As duas faces do meu chefe romance Capítulo 28

-O que você esconde Layonel? –Pergunto olhando em seus olhos.

-Muitas coisas. –Diz sério.

-Por que não me conta? –Analiso seus olhos perdidos em magoas e tristeza.

-Ainda não é a hora. –Ele sorri entristecido.

-E quando será?

-Quando você estiver preparada. –Ele encosta a testa na minha.

-Eu estou preparada.

-Você está sobrecarregada demais para levar consigo os meus erros. –Afaga os meus cabelos.

-Eu quero te ajudar. –Falo com sinceridade.

-Você já ajuda e não faz ideia do quanto.

Suspiro o observando sabendo que não adiantaria lutar quando ele não quer se abrir, então apenas desisto no momento. Não vou lutar contra a sua vontade, se ele não se sente seguro em me contar no momento não posso força-lo, infelizmente não posso me aproximar dele mais do que isso, pois ele não permite.

De certa forma ele não está errado... Realmente estou sobrecarregada, mas se suportei todo o peso até agora, posso suportar o peso da sua dor para aliviar a tensão e tristeza de sua vida, porém confiança se adquiri com o tempo e o meu tempo com Layonel infelizmente ainda não chegou.

Se chegará? Sinceramente não sei, mas eu espero que sim.

-Preciso ir embora. –Afasto-me apoiando as mãos em seu peito. –Obrigada por tudo.

-Está cedo. –Ele segura meu corpo próximo ao seu.

-Daisy tem aula amanhã e ela precisa descansar. –Mantenho uma distância segura.

-Dança comigo Hana. –Pede ansioso.

-Não mude de assunto. –Dou risada.

-Por favor. –A suplica em sua voz faz meu coração saltitar.

-Nem temos música e Daisy deve estar a nossa espera.

Ele respira profundamente e logo em seguida desvia o olhar do meu visivelmente magoados.

-Vamos ver como Daisy está.

Suas mãos se soltam da minha cintura e aproveito para me afastar enquanto ele mostrar o caminho. Voltamos para a sala e seguimos por um corredor que levava a várias portas. Sigo em silêncio observando suas costas largas e acabo por apertar minhas mãos na saia do vestido. A vontade de correr os dedos por suas costas pinica a palma da minha mão me fazendo puxar o ar com força para controlar minha ansiedade de ter meus dedos em seu corpo forte.

Layonel para em frente uma porta e bate devagar, mas não obtém resposta.

-Maria? –Ele chama, mas o silêncio predomina.

Com as sobrancelhas franzidas ele abre a porta entrando e me surpreendo ao ver Daisy e Maria enroladas em uma coberta dormindo. Daisy se aconchegou nos braços de Maria que a abraça protetoramente enquanto dormem, fico boquiaberta ao ver uma prateleira com uma coleção de bonecas de pano de várias épocas diferentes enfileirada em seus devidos lugares.

-Nossa. –Sussurro encantada com a beleza daquela coleção, além do cuidado e delicadeza que Maria as guardava.

-Ela ganhava do marido. –Layonel sussurra próximo ao meu ouvi me assustando.

-São todas maravilhosas. –Toco o vestido de algumas das bonecas encantada com tamanha delicadeza.

-Eu acho estranho. –Ele observa as bonecas com uma careta. –Mas Maria gosta delas, pois lembra seu marido.

-O que houve com ele? –Pergunto curiosa.

-Morreu a pouco tempo. –Posso sentir a tristeza em sua voz.

-Me desculpe.

-Tudo bem. –Ele sorri. -Deixem elas dormirem. –Ele observa Maria e Daisy mais uma vez.

Assinto saindo do quarto, mas me lembro que precisava voltar pra casa.

-Preciso levar Daisy para casa.

-Me conceda apenas uma dança bela dama e pare de fugir de mim. –Ele se curva estendendo sua mão para mim como um verdadeiro cavalheiro.

Mordo os lábios pensativa e de certa forma receosa, mas acabo segurando sua mão por ver que aquilo parecia ser importante para ele. Supresso me observa um tanto quanto chocado.

-Isso é um sim?

-Sim. –Acabo rindo do seu jeito.

Layonel me guia até o centro da sala e ao ver o lindo tapete felpudo estendido no chão opto por retirar meus sapatos sentindo a maciez dos pequenos fios em meus pés.

Adoraria me esticar e esfregar nesse tapete delicioso, mas contento-me em senti-lo nas plantas dos meus pés.

-Sem música? –Pergunto me posicionando.

Layonel ergue o celular sorrindo e eu espero ele escolher uma melodia suave no youtube. Assim que a música se inicia uma de suas mãos pousam em minha cintura e a outra em minha mão.

Com nossos corpos próximos iniciamos uma valsa lenta, fecho os olhos sentindo os passos fluírem lentamente, as notas suaves do piano invadem minha mente me lembrando da noite em Salvador. Dispenso os pensamentos ruins concentrando na delicadeza das nas notas finas que se encaixam perfeitamente com a melodia dos violinos e instrumentos de sopro.

Entrego meu coração as notas musicais e Layonel dita os movimentos conforme as batidas que ecoam pela sala.

Ele segura delicadamente minha mão permitindo que meu corpo gire e a saia rodado do meu vestido balança sensualmente com a dança. Volto para os seus braços fortes, apoio uma mão em seu peito encaixando perfeitamente meu corpo ao seu como uma peça que estava faltado em um quebra-cabeça.

Nossos corpos se movem em conjunto bailando sobre a sala silenciosa, mas nossas mentes conectadas ditam os movimentos e a sincronia perfeita de cada gesto realizado. Envolvendo seu braço em minha cintura ele deixa que meu corpo caia para trás graciosamente, em um movimento leve me traz de volta aos seus braços onde apoio as duas mãos espalmada em seu peito fixando meus olhos nos seus.

Suas mãos sobem pelas minhas costas envolvendo seus dedos em meus cabelos onde puxa meu rosto de encontro com o seu colando seus lábios aos meus em um beijo intenso e voraz.

Solto um gemido baixo ao sentir seus lábios se chorarem com o meu daquela forma. Subo minha por dentro de seu terno arranhando suas costas por cima de sua camisa ao sentir sua mão deslizar por meu corpo em direção a minha bunda.

Um arrepio percorre meu corpo se instalando em meu ventre e as batidas do meu coração se aceleram. Layonel apoia as mãos em minha cintura erguendo meu corpo e no automático envolvo as pernas em sua cintura enquanto ele apoia as mãos em minha bunda me segurando. Seus dedos apertam aquele espaço sem pudor e instintivamente pressiono meu quadril contra o seu sentindo seu membro contra meu ventre.

-Layonel. –Solto um gemido agarrando seus cabelos ao senti-lo mordiscar o colo dos meus seios.

Ele me deita sobre o sofá analisando meu corpo, afrouxa a gravata a jogando-a para o lado. Tento ao máximo controlar meus impulsos, mas é impossível ao sentir seus dedos percorrer minhas pernas suavemente subindo em direção ao meu vestido.

Meu rosto se aquece ao vê-lo analisar minuciosamente cada pedacinho exposto do meu corpo. Ele se ajoelha entre minhas pernas e seus olhos verdes brilham como duas esmeraldas em puro desejo observando minha calcinha de renda fina e preta.

Suas mãos sobem pela lateral da minha coxa segurando minhas pernas abertas.

-Você é linda Hana. –Morde a parte interna da minha coxa me causando suspiros.

Seus lábios roçam minha pela delicadamente até se encontrarem com minha intimidade ainda por cima da calcinha, a fricção do pano junto com a pressão de sua língua e seu habito quente me faz jogar a cabeça para traz gemendo e me contorcendo sobre o som da música que ainda ecoava pelo ambiente.

Automaticamente seguro seus cabelos me entregando aquela sensação maravilhoso que percorre meu corpo, suas mãos acariciam minhas pernas enquanto aquela fricção me causa arrepios e espasmos de prazer. Seus dedos puxam o pequeno tecido da minha calcinha para baixo expondo minha intimidade e quando sinto sua língua pressionar meu clitóris o sugando sem piedade abafo um gemido com a mão deixando o prazer me dominar explodindo em um orgasmo intenso e libertador que a dias vinha reprimindo.

Ofegante apoio minha cabeça no sofá tentando controlar minha respiração, mas Layonel puxa meu corpo se posicionando em cima de mim. Vejo ele abrir a braguilha de sua calça e começo a ponderar se aquilo realmente é certo.

-Layonel... não podemos. –Falo em um fio de voz ao me contorcer por sentir sua mão apertar meus seios.

-Mas vamos. –Ele afirma abaixando sua calça.

-Maria pode acordar. –Tento me levantar, mas ele se posiciona em cima de mim.

-Pare de fugir Hana. –Seus olhos me consomem lentamente enquanto seus lábios passeiam por meu pescoço.

Passo minhas mãos por seus braços e por suas costas mesmo sobre aquela grossa camada de tecido.

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