Resumo de Capítulo 19 – As duas faces do meu chefe por Mainy Cesar
Em Capítulo 19, um capítulo marcante do aclamado romance de Romance As duas faces do meu chefe, escrito por Mainy Cesar, os leitores são levados mais fundo em uma trama repleta de emoção, conflito e transformação. Este capítulo apresenta desenvolvimentos essenciais e reviravoltas que o tornam leitura obrigatória. Seja você um novo leitor ou um fã fiel, esta parte oferece momentos inesquecíveis que definem a essência de As duas faces do meu chefe.
Layonel
Estou deitado com Daisy no chão da minha sala enquanto lhe apresento minha coleção de carros miniaturas que ficam atrás dos meus livros, ela se encanta com uma das motos e sorrio com seu jeito meigo e delicado.
-Você gostou dessa? –Pergunto animado.
-Sim. –Ela sorri vendo os detalhes da réplica de uma Harley Davidson miniatura.
-Quer brincar?
-Podemos? –Pergunta ansiosa.
-É claro que sim.
Lhe entrego a moto e me sento no chão para observa-la enquanto ela engatinha pela sala fazendo barulhos com os carinhos e motos, no final acabo sendo sua pista de corrida enquanto ela usa meu corpo para brincar.
A princípio tive medo dessa aproximação, mas agora não consigo me desgrudar dessa pequena sapeca. Daisy é uma menina desinibida e muito inteligente a cada dia que se passa me surpreendo com sua doçura.
Não conheço seu pai biológico e para ser franco prefiro não conhecer. Não consigo entender como um homem pode abandonar sua esposa e sua filha por um caso incerto.
Hana é uma mulher sensacional e ela não merece passar por tudo isso, mas ela é forte, batalhadora e pela sua filha não desiste de lutar. Tenho vontade de socar a cara desse Ivan incontáveis vezes enquanto ele suplica o perdão de Hana e ela o despreza.
É exatamente isso que ele merece o desprezo da filha e da sua ex-mulher.
Já conversei com os meus advogados e estou esperando um retorno da parte deles, tentarei não fazer nada que ela não queria, mas se for necessário usar meu dinheiro para ver seu sorriso e a paz em seus olhos farei sem pensar duas vezes.
Eu não me importo com o dinheiro - nunca me importei - isso tudo são somente consequências e aparências.
O primeiro dia que vi Hana seu sorriso me cativou, aquele olhar cheio de esperança me atingiram em cheio. Talvez pelo fato de que enxerguei nela o que não havia em mim, mas hoje posso dizer que a esperança cresce dentro do meu peito.
Esperança de construir uma vida de paz com Hana e a pequena Daisy, mas o medo ainda me consome lentamente.
Com o passar dos dias a tristeza dominou os olhos cor de mel de Hana dando lugar a amargura, solidão, magoas e dor.
Aquilo me incomodou e eu queria saber mais sobre ela mesmo sabendo que era errado, pois trabalhamos juntos e meu pai é rígido com as regras dentro da empresa. Sinceramente não faço ideia de qual será sua reação quando souber sobre Hana, porém não me importo nem um pouco com a opinião dele desde que ela me aceite.
Esse pensamento me causa um calafrio, pois a aceitação é um dos meus maiores medos. Não sei se Hana aceitara o meu verdadeiro eu e muito menos o meu passado, mas sei que está chegando a hora de contar tudo para ela, ainda assim tentarei guarda-lo para mim o máximo que puder.
Daisy continua me usando como pista de carrinho e tento dispersar aqueles pensamentos focando nela.
-O que mais você quer fazer? –Pergunto curioso sem saber muito bem lidar com uma criança.
É tudo novo para mim então estou aprendendo aos poucos com ela.
-Fantasia da Elsa. –Diz pensativa.
-Você quer uma fantasia da Elsa? –Pergunto surpreso.
-Sim, eu amo a Elsa, ela a minha princesa preferida. –Diz animada. -Eu pedi para mamãe, mas ela disse que não podia me dar agora. –Diz triste. –Talvez o papai traga da viagem que ele está fazendo do outro lado do mundo. –Um sorri inocente surge em seus pequenos lábios cheios de vida e meu coração se aperta ao ver a esperança em seus olhos e a vontade de matar Ivan triplica.
-Tio leão vai comprar para você. –A abraço.
-Vai? –Pergunta animada.
-Sim.
-Eba. –Joga as mãos para cima feliz. -Eu vou contar para mamãe. –Se prepara para correr mais antes que ela consiga eu a seguro a abraçando.
-É nosso segredo. –Sussurro em seu ouvido.
-Porquê? –Pergunta confusa.
-A mamãe ficar brava com o titio se ela souber. –Faço uma careta e ela tampa a boca com as mãozinhas.
-Eu não vou contar. –Ela balança a cabeça em negativo.
-Isso mesmo não pode contar porque vai ser uma surpresa. –Sorrio.
Ela me abraça feliz enquanto fica quietinha de repente. Pensativa ela me observa um pouco receosa, franzo as sobrancelhas sem entender o que está acontecendo.
Será que fiz algo errado? Fico preocupado sem saber o que fazer ou que falar.
-Tio leão. –Ela me chama sussurrando em meu ouvido bem baixinho. –Eu quero que você seja meu papai.
Meu coração bate descompassadamente depois daquele pedido quase pulando para fora do peito, preciso apoiar a mão no chão para me segurar depois daquele pedido tão inocente.
Me sinto paralisado a observando sem resposta enquanto meu coração quase sai pela minha boca.
Eu não esperava um pedido tão inocente vindo da parte dela, apoio minha mão tremula em suas costas a abraçando com tanta força que tenho até medo de machuca-la.
-Você não quer ser meu papai? –Pergunta inocente e entristecida.
Engulo em seco respirando profundamente e forço minha voz tremula sair sentindo meus olhos arder com as lágrimas que querem escorrer.
-É claro que eu quero minha princesa. –Tento ao máximo conter minhas emoções e com muito custo engulo meus sentimentos atordoados.
Seu sorriso se ilumina e ela envolve os braços envolta do meu pescoço feliz.
-Eu tenho um papai como Jessica. –Diz feliz.
Hana com toda certeza não vai gostar de saber disso -faço uma careta-, mas não me importo já que a gratidão e felicidade dessa pequena me renova.
-Desse jeito eu não aguento. –Sussurro para mim mesmo passando a mão no peito para aliviar a sensação de aperto e ao mesmo tempo felicidade que crescia ali.
Ser chamado de pai daquela forma faz meu peito transbordar de alegria, mas a dor e o aperto em meu coração me sufocam, porém a felicidade do momento prevalece as minhas dores do passado.
-Eu estou bem minha princesa. –A seguro no colo e ela se senta em minha perna preocupada.
-Eu fui uma menina ruim? –Pergunta triste passando a mão no meu rosto para enxugar as lágrimas.
-Você é uma menina maravilhosa. –Sorrio enxugando minhas lágrimas. –Estou feliz porque ganhei um desenho lindo. –Beijo sua testa.
-Não está triste? –Pergunta preocupada.
-Estou muito feliz porque agora eu tenho uma filha linda. –Faço cocegas em sua barriga e ela ri tentando me parar.
-Eu te amo papai. –Ela me abraça feliz.
-Eu também te amo princesa. –Beijo o topo de sua cabeça e uma batida na porta faz com que eu seque as lágrimas rapidamente.
Hana entra em minha sala com duas sacolas em mãos me observando com a sobrancelha arqueada.
-Mãe. –Daisy sorri.
Hana desviar o olhar do meu observando a bagunça que estava minha sala.
-O almoço de vocês chegou. –Ela indica as sacolas.
-O nosso almoço chegou. –Afirmo.
-Você tem uma reunião em meia hora. –Diz séria me observando.
-E tenho outra as três também. –Pisco para ela sorrindo.
-Ainda bem que você sabe. –Ela afirma.
-Vai ser em um restaurante a reunião das três antes de ir vou deixar você e Daisy em casa.
-Você precisa para de me dispensar mais cedo. –Fala brava.
-Como chefe estou dispensando minha funcionaria mais cedo, você deveria ficar feliz e não brava. –Contenho um sorriso ao observar sua careta.
-Eu “tô” com fome. –Daisy reclama.
Desisto de discutir com Hana e me concentro no almoço, deixo Daisy sentada em minha cadeira depois de fechar meus e-mails e coloco três pratos para nos servir.
Hana aceita almoçar conosco e eu fico feliz por isso. Ela não demonstra arrependimento do que aconteceu entre nós, mas está tentando manter uma distância segura evitando sucumbir as suas fraquezas.
Como sempre Daisy consegue deixar o clima entre nós leve e acabamos rindo do seu jeito meigo ao se deliciar com a macarronada que realmente estava maravilhosa.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: As duas faces do meu chefe