As duas faces do meu chefe romance Capítulo 33

Resumo de Capítulo 22: As duas faces do meu chefe

Resumo de Capítulo 22 – Uma virada em As duas faces do meu chefe de Mainy Cesar

Capítulo 22 mergulha o leitor em uma jornada emocional dentro do universo de As duas faces do meu chefe, escrito por Mainy Cesar. Com traços marcantes da literatura Romance, este capítulo oferece um equilíbrio entre sentimento, tensão e revelações. Ideal para quem busca profundidade narrativa e conexões humanas reais.

Ao sair do banho Layone havia partido, pois tinha uma reunião importante.

Corro para o quarto e agradeço mentalmente por ter separado a roupa que iria usar na parte da manhã, uma meia calça cor da pele e um vestido verde musgo com saia rodada, não era uma peça chamativa e sim delicada. Sorrio ao me olhar no espelho e ver que se encaixou perfeitamente em minhas curvas, além de realçar o meu quadril e marcar delicadamente minha cintura.

Seu decote é comportado, mas opto por deixar os cabelos soltos para tampar minha pele exposta pelo pequeno recorte que tinha atrás, não era nada exagerado, mas não me sinto confortável em mostrar meu corpo dessa maneira ainda mais em jantar onde falaríamos de negócios.

Faço uma maquiagem leve e rápida, um batom claro para não chamar a atenção, abuso no rímel que marcam meus cílios longos, curvados e cheios. Nos pés calço um salto preto e estou pronta.

Confesso que estou um pouco nervosa com esse jantar, meu dia tem sido um emaranhado de problemas e dor de cabeça e sinceramente espero ouvir boas notícias de Juan ou não sei o que será de mim.

Desço, pois já faz uns dez minutos que Juan me espera no andar de baixo e ao chegar encontro Daisy escondida atrás de Ellen enquanto Juan tenta frustrantemente fazer amizade.

Porque que com Layonel ela é tão desinibida? Suspiro frustrada.

-Me desculpe à demora. –Chamo a atenção de todos.

-Mamãe. –Abraça minhas pernas escondendo seu rosto ali.

Acaricio seus cabelos observando-a preocupada. Daisy não é tipo de garota que se esconde de alguém.

-Mamãe não vai demorar a voltar, tudo bem? –Ela nega. –Minha princesinha, você vai ficar com Ellen um pouquinho promete que vai ser uma linda menina? –Me abaixo para beijar seu rosto.

-Você vai voltar logo? –Pergunta indecisa e manhosa.

-Vou voltar rapidinho se você tomar o remédio. –Tento uma chantagem psicológica.

-Papai leão já me deu. –Diz com um brilho nos olhos.

Fico chocada.

-Comigo você não quis tomar. –Falo chateada.

-Senhora. –Ellen chama a minha atenção e percebo que Juan está inquieto e constrangido por não entender o que eu digo.

-Me desculpe. –Digo envergonhada.

Ellen segura à mão de Daisy enquanto me despeço e seu pequeno biquinho de chora parte meu coração, mas como uma boa menina ela permanece quietinha.

Sigo até o carro com Juan que segue as ruas movimentadas do Rio de Janeira e me pego analisando as várias pessoas passeando despreocupadas em suas rotinas constantes. Parando para pensar, estar ao lado de Juan neste momento de certa forma é vergonhoso e estranho, parece que estávamos indo a um encontro e eu não gosto dessa visão.

-Você está bonita. –Ele quebra o silêncio me pegando de surpresa.

-Obrigada. –Respondo com simplicidade e somente agora o observo melhor.

Seus cabelos negros estão desgrenhados e bagunçados -diria que até mesmo rebeldes- ele usa um terno escuro, bem alinhado, feito unicamente para seu corpo charmoso e pequeno se comparado a Layonel.

Sim, Juan é menor que Layonel, digamos que uns 10 centímetros, ou seja, Juan deve ter aproximadamente 1,77, mas ele é igualmente elegante e charmoso, porém não elogio.

Não quero que ele entenda algo errado, sei que cogitei a possibilidade de torna-lo pai de Daisy, mas foi apenas um pensamento desnecessário e bobo.

Não tenho assunto para puxar com ele e percebo que ele se encontra na mesma situação. Para as coisas não ficarem piores e mais constrangedoras optamos por fazer o caminho em silêncio.

Depois de longos minutos dentro do carro ele estaciona em um dos restaurantes que eu menos esperava.

-Chegamos. –Diz sorridente e animado.

-Aqui? –Pergunto surpresa e chocada ao observar o luminoso extravagante do Leblon Ritz.

-Não gosta desse restaurante? –Me observa como se eu fosse um extraterrestre.

Seria impossível alguém não gostar desse restaurante.

-Não, não é isso. –Sorrio constrangida. –É um restaurante maravilhoso. –Disfarço minha aversão pelo restaurante que Layonel me trouxe para almoçar com Lívia.

-Achei que havia errado na escolha. –Ele sorri aliviado.

-De maneira alguma. –Sorrio o confortando. –É um dos melhores restaurantes do Rio impossível alguém não gostar de estar aqui. –Comento e vejo sua expressão preocupada se amenizar.

Observo a entrada do Ritz e controlo a vontade de suspirar. Quanto mais tento correr de Layonel, mas o universo conspira contra mim me levando a pensar nele.

Sinceramente este restaurante é sofisticado demais para o tipo de conversa que teremos, mas pelo menos hoje minhas roupas estão dignas de colocar os pés dentro deste lugar.

Caminho ao lado de Juan que me oferece educadamente o braço e automaticamente deslizo minha mão por seu bíceps me surpreendendo com seus músculos definidos.

-O senhor tem reserva? –Uma das funcionárias uniformizada pergunta educadamente.

-Juan Figueiredo.

Ela confirma o nome na lista e com um sorriso simpático diz.

-Me acompanhe, por favor. -Nos leva até uma mesa reservado.

Juan educadamente puxa uma cadeira para que eu me sente. Aquele ato me pega desprevenida e tenho certeza que coro com o seu cavalheirismo.

-Esse é um restaurante muito sofisticado. –Falo evitando observar as pessoas a nossa volta para não me sentir um completo peixe fora d'agua.

-Lay... Drevitch pode se prejudicar de alguma maneira? –Pergunto preocupada.

-Seria impossível. –Ele acabando rindo.

-Que bom. –Sussurro.

-Drevitch tem vários advogados que destruiria as defesas do banco, sem contar que eles jamais abririam mão de uma conta tão gorda como a dele. Os juros que ganham em cima do dinheiro que ele coloca em sua conta são absurdos. Vagner, o gerente do banco, não admitiria perder a conta de Layonel por causa de sua dívida Hana. É claro que para você esse é um dinheiro absurdo e tenho que concordar, mas para pessoas como Drevitch e Vagner são apenas números baixos.

-Se isso não irá prejudica-lo, então fico aliviada. –Sorri, mas não consigo esconder meu sofrimento em falar de Layonel.

Sei que para eles minha dívida pode ser algo pequeno, mas para mim que não tenho todo esse poder e dinheiro para esbanjar ao mundo pode e vai facilmente destruir minha vida.

-Não se preocupe Hana, Drevitch com certeza dará um jeito nessa dívida. –Juan diz despreocupado.

-Não quero que isso aconteça. –Falo rapidamente e ele quase engasga com o vinho.

-Como? -Pergunta perplexo.

-Gostaria que você entrasse em contato com o banco e avisasse que estou colocando minha casa à venda para quitar minha dívida com eles.

Ele segura minhas mãos sobre a mesa a acariciando com o polegar.

-Minha querida não vai complicar a situação, deixe que seu chefe resolva essa briga ele com toda certeza vencerá. –Aperta os dedos em minhas mãos em suplica.

Não quero mais envolvimento de Layonel em minha vida. Não quero dever favores a ele.

Aquele perfume atinge meu olfato novamente de maneira insistente e mais intensa e custo a acreditar que ele não está aqui. É impossível.

Suspiro observando Juan sem saber o que dizer.

-Vou pensar melhor sobre o assunto. -Comento e ele sorri aliviado.

-Vamos fazer nosso pedido. O que acha? -Seus olhos se fixam nos meus e me sinto constrangida com aquele olhar direto.

-Claro. -Comento segurando o cardápio e ele faz o mesmo.

Um dos garçons se aproxima e enche nossas taças novamente. Me surpreendo ao ver um pequeno papel ao lado do meu prato e agradeço por Juan estar concentrado em seu pedido.

Seguro o papel entre os dedos disfarçadamente e me surpreendo com a letra arrastada, mal feita e quase ilegível que faz meu coração palpitar e minhas mãos suarem.

Juan Figueiredo? Sério?

Histórico de leitura

No history.

Comentários

Os comentários dos leitores sobre o romance: As duas faces do meu chefe