Resumo do capítulo Capítulo 23.1 do livro As duas faces do meu chefe de Mainy Cesar
Descubra os acontecimentos mais importantes de Capítulo 23.1, um capítulo repleto de surpresas no consagrado romance As duas faces do meu chefe. Com a escrita envolvente de Mainy Cesar, esta obra-prima do gênero Romance continua a emocionar e surpreender a cada página.
-Porque tanta escuridão dentro desse coração? -Sua voz baixa faz com que eu feche os olhos por um momento.
-Certos corações se adaptam melhor a escuridão. –Sorrio e volto meu olhar para a janela a minha frente novamente.
-Todos merecem conhecer a luz. –Ela aperta ainda mais os braços envolta do meu corpo.
Fecho os olhos soltando um pesado suspiro. Jogo minha cabeça para trás encostando na dela que ainda se apoia em minhas costas. Acabo sorrindo com suas palavras.
-Você é pura demais. –Sussurro.
-Isso bom, certo? –Pergunta receosa.
-Demais. –Aperto suas mãos entre meus dedos.
-Me fale sobre você Layonel. –Pede gentilmente e automaticamente meu corpo fica tenso e rígido.
Ela se afasta para me observar e eu aproveito esse momento para me virar de frente para ela.
-Você disse sem beijos e sem abraços. –Ergo uma sobrancelha a encarando.
-Tem certos momentos que merecem regalias. –Pisca para mim.
-Gostei disso. –Acabo rindo.
Ela fica em silêncio por um momento apenas me analisando e logo em seguida pede mais uma vez com calma e suavidade.
-Me fale sobre você, por favor. –Ela insiste.
-Porque foi jantar com Juan e não aceitou meu convite? –Tento mudar de assunto.
-Você está descaradamente mudando de assunto.
-Vamos começar com você primeiro depois falamos sobre mim. –Cruzo os braços a observando.
-Você está com aquele olhar irritado novamente e eu claramente não gosto disso. –Suspira se afastando.
-A culpa é sua por ter saído com Juan. –Falo irritado tentando me controlar.
É inevitável não consigo controlar meu humor quando se trata desse homem com Hana.
-Nós não temos um relacionamento para você cobrar tanto de mim. –Ela olha para baixo chateada.
Abro a boca para questionar e sou obrigado a engolir minhas palavras, pois ela tinha total e completa razão.
-Você não permite que eu me aproxime não percebe? Eu me abri e confiei em você Layonel, mas você não faz o mesmo e a culpa não é minha. Eu tenho uma filha para criar, não posso ficar nessa vida de incertezas, você é um homem maravilhoso e eu me apaixonei por você, mas... –A impeço de continuar erguendo a mão.
-Seja minha?! Namore comigo?! Fique comigo?! More nessa casa Hana. –Faço um movimento com a mão indicando a casa.
Ela fica estática e paralisada seus olhos brilham e um pequeno sorriso surge em sua face, mas logo a expressão de incredulidade domina seu semblante.
-Você só pode estar brincado Layonel está escutando o que estou falando? –Ela se altera.
-Eu sou um verdadeiro filho da puta quebrado Hana, não merecia ter te conhecido, não merecia ter conhecido Daisy. Caramba Daisy é minha princesa, eu amo aquela garota mais do que você pode imaginar, mas eu também amo você. Te quero por perto todos os instantes, estar com você é diferente e eu gosto disso. Todos esses sentimentos inexplicáveis em meu peito só pode ser amor, certo? Esse ciúme a cada dia cresce mais por saber que você pode estar com outra pessoa além de mim, mas eu tenho pecados e alguns são imperdoáveis, para mim são imperdoáveis e eu me culpo diariamente por eles. –Suspiro sendo sincero.
-É maravilhoso saber que me ama e igualmente ama minha filha, mas isso não basta Layonel. Você precisa me deixar entrar aqui. –Ela toca meu peito indicando meu coração.
-Você já tem meu coração Hana. –Seguro sua mão a levado nos lábios.
-Mais eu quero te conhecer por completo mesmo você sendo um filho da puta quebrado. –Ela sorri com compreensão. –Ninguém é perfeito e eu entendo que até mesmo você tem seus defeitos. Nós somos humanos Layonel, nós erramos e isso é normal eu não vou lhe julgar.
-Eu odeio ternos, gravatas, abotoaduras e a administração Hana. –Falo pôr fim.
Ela arregala os olhos surpresa e de certa forma inconformada.
-Os ternos e gravatas é visível, mas a administração eu nunca imaginei.
-Foi bom ser um homem livre? –Pergunta me observando.
-Sim e não. –Acabo rindo com sua pergunta.
-Porque?
-Eu pude conhecer coisas que jamais imaginei e aprendi com essas coisas, vivi em um mundo completamente diferente do meu. Eu podia ouvir rock pesado sem problemas, podia tatuar meu corpo, gritar, xingar, chegar tarde em casa ou simplesmente não voltar para casa. Podia participar de corridas de motos sem meus pais pegarem no meu pé e não tinha diretamente o peso do meu nome em minhas costas, não devia satisfação a ninguém, pois meus pais simplesmente fingiam que eu não existia para manter o nome das industrias intacto. E eu não precisava dar entrevistas e você sabe que odeio essas entrevistas chatas e demoradas onde eles querem saber tudo sobre minha vida, as vezes eles querem saber coisas que nem mesmo eu sei. –Intrigado passo as mãos nos cabelos. –Eu não tinha dinheiro e precisava trabalhar, mas era feliz do meu jeito e sem ordens. Você entende? –Pergunto preocupado.
-Entendo Layonel, mas não achei o ponto que te torna tão sombrio. –Cruza os braços me observando e analisando minuciosamente.
Como sempre Hana é uma pessoa analítica e perspicaz, ela consegue analisar cada detalhe do que eu faço ou falo e isso me deixa receoso. Abaixo o olhar observando o chão, respiro profundamente sem saber o que falar ou muito menos o que fazer, esse é o ponto que me causa medo, angustia e preocupação.
-Eu só contei isso a uma pessoa e essa pessoa me julgou de todas as formas possíveis, mas ficou do meu lado no final, pois era o meu pai. –Inconsciente mexo na gravata me sentindo sufocado.
Todo aquele desgaste emocional pesa em minha aparência, ultimamente tenho me sentido mais desgastado do que o normal, mas eu sei exatamente o porquê. Está próximo daquela data e isso acaba comigo.
-Isso te machuca tanto Layonel. –Ela se aproxima apoiando a mão em meu peito. –É visível em seus olhos. –Acaricia meu rosto com delicadeza.
-Eu não mereço os seus carinhos Hana. –Fecho os olhos.
-Todos nós temos erros dos quais nos arrependemos, mas precisamos seguir em frente. –Sua voz suave me atinge como um raio.
Aquele olhar compreensivo e cheio de amor, um olhar puro que em nenhum momento me julgou ou me apontou. Eu realmente não mereço todo esse amor.
Retiro minha gravata e abro os dois botões do colete deixando que ele deslize por meus braços até cair ao chão. Hana franze as sobrancelhas, mas antes que eu possa terminar de retirar as roupas para mostra minhas tatuagens a ela Hana segura minhas mãos me impedindo.
Não profere uma única palavra, mas seus olhos já dizem tudo. Ela queria pessoalmente fazer aquilo. Algumas tatuagens levam pesadas histórias, mas outras fiz apenas por diversão.
Apenas retiro minhas mãos deixando que ela continue, seus dedos finos e delicados abrem os botões da minha camisa com cuidado revelando todas as minhas tatuagens.
Suas mãos delicadas passeiam pelo meu peito acariciando minha pele com suavidade, seus olhos fixam em meu corpo com curiosidade enquanto suas mãos passeiam por meus braços até deixar minha camisa cair no chão.
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