógio.

–Passou a noite aqui? –Pergunta chocada ao analisar minhas roupas.

-Pedi para Victor lhe entregar um lanche enquanto eu buscava um refrigerante no supermercado, quando cheguei você estava dormindo então te coloquei ai. –Aponto para maca e vejo suas bochechas corarem.

-Vamos comer os vermelhos diz animada. –Colocando os chocolates em minha boca.

-O titio já comeu, pode comer você. –Acaricio seu rostinho pequeno sorrindo.

-Vocês comeram um pacote? –Ela observa o pacote jogado sobre a cama.

-Não. –Minto cinicamente como se ela fosse louca.

-Sim. –Daisy grita jogando as mãos pro alto me desmentindo.

Hana semicerra os olhos me encarando.

-Isso também era um segredo. –Sussurro para Daisy e ela tampa a boca com as mãozinhas.

-Foi só pouquinho mamãe. –Olha para Hana inocente.

-Pelo que posso ver você está ótima e os dois fazem uma ótima dupla de mentirosos. –Cruza os braços no peito nos observando.

-Acredito que estamos sendo acusados injustamente. –Defendo.

Daisy acaba se entretendo novamente com os M&M’s vermelhos que estavam espalhados sobre a cama. Caminho até Hana que está de cabeça baixa fitando o chão e me encosto na maca ao seu lado cruzando os braços.

-Me desculpe por mais cedo. –Hana sussurra.

-Acho que ultimamente estamos pedindo bastante desculpas um para o outro. –Sorrio.

Ela faz uma careta desviando o olhar.

-Muito obrigada por ter me ajudado, se não fosse você eu não sei o que teria feito, não sei como te agradecer.

-Tudo bem, eu só queria entender um pouco mais sobre você. –Fixo meus olhos nos dela e vejo tristeza domina-los.

-Então essa menina linda está de alta? –Pergunto quebrando o clima constrangedor.

-Sim e aqui tem alguns remédios que ela precisa tomar. –Ele mostra a receita e me prontifico em pegar antes de Hana.

-Então ela está bem doutor? –Hana pergunta preocupada ainda contendo sua respiração desregular.

-Que isso... pode me chamar de Victor. Essa menina linda está muito bem e a crise já foi controlada, mas ela não pode ficar sem os medicamentos. –Victor diz apertando a bochecha de Daisy que ri.

-Então vamos minha linda. –Hana oferece os braços para Daisy que recusa.

-Quero o tio leão. –Ela se inclina para mim.

Fico surpreso e um pouco receoso com medo de pega-la no colo. Olho para Victor suplicante e ele sorri me oferecendo para que eu a pegue, sinto meu coração se acelerar e tenho vontade de mata-lo, mas com as mãos tremulas a seguro no colo.

Ela deita a cabeça em meu ombro envolvendo os braços em meu pescoço e por um momento fico estático, mas depois relaxo e sorrio.

-Fui trocada. –Hana parece perplexa.

-Se cuida menina linda. –Ele faz cócegas nela que ri se afastando. –Se precisarem de alguma coisa é só voltar. –Ele fixa os olhos em mim e eu entendo o recado.

-Obrigada! –Hana agradece.

-Vamos? –Olha para Hana que evita me encarar.

Ela está constrangida e procura manter uma distância considerável de mim, propositalmente envolvo meu braço em seu ombro puxando seu corpo para perto. Ela tenta se afastar, mas não deixo até chegamos no carro.

Aquele silêncio repentino, seus olhos perdidos e culpados, suas bochechas rosadas, sua postura rígida e constrangida só me deixa ainda mais preocupado.

Enquanto caminho em direção ao carro Daisy brinca com os fios dos meus cabelos.

-Hana. –A chamo mais ela ignora. –Hana, olha para mim. –Faço ela parar próxima ao carro.

-Layonel, por favor – diz irritada - Foi um erro, nós não devíamos, você é meu chefe, eu preciso muito desse emprego, eu não sei o que dizer. –Ela evita meu toque.

Seguro Daisy em um braço que nos olha assustada.

-Hana eu queria da mesma maneira que você, eu não me importo se sou seu chefe ou não. –Deixo claro.

-Mais eu me importo. –Ela deixa claro. -Não é certo, na entrevista você deixou claro que queria alguém sem segundas intenções e o que estamos fazendo? –Ela altera sua voz perdida em pensamentos.

-É diferente agora. –Tento explicar meu ponto de vista.

-Não é, e você sabe que nós não podemos. Eu não posso me envolver com você dessa maneira, não posso perder meu emprego. –Ela diminui seu tom de voz por estarmos na rua e seus olhos se enchem de lágrimas. –Desculpe.

-Que droga Hana eu quero te ajudar, mas você não colabora. –Digo irritado.

-Você quer me ajudar, mas não quer ser ajudado. Para mim as coisas não funcionam assim Layonel.

-Vocês estão brigando. –Daisy começa a chorar apertando meu pescoço.

-Não estamos. –Tento acalma-la sem saber o que fazer.

-Tá sim. –Ela chora ainda mais. -Igual o papai.

-Me desculpa eu não vou gritar querida. –Hana a pega do meu colo a acalmando.

Passo as mãos pelo rosto atordoado e perdido, como ela consegue ser tão cabeça dura?

-Conversamos sobre isso outra hora. –Deixo claro que esse assunto não acabou.

Abro a porta do carro para elas entrarem.

O caminho até a casa de Hana foi feito em silêncio, Daisy se acalmou depois de alguns minutos ao perceber que realmente não estávamos brigando, não da maneira que ela achava.

Deixo Hana em sua casa e dispenso seus serviços para que ela possa cuidar de Daisy. Ela recusa, mas deixo claro que também não iria para empresa hoje, precisava de um descanso tanto para minha mente quanto para o meu corpo, depois de um dia tão conturbado e cheio de emoções que me lembram coisas que na verdade queria esquecer.

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