As duas faces do meu chefe romance Capítulo 43

-Hana. –A chamo passando as mãos no cabelo, mas ela apenas bate à porta de sua sala com força.

Com um longo suspiro observo com meu pai com raiva.

-Feliz agora? Você sempre consegue destruir meus relacionamentos de alguma forma, mas dessa vez tem uma diferença. Eu realmente amo Hana e Daisy, então não ache que seguirei calado as porcarias de suas ordens. –Altero meu tom pronto para seguir Hana, mas sua voz me impede.

-Nem você e nem essa garota tem o direito de falar assim comigo. –Vejo o orgulho dominar o semblante do meu pai, mas sei que as palavras de Hana o atingiram diretamente.

-Ela é minha noiva e o mínimo que exijo é o seu respeito, quanto a sua aprovação pouco me importa. –O observo.

-Você deveria me respeitar mais Lincoln. –Diz em um suspiro.

-Lhe respeito, porém exijo o mesmo respeito do senhor. Eu sei dos meus erros no passado mais do que ninguém e você foi o único apto a me ajudar, mas observe bem pai. Nunca me aproximei por medo e culpa, mas Daisy e Hana são diferentes. Elas trazem paz a um coração completamente quebrado e despedaçado. –Tento faze-lo enxergar.

Com um suspiro cansado ele me observa incerto e duvidoso. Eu sei que ele está irritado com o que a revista publicou, mas ele não tem direito de nos tratar assim.

-Eu gostaria de ter descoberto por você. –Ajeita seu terno perfeitamente alinhado sobre o corpo. –É o mínimo que um pai espera de seu filho. –Vejo a magoa em seu semblante cansado.

-E quando isso é possível com as diversas revistas inventando coisas sobre nossas vidas? –Pergunto sabendo que ele entenderia, pois já havia sido alvo de várias mentiras inventadas pelas revistas de fofocas.

Com suspiro ele fecha os olhos e volta a olhar para mim.

-Arrume toda essa porcaria. –Passo por mim apoiando a mão em meu ombro. –Eu ainda não concordo com esse relacionamento, então me prove o contrário.

Com essas palavras ele caminha em direção ao elevador me deixando ali. Acabo sorrindo vendo que por uma única vez ele estava cedendo e me deixando fazer minhas próprias escolhas.

Observo a porta da sala de Hana fechada e passo as mãos nos cabelos vendo que seria difícil tirar todas as baboseiras que meu pai disse de sua cabeça.

Frustado caminho até sua sala batendo na porta a espera de sua resposta. Como não recebo nenhuma, apenas entro e a encontro debruçada sobre a mesa com as mãos na cabeça.

Ela está quebrada, machucada e completamente magoada.

-Hana minha querida. –A chamo com calma.

-Eu quero ficar sozinha. –Ela levanta seu olhar triste para mim fazendo com que eu me sinta culpado.

-Não quero te deixar sozinha. -Caminho em sua direção me apoiando na mesa.

Ela mantém o silêncio e opto por não dizer nada, apenas observar a parede a minha frente enquanto bato os dedos contra a madeira, pois sabia que uma ou outra ela começaria a falar.

-Disse que não seria uma boa ideia, as revistas são maldosas, elas dizem o que querem e agora somos o centro das atenções e seu pai me odeia. –Me observa preocupada enquanto as lágrimas escorrem de seu rosto.

-Achei que estivesse magoada com o que meu pai disse. –Acaricio seu rosto enxugando suas lágrimas.

-Estou, mas eu já esperava algo assim. Me preocupo mais com sua imagem e com Daisy. –Ela suspira.

-Não deviria. –A repreendo.

-Layonel eles vão descobrir sobre Ivan e vão inventar muitas coisas a nosso respeito você não precisa disso. –Seu tom se eleva.

-Eu preciso de você. –Me abaixo deixando um beijo em seus lábios.

Um pequeno sorriso surge em seus lábios enquanto ela suspira.

-Vamos passar tudo isso juntos, certo? –Pergunto com um meio sorriso no rosto.

-Certo. -Ela torce o nariz, mas se levanta para me abraçar e apoiar a cabeça em meu peito.

-Eu amo você.

-Eu amo quando você diz isso, repete. –Peço com gentileza.

-Não, nós temos muito trabalho a fazer chefe. –Ela deixa um beijo rápido em meus lábios.

-Tem certeza? –Faço uma careta envolvendo os fios longos de seus cabelos presos em um rabo de cavalo em meus dedos com cuidado.

-Absoluta. –Diz com convicção.

-Mais que droga, estou devendo uma fantasia de Elsa para Daisy e pensei em compra-la hoje. –Suspiro evitando olhar seus olhos que provavelmente me reprovarão.

-Layonel pare de mimar Daisy. Ela precisa aprender o significado da palavra não. –Diz brava.

-Ela tem apenas seis anos deixe a menina ser feliz. –Observo seus olhos bravo.

-Ela precisa aprender que nem sempre temos dinheiro para comprar. –Caminha sobre a sala brava.

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