Resumo do capítulo Capítulo 20.1 do livro As duas faces do meu chefe de Mainy Cesar
Descubra os acontecimentos mais importantes de Capítulo 20.1, um capítulo repleto de surpresas no consagrado romance As duas faces do meu chefe. Com a escrita envolvente de Mainy Cesar, esta obra-prima do gênero Romance continua a emocionar e surpreender a cada página.
Layonel
Me perco em alguns corredores da escola por ser grande demais e acabo pedindo ajuda ao faxineiro que me explicar onde fica o pátio.
Ao passar pelas portas vejo minha princesa sentada em um banco embaixo de uma árvore grande com a cabeça baixa, ela balança as perninhas enquanto abraça sua mochila com força.
Me aproximo, mas ela evita erguer a cabeça ignorando minha presença.
-Princesa. -A chamo.
Rapidamente seus olhinhos vermelhos e inchados de tanto chorar se voltam para mim e assim que me vê pula do banco abraçando minhas pernas chorando ainda mais. Acaricio os seus cabelos castanhos tentando acalma-la.
-Ei minha princesa o que aconteceu? -Pergunto com um tom de voz calmo, mas ela esfrega o rosto em minha calça se recusando a falar.
Me abaixo ficando a sua altura e ela envolve os braços pequenos em meu pescoço escondendo o rosto em meu ombro.
-O papai leão precisa saber o que aconteceu. -Acaricio os seus cabelos. -Não estou bravo com você então olha para mim.
Relutante ela solta meu pescoço olhando em meus olhos ainda chora.
-Você está machucada?
Ela ergue a blusa mostrando uma marca roxa próxima a costela. Respiro profundamente mantendo o tom da minha voz calma.
-Foi sua amiguinha que fez isso?
Ela afirma.
-E como isso aconteceu?
-Belisco –Soluça ao dizer.
-Foi por isso que a empurrou?
Ela nega.
-Porque a empurrou minha princesa? -Pergunto tentando entende-la.
Depois de ficar em silêncio por alguns minutos ela começa a falar tudo embolado entre soluços.
-Eu -soluço -papai -soluço -Jéssica -soluço -deu risada -soluço.
-Se você não parar de chorar não vou consigo entender Daisy. -Me sento no banco com ela em minha perna.
Limpo suas lágrimas com a mão encostando sua cabeça em meu peito dando um leve beijo em seus cabelos que cheira morango. Acaricio suas costas deixando que ela se acalme aos poucos.
Sonolenta e casada encosta a cabeça em meu braço e a aninho em meu peito acariciando seus cabelos compridos.
-Vai contar para o papai sem chorar? -Aperto seu nariz de levinho fazendo ela rir.
-Jéssica. -Ela faz bico e antes que comece a chorar faço cocegas de leve em sua barriga.
-Sem chorar.
-Jéssica começou a rir porque eu não tenho um papai e o papai dela vem buscar ela na escola todos os dias. Hoje fui falar que você era meu papai e ela começou a rir falando que o papai leão não existia. –Começa a soluçar, mas a acalmo esperando que ela continue. -Ela beliscou minha barriga me chamando de mentirosa, mas eu falei várias vezes que o papai leão era de verdade, ela não parava de rir então eu empurrei ela porque eu queria que ela parasse e ela rolar lá embaixo. -Faz bico manhosa. –Eu não queria ver ela rolar. –Chora novamente. –Eu sou uma menina feia e malvada? -Pergunta triste.
A abraço contra meu peito beijando sua cabeça.
-Você é uma menina linda.
-Tia Lúcia gritou e disse que só meninas feias e malvadas fazem isso. -Volta a chorar sentida e magoada. -Eu não quero ser feia e malvada.
-Sshhh... Você é a princesa Elsa do papai leão, quando princesas são feias e malvadas?
Ela fica pensativa e depois sorri entre as lágrimas.
-Princesas são lindas. -Diz com olhos brilhantes.
-Então você também é linda.
De repente ela se encolhe em meus braços escondendo a cabeça meu peito. Olho para trás e vejo Hana e Lúcia caminharem em nossa direção.
-Está tudo bem princesa.
-Tia Lúcia vai ficar brava comigo.
-O papai está aqui agora, não vou deixar ela gritar com você nunca mais.
Não consigo lidar com a possibilidade de ver Lúcia gritando com Daisy, como diretora ela deveria ouvir as duas partes antes de julgar. É claro que Daisy não está certa por empurrar Jéssica, mas quem começou foi ela e acabou tendo o que mereceu.
Tiro aqueles pensamentos da minha mente.
São crianças Layonel se controle.
Segurando Daisy em meus braços me levantando e sonolenta ela quase dorme aninhada em meu peito. A sensação que tenho no momento é de ser um verdadeiro pai que precisa proteger sua criança e não deixar ninguém toca-la ou machuca-la.
Hana parece cansada e desgastada já Lúcia aparenta uma calma irritante. Ela chamou minha menina de feia e malvada e isso com toda certeza não ficará assim.
-Conseguiu fazer ela contar a verdade? -Lúcia pergunta com desdém.
-Sim. -Respondo rudemente, mas me controlo ao ver Hana suspirar aliviada.
-O que aconteceu Layonel. -Hana se aproxima acariciando os cabelos de Daisy com delicadeza.
-Seu trabalho está em ordem você é a única pessoa que consegue mantê-lo em ordem Hana. -Digo calmamente, mas ela abaixa a cabeça.
-Layonel. -A interrompo.
-Você está me evitando novamente, não deixa eu me aproximar e me mata ver essa tristeza estampada em seus olhos. Porque está tão distante? –Pergunto frustrado.
Hana pondera e analisa toda a situação após soltar um longo e pesado suspiro, seus olhos cor de mel se enchem de lágrimas e transbordam enquanto ela desaba.
-Minha filha não precisa sofre pelo péssimo pai que tem e eu não sei mais o que fazer, não sei Layonel.
Fecho os olhos por um momento controlando a raiva que borbulha em meu peito. Passo minha mão por seu rosto enxugando suas lágrimas já que por estar no carro tenho meus movimentos limitados, mas mesmo assim a puxo para mim beijando sua testa.
-Eu estou aqui certo?
Ela assente.
-Você e Daisy tem a mim e não deixarei nada de mal acontecer com as duas. -Acaricio seu rosto.
-Não posso me apoiar em você. -Ela segura minha mão afastando de seu rosto com um leve sorriso entristecido. -Você é uma pessoa incrível, mas não posso sustentar esse relacionamento instável.
-Hana... -Ela me interrompe encostando seus dedos em meus lábios não deixando que eu continue.
-Obrigada por estar me ajudando com a dívida no banco. -Seu sorriso aumento e ela passa os dedos em meu rosto com carinho. -Você é maravilhoso Layonel e eu realmente acreditei que poderia dar certo sabe, mas você merece alguém melhor e você sabe disso. –Desliza os dedos por meu rosto até meus cabelos.
A suavidade de seus dedos em minha pele, a paixão explicita em seus olhos misturada e mesclada com a dor me deixa sem palavras.
-Hana, por favor espere. –Seguro sua mão.
-Não torne as coisas mais difícil. –Sussurra em um soluço.
-Precisamos conversar.
-Precisamos, mas é melhor deixarmos para outro dia.
-Sexta tenho uma reunião, será um jantar e gostaria que você me acompanhasse e depois que eles forem embora podemos conversar.
Pensativa ela concorda, mas depois discorda.
-Sexta tenho um compromisso, marcamos para outro dia.
-Sábado? -Pergunto esperançoso.
-Até amanhã Layonel. -Ela sorri se despedindo sem me dar uma resposta.
Suspiro observando ela passar pelos portões de sua casa enquanto leva Daisy que dorme calmamente em seu colo.
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