Um forte calafrio passa pelo meu corpo quando procuro Layonel pelo salão e meus olhos se prendem em duas esmeraldas vorazes em um canto mais afastado do salão. Ele mantém a postura relaxada na ponta da mesa onde contém vários homens conversando alvoroçados, mas sua atenção e seus olhos estão visivelmente decepcionados.
Meu coração dispara, minha pulsação acelera e me remexo incomodada na cadeira. Ele não deveria estar aqui, muito menos me acusar por estar com Juan. Me sinto frustrada e magoada, sabia que esse restaurante era uma péssima escolha assim que coloquei meus olhos no luminoso do lado de fora.
Apesar de Layonel manter uma postura relaxada é visível em sua face o cansaço. Ele está desgastado, mas a raiva estampada em seu olhar é nítida para qualquer um.
Se não bastasse o ódio explicito em seu olhar ele mexe na gravata com irritação, provando ainda mais seu estado crítico de paciência. Ao mover a gravata de um lado para o outro o ar-condicionado joga o cheiro de seu perfume em nossa direção.
É um perfume forte e marcante.
Sinto uma forte náusea e um aperto no peito que não deveria sentir. Não temos nada, nem nunca teremos não sei porque estou me culpando.
-Com licença vou ao toilette. –Sorrio com educação.
-Claro. -Juan sorri de volta. -Estarei te esperando para fazer o pedido. -Diz com educação e aquilo só torna as coisas piores.
-Obrigada! -Sussurro pigarreando.
Sem olhar para trás ou para os lados sigo por entre as mesas até o corredor que leva ao banheiro feminino.
Entro com certa pressa naquele espaço querendo tirar aquela sensação de culpa que crescia em meu peito, mas quando vou fechar a porta mãos pesadas me impedem de continuar. Tento com todas as forças impedir Layonel, mas não consigo evitar sua entrada.
Dou alguns passos para trás devido a sua invasão e ele aproveita minha distração para trancar a porta. Minhas pernas estão tremulas, pois não esperava aquela atitude vinda dele.
-Layonel o que pensa que está fazendo? Estamos em um restaurante. –Tento me manter firme expressando minha indignação, mas aquele olhar feroz me tira a concentração.
Ele dá alguns passos em minha direção e caminho para trás na tentativa de não toca-lo. Por sorte o banheiro era grande, mas conforme ele caminha acabo encurralada contra a parede.
-Layonel. –Falo em um tom firme. - Não. -Apoio minha mão em seu peito tentando pará-lo.
-Estou decepcionado e muito irritado. -Afirma.
-Não tem motivos para estar assim. –Mantenho-me firme.
-Não? Você não me deu a oportunidade de explicar e nem mesmo me atendeu, me impediu de ver Daisy por dias e isso está acabando comigo. -Rosna irritado.
-A culpa é sua. -Me defendo. -As coisas não são como você quer. -Sinto meus olhos marejados. -Você não confia em mim e quer exigir algo que nem mesmo existe entre nó....
Layonel segura minha mão que o impede de se aproximar e envolve seus dedos em minha nunca me calando com um beijo urgente.
-Lay...onel... -O repreendo tentando me afastar, mas isso só lhe dá a liberdade de envolver sua língua na minha em um beijo quente. -Lay... –Tento protestar, mas o gosto doce dos seus lábios misturado com o vinho do meu faz meu corpo estremecer, acabo por apertar seus braços subindo minhas mãos para os cabelos macios retribuindo o beijo sem questionamentos.
Ele desce suas mãos até meu quadril e com um movimento rápido segurando meu corpo. Envolvo minhas pernas em sua cintura e seus lábios brincam na extensão do meu pescoço. Sei que não deveria mais me entrego sem protestos, afinal eu queria estar em seus braços, queria sentir seus beijos e suas mãos sobre meu corpo.
Seu membro rijo se esfrega em minha coxa e suas mãos fortes apertam minha bunda sem o menor pudor, não contenho o gemido de satisfação que escapa por meus lábios ao sentir o prazer e a excitação percorrer meu corpo.
O seu perfume inebriante se fixa em minha pele e aquela sensação torturante em meu ventre se espalha por meu corpo aquecendo meu sistema. Não consigo conter um gemido alto ao sentir a fricção de seus dedos junto ao pano da calcinha em meu clitóris sensível.
Estou molhada, quente e sedenta, mas ele apenas provoca pontos sensíveis do meu corpo me causando tremores e longos gemidos que são abafados por seus beijos sedentos.
-Como se sente minha bela donzela? –Ele sussurra em meu ouvido.
Não tenho tempo de responder, pois seus dedos hábeis puxam o fino tecido da minha meia calça a rasgando. Sem demora ele adentra minha calcinha tendo total e livre acesso ao meu clitóris sensível e inchado que pulsa em contato com seu polegar.
Layonel pressiona aquele ponto cheio de ramificações nervosas com intensidade enquanto dois de seus dedos deslizam para meu interior.
Pressiono minha cabeça contra o seu ombro, cravando minhas unhas no tecido grosso de seu terno na tentativa de conter o gemido alto que quer escapar por meus lábios.
-Layonel... –Gemo seu nome querendo mais dos seus toques em meu corpo.
-Vamos para minha casa Hana? -Sussurra em meu ouvido.
Ele está jogando sujo, está usando o sexo para me convencer e confesso que está dando muito certo. Seus dedos se movem em meu interior com intensidade pressionando um pequeno ponto que me faz tremer em expectativa.
Resmungo e choramingo querendo mais.
-Por favor... –Suplico apertando minhas mãos em seus cabelos puxando seus fios macios sem piedade.
Todo meu corpo estremece e posso sentir minhas pernas fraquejarem diante da sensação que se forma em meu interior. Layonel sabe os pontos sensíveis do meu corpo e os utiliza sem piedade me levando a loucura.
-Vamos lá querida me dê o que eu quero. –Seus lábios brincam em meu pescoço.
Calo Layonel com um beijo e ele entende o recado me proporcionando o que eu queria. Seus dedos pressionam um ponto que me faz tremer e seus lábios abafa o meu gemido ao sentir o orgasmo dominar cada parte do meu corpo.
Layonel segura meu corpo junto ao seu apoiando sua testa na minha esperando minha respiração se normalizar. Apoio minhas mãos em seu peito encostando meu rosto na curva do seu pescoço. Com calma ele deixa que eu apoie minhas pernas bambas no chão e suas mãos pousam em minha cintura, seus dedos se apertam ali enquanto ele diz.
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