Resumo de Capítulo 17 – Uma virada em As duas faces do meu chefe de Mainy Cesar
Capítulo 17 mergulha o leitor em uma jornada emocional dentro do universo de As duas faces do meu chefe, escrito por Mainy Cesar. Com traços marcantes da literatura Romance, este capítulo oferece um equilíbrio entre sentimento, tensão e revelações. Ideal para quem busca profundidade narrativa e conexões humanas reais.
Coloco o vestido preto com decote comportado, mas que acentua delicadamente minhas curvas, amarro meu cabelo em um rabo de cavalo alto e passo um gloss rosado nos lábios os deixando mais volumosos. O vestido levemente rodado solto até a altura do joelho realça a cor da minha pele, uso um sapato baixo já que Daisy iria comigo.
Ellen e Daisy me esperam na sala.
Daisy já está arrumada com um vestido branco florido e rodado, sua bolsinha pequena da Elsa e sua sapatilha cor de rosa claro. Seus cabelos estão amarrados com uma fita de cetim rosa que somente Ellen consegue fazer parar em seus cabelos lisos.
Daisy irradia felicidade e não consegue parar quieta por um segundo, pois iria ver seu amado titio Leão. Além disso está ansiosa, pois irá convida-lo para a apresentação do dia dos pais na escola. Isso de certa forma me preocupa, gostaria que ela não o convidasse, mas não posso priva-la quando seus olhos brilham como duas fogueiras em chamas.
Tenho medo de acabar lhe machucando com essa aproximação. Ele realmente gosta de Daisy -isso é visível-, mas ele está começando a assumir um papel complicado para minha filha.
Como vou explicar a uma criança de seis anos que Layonel não é seu pai, ela está se apegando a ele por falta de uma figura paterna e não posso culpa-la. Apesar de Ivan não ser muito apegado a filha ela ainda sente falta do pai, ainda mais nessa fase onde a figura paterna é essencial. Vê-la feliz dessa forma me deixa igualmente feliz, mas preocupada.
-Mãe eu vou ver o tio leão. –Ela pula no meio da sala animada e feliz.
-Se você continuar pulando dessa forma vai ficar suada e o tio leão não vai gostar. –A abraço cheirando seu pescoço que tinha cheirinho de morango. –Hum... Eca que cheirinho de suor. –Esfrego o nariz em seu pescoço e ela começa a rir.
-Para mãe. –Empurra meu rosto com as mãozinhas.
Ellen ri da cena me entregando o casaco de Daisy para precauções.
-Obrigada Ellen. –Sorrio.
-Estou confiante de que encontrou um homem maravilhoso. –Seu sorriso está de orelha a orelha.
-Ellen você sabe que isso não tem nada haver. –Falo envergonha.
-Claro que não, beijos e abraços as escondidas é bem normal hoje em dia. –Ela pisca para mim se fazendo de desentendia.
Sinto minhas bochechas esquentarem.
-Eu jamais deveria ter contado para você. –Falo constrangida revirando os olhos.
-Só estou dizendo a verdade pare de fugir Hana. Você fica colocando empecilhos onde não há nada.
-Ele é meu chefe não há possibilidades de algo assim acontecer. –Afirmo.
-Então comece a procurar outra pessoa e se afaste dele. Daisy não precisa ter dois pais ausentes. –Ellen cruza os braços me observando.
-Eu já entendi Ellen. –Suspiro pensativa.
-Cadê o papai? -Daisy pergunta abraçando meu pescoço.
Suspiro olhando para Ellen que dá de ombro e sai deixando a responsabilidade de mais uma vez explicar para ela o que aconteceu, mordo minha língua para não falar o quão cretino e vagabunda Ivan é.
-O papai precisou ir embora princesa. Ele foi viajar para bem longe e a mamãe não sabe se ele vai voltar. –Acaricio seus cabelos.
-E porque ele foi embora? Ele não gosta da gente? –Seus olhos tristes cortam meu coração.
-É claro que ele gosta. –Beijo sua bochecha, pois não sabia mais o que responder.
-Eu vou ter um papai?
-Vai sim minha princesa você vai ter um papai. –Falo sentindo o nó em minha garganta me sufocar.
-Tio leão pode ser meu papai? –Sua voz chorosa e manhosa me deixa aflita.
-A mamãe não sabe te responder essa pergunta Daisy. –Beijo sua testa.
-Eu quero que ele seja meu papai. –Ela olha para baixo triste. -Na escolinha Jéssica fala do papai policial dela e isso me deixa triste.
A abraço encostando sua cabeça em meu peito enquanto beijo seus cabelos.
-Me perdoe querida. –Ela envolve os abraços em meu pescoço me abraçando de volta enquanto fica com a cabeça apoiada em meu ombro.
Sinto meu coração em pedaços, minha vontade é de me trancar em meu quarto e chorar por horas até sentir esse nó e aperto no peito desaparecer, mas não posso fazer isso.
Preciso ser forte pela minha filha, pois ela só tem a mim.
-Eu quero ver o tio leão. –Diz manhosa.
-Se você continuar triste ele não vai vir tem que sorrir e esperar ele feliz. –A coloco no chão.
-Eu “tô” feliz mãe.
-Isso mesmo tem que ficar feliz. –Arrumo seu vestido e logo a campainha toca.
A triste em seus olhos castanhos é convertida em felicidade em questão de segundos, agora seus pequenos olhinhos brilham de alegria.
-Tio leão chegou. –Ela corre para porta tentando abrir a maçaneta, mas não consegue de primeira pois a porta estaca trancada.
-Tio leão. –Daisy grita.
-Minha Elsa? –Escuto a voz de Layonel do lado de fora e acabo rindo.
Destranco a porta e ela sai igual um furacão em direção ao portão quase tropeçando no meio do caminho, mas Layonel a pega no colo mordendo sua barriga.
-Mais eu ia dar para Daisy. –Ele se defende passando a mão na cabeça.
-Tio leão apanhou. –Daisy ri.
-Você está rindo? Eu estava tentando te ajudar mocinha. –Ele semicerra os olhos a observando. –Eu vou te pegar. –Ele corre para pega-la, mas ela pula da cadeira e sai correndo e gritando pela casa.
Layonel não perde tempo em corre atrás dela e para não ser atropelada pelos dois apenas saio da frente escutando a gritaria e risada de Daisy ao ser pega por ele.
-Quer ajuda Dona Maria? –Pergunto.
-A querida pode me chamar apenas de Maria. –Ela sorri.
-Claro. –Sorrio.
-Se você puder mexer a panela para mim eu agradeço vou retirar a carne do forno já está tudo pronto. –Diz animada.
Acabo ajudando Maria a terminar o jantar e organizar a mesa enquanto Layonel e Daisy correm pela casa espaçosa. Depois de terminar de organizar tudo conforme Maria me pede, chamo os dois para o jantar.
Layonel e Daisy aparecem na cozinha ofegantes e despenteados. Ele fica elegante despenteado daquela forma. Me pego o observando mais do que deveria e tento não demonstrar meu interesse, mas o sorriso travesso nos seus lábios indica que meus olhos já me entregaram.
Depois que se acalmam eles se sentam. Os dois irradiando felicidade o que me deixa alegre e animada, mas um pouco receosa depois da conversa que tive com Ellen.
Maria serve a carne assada com molho madeira junto de um arroz branco e uma salada. Agradeço por não ser uma comida estranha que eu nem mesmo saberia o nome.
Me sento ao lado de Daisy para ajudá-la a cortar a carne se necessário, mas minha menina já estava grandinha e sabia se virar. Layonel serve um vinho para mim e para ele e Daisy fica com o suco natural de laranja.
Maria se recusa a participar do jantar apenas nos servindo e surpreendo-me quando percebo que sua adega de vinho fica no chão. A uma passarela de vidro do lado oposto à mesa onde uma escada em espiral leva aos vinhos enfileirados em prateleiras em uma adega no solo.
Bom, eu não esperaria menos dele ou dessa casa incrível.
Conversamos amenidades sobre nosso dia e sobre Daisy - que no momento nem quer saber de conversa e sim da carne - mas a entendo já que está tudo uma delícia.
Aprecio o vinho e aquele sabor suave e envolvente me faz suspirar. Depois do jantar Maria serve a sobremesa, pavê de brigadeiro, bolo de chocolate, sorvete e pudim.
A quantidade de doces que ela havia feito era um exagero, mas nem preciso dizer que os olhos de Daisy e Layonel brilharam e cintilaram como estrelas no céu.
Opto por um pequeno pedaço de pudim já Daisy e Layonel experimentam tudo o que tem direito e ainda repetem.
Ao terminarmos ajudamos Maria a retirar a mesa, por mais que ela insista que eu deixe tudo ali me sinto na obrigação de ajudar. Já era tarde e acho injusto deixa-la com toda a bagunça sendo que ela havia preparado um jantar maravilhoso.
Daisy se aproxima de Layonel como quem não quer nada até segurar seu terno o puxando para baixo chamando sua atenção.
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