Resumo do capítulo Capítulo 15.1 de As duas faces do meu chefe
Neste capítulo de destaque do romance Romance As duas faces do meu chefe, Mainy Cesar apresenta novos desafios, emoções intensas e avanços na história que prendem o leitor do início ao fim.
Ele concorda concentrado em retirar as lentes de contato dos olhos, subo até meu quarto para pegar uma toalha de rosto e aproveito para pegar um colírio que a pediatria havia receitado a Daisy. É um colírio para alergia e coceira então acredito que vai ajudar. Quando volto ele já estava lavando o rosto e os olhos.
Me encosto na porta o observando.
Acho que nunca vou ter a oportunidade de vê-lo sem esses ternos caros, vê-lo em uma roupa confortável e leve. Isso seria realmente impossível, nem mesmo nos dias mais quentes ele tirar os ternos.
Observo seus traços e a barba que ele havia raspado para a festa já estava grande. Não do tamanho da antiga, mas preenchia bem seu rosto esculpindo seus traços o deixando mais charmoso e sexy.
Entrego a toalha de rosto para ele que se enxuga. Seus olhos estão um pouco vermelhos o que me deixa preocupada. Inquieto ele observa a toalha pensativo até leva-la ao nariz inspirando fortemente.
-Tem seu cheiro. –Sorri.
Sinto minhas bochechas queimarem com a vergonha e puxo a toalha de suas mãos fazendo ele rir.
-Você está embasada. –Fecha o potinho com as lentes as guardando no bolso.
-Sente-se. –Aponto para o sanitário. –Vou pingar um colírio de Daisy para alergia e coceira.
-Não se preocupe está tudo bem. –Ele se olha no espelho.
-Seus olhos estão vermelhos. –Apoio a mão em seu braço fazendo ele se sentar.
Contrariado ele se senta de cara fechada.
-Olhe para cima. –Peço gentilmente.
Layonel obedece apoia uma de suas mãos em minha cintura enquanto olha para cima. Me posiciono entre suas pernas com o colírio nas mãos pronta para pingar, mas todas vezes que me aproximo ele afasta a cabeça piscando os olhos receoso.
-Se você não parar quieto eu não vou conseguir. –Envolvo delicadamente minha mão livre em sua nuca tentando mantê-lo quieto.
-É inconsciente. –Se defende.
Ele apoia as duas mãos na minha cintura apertando dedos em minha blusa, por fim consigo pingar uma única gota em seu olho que estava mais irritado. Layonel institivamente leva a mão nos olhos e eu o impeço.
-Que merda tem nesse remédio. –Ele tenta limpar o colírio, porém eu não deixo.
-Não coloca a mão, está vermelho assim porque você ficou coçando. –Tento segurar sua mão.
-Mais que porcaria é essa? Está ardendo muito. –Ele tenta novamente passar a mãos nos olhos, mas não deixo.
-Falta pingar no outro fica quieto. –Ele seguro minhas mãos tentando se levar.
-Mais não vai mesmo.
O impeço de levantar forçando ele ficar sentado, mas ele se remexe apreensivo.
-Você é pior que a Daisy é só um colírio. –Tento pingar o remédio no outro olho, mas ele não deixa.
-Isso não tem graça, pode parar Hana, você está tentando me torturar e eu não fiz nada. –Diz dramático e eu o ignoro lutando com suas mãos que tentam me afastar.
Praticamente subo em cima dele para conseguir pingar o colírio no outro olho, mas com muito custo consigo.
Ele rosna irritado me abraçando com força, encosta a cabeça na minha barriga esfregando o rosto na minha blusa para se livrar da ardência, puxo seu cabelo impedindo que ele continue.
Layonel pisca algumas vezes e algumas lágrimas escorrem de seus olhos devido o remédio.
-Isso arde muito. –Resmunga. –Se eu soubesse que ia ser torturado jamais teria vinda aqui. –Reclama.
-Que drama, já vai passar. –Enxugo algumas lágrimas que escorrem. –Pronto viu, nem foi tão ruim assim.
-Foi péssimo. –Fala irritado.
-Exagerado. –Reviro os olhos.
Me afasto deixando o colírio sobre a pia enquanto lavo e seco as minhas mãos. Ele se levanta procurando os óculos no bolso do terno até encontra-los, pisca algumas vezes me encarando ainda irritado.
-Melhorou?
-Sim.
-Viu. –digo vitoriosa –Precisou de todo o drama?
Dou risada saindo do banheiro, mas paro ao ver uma sacolinha dependurada em minha frente.
-Eu trouxe os remédios da Daisy. –Balança a sacolinha no ar.
Seguro a sacola me virando para ele.
-Porque você comprou os remédios? –Pergunto brava.
-Porque eu quis. –Diz indiferente.
-Layonel você não precisa fazer isso, você não tem obrigação.
-E você acha que eu não sei? Fiz porque eu quis Hana, não tem nada a ver com obrigações ou com qualquer outra coisa que sua mente orgulhosa crie. –Ele diz irritado.
-Eu não sou orgulhosa. –Rio irônica. –Apenas não quero que pense coisas erradas sobre mim. –Falo constrangida.
Ele fecha a porta do banheiro a trancando, pois nossas vozes estavam mais altas do que deveriam.
-Você não pode fazer isso comigo. –Sinto as emoções me dominarem e o medo é uma dela.
Minhas pernas estão bambas e o desejo que se acumula em meu ventre chega a ser dolorido me causando uma sensação desconfortável.
-Bom, eu não estou fazendo nada, na verdade é você quem está. –Ele pisca para mim enquanto limpa os seus óculos se afastando.
-Você me confunde. –Passo a mão no rosto em desespero sentindo minhas pernas tremulas.
-Então se permita. –Ele surra em meu ouvido mordiscando o lóbulo da minha orelha destrancando a porta. –Acho que Daisy nós espera.
Abro a boca para questionar, mas a fecho rapidamente sem resposta. Me afasto da porta permitindo que ele saia enquanto fico no banheiro perdida em meus pensamentos por mais alguns minutos.
Me observo no espelho e estou corada, com um olhar cheio de desejos reprimidos, envergonha jogo água fria no rosto enxugando com a toalha na tentativa de me acalmar.
Layonel está jogando sujo e eu estou caindo perfeitamente em suas armadilhas.
Depois de me acalmar saio do banheiro a procura de Layonel e Daisy, encontro os dois comportados na cozinha esperando Ellen rechear o bolo de chocolate. Cruzo os braços na porta olhando os dois que conversam animados como duas crianças que se entendem perfeitamente.
-Mãe você demorou. –Daisy faz bico.
-Desculpa, mamãe estava pingando colírio nos olhos do tio Layonel.
Ela grita tampando os olhos com a mão.
-Colírio não. –Se esconde atrás de Layonel que faz uma careta de compreensão.
-Viu... – me acusa com o olhar. – Esse colírio deveria ser extinto.
Ellen começa a rir enquanto despeja a calda de chocolate sobre o bolo.
-Vocês dois são muito mole não aguentam nem um colírio. –Nego me sentando ao lado dos dois.
-Colírio não. –Daisy diz manhosa.
-Não vai ter colírio, tio leão vai proteger você desse monstro terrível. –Ele a segura no colo aninhando-a em seu peito.
-Está pronto. –Ellen finaliza o bolo.
-Bolo. –Daisy se alegra.
Layonel e Daisy esperam ansiosamente os seus pedaços, mordo os lábios observando a expectativa de Layonel em receber um pedaço de bolo e tenho vontade de rir ao notar seu vício por chocolates. Ele tenta disfarças, mas sua sala é cheia de bons escondidos pelos cantos e sinceramente ele consegue ser pior que uma criança, quero rir mais me contenho apenas apreciando aquele momento único e especial.
Layonel e Daisy comem o bolo e claro repetem, Ellen e eu também comemos conversando amenidades, mas os outros dois estavam concentrados demais em seus pedaços de bolo para prestarem atenção no que se passava em sua volta.
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