Resumo de Capítulo 29 – As duas faces do meu chefe por Mainy Cesar
Em Capítulo 29, um capítulo marcante do aclamado romance de Romance As duas faces do meu chefe, escrito por Mainy Cesar, os leitores são levados mais fundo em uma trama repleta de emoção, conflito e transformação. Este capítulo apresenta desenvolvimentos essenciais e reviravoltas que o tornam leitura obrigatória. Seja você um novo leitor ou um fã fiel, esta parte oferece momentos inesquecíveis que definem a essência de As duas faces do meu chefe.
Hana
Hoje é a apresentação do dia dos pais na escola de Daisy, Layonel queria a todo custo transferir minha pequena menina para outra escola depois do que aconteceu, mas eu gosto dessa escola e acho que ela oferece uma boa educação sem ser extremamente rígida.
Apesar do último acontecimento, Layonel fez questão de voltar pessoalmente na escola para ter uma séria conversa com Lúcia. O que ele disse a ela eu não sei, mas ela me ligou pedindo um milhão de desculpas e está tratando Daisy como uma verdadeira princesa.
Mordisco os lábios enquanto vejo Daisy correr de um lado para o outro ansiosa com a chegada do seu papai leão. Infelizmente ele se atrasará um pouco devido a empresa, mas com toda certeza participará.
-Mamãe cadê o papai leão? –Seus olhos esperançosos e brilhantes me observam ansiosos.
-Ele vai se atrasar um pouquinho princesa. –Falo com calma acariciando os seus cabelos.
-Ele vem mesmo? –Pergunta mais uma vez preocupada.
-É claro que sim. –Digo sorrindo.
-Mas o papai nunca vem. –Seus olhos tristes partem meu coração.
-O papai leão virá porque ele te ama e quer ver você dançar. –Acaricio sua bochecha.
-Eu vou dançar igual uma princesa. –Ela pula animada e acabo soltando um suspiro involuntário.
-Isso mesmo minha menina. –Me abaixo para beijar sua testa.
-Daisy querida você precisa se trocar. –Leticia, sua professora vem ao nosso encontro.
-Mais eu estou esperando o papai. –Ela observa a professora duvidosa.
-Minha princesa o papai vai chegar daqui a pouquinho. –Olho o relógio e vejo que Layonel está vinte minutos atrasado.
Considerando a reunião que teria com García, vinte minutos certamente não é nada. Esse pensamento me deixa preocupada, mas não o culpo não havia como desmarcar.
-Se você não se trocar a hora que o papai chegar você não vai poder dançar, então vamos lá com as suas coleguinhas. –Letícia estende a mão em sua direção.
-Não o papai prometeu que estaria aqui. –Seus olhos se enchem de lágrimas.
-Ei minha princesa eu estou. –Me surpreendo ao ver Layonel respirar ofegante com um grande sorriso no rosto.
Seus cabelos estão bagunçados e ele segura o terno escuro e a gravata envolta do braço esquerdo. O primeiro botão de sua camisa está aberto dando a possibilidade de ver alguns riscos de tinta em sua pele clara. Seus óculos o deixam ainda mais charmoso marcando sua barba grande por fazer enquanto ele faz uma leve careta por provavelmente ter corrido.
-Preciso me exercitar mais. -Ofega tentando controlar a respiração.
Daisy solta um gritinho abraçando as pernas de Layonel mais do que animada.
-Papai.
Layonel se abaixa enchendo o rosto de Daisy de beijos que começa a rir alto chamando a atenção das mães que estavam ao meu lado nos fundos do palco.
-Vocês dois querem ser menos escanda-los. –Os reprendo, mas Layonel nem mesmo me ouve.
-Vamos Daisy a próxima turma a se apresentar será a sua. –Letícia insiste mais uma vez.
-Vai lá minha pequena. –Ele deixa um beijo na testa de Daisy que sorri empolgada.
Assim que ele a coloca no chão ela segue saltitante para uma das salas de aula que ficava ao lado do palco.
Como é uma apresentação surpresa para o dia dos pais a diretoria decidiu que as crianças não levariam as fantasias para casa e os professores arrumariam eles antes da apresentação para que fosse uma completa surpresa.
-Oi. -Layonel se ergue deixando um beijo leve em minha cabeça.
–Daisy estava ansiosa a sua espera. –Apoio minha mão em seu peito sorrindo.
-Procurei ser o mais breve possível na reunião, mas García sempre consegue atrasar as coisas. –Ele suspira passando as mãos no cabelo.
-Você está bem? -O observo preocupada.
-Aquela pequena ainda me enfartará, precisei correr uma maratona para chegar até aqui. Giovani está preso no engarrafamento lá atrás. Sou um homem sedentário e velho. –Diz dramaticamente fazendo com que eu revire os olhos.
-Homem sedentário e velho acho melhor sentarmos antes que tenha um colapso. –Rio arrumando a gola de sua camisa que estava desdobrada.
Seguimos para onde as cadeiras estavam montadas e o lugar já estava praticamente cheio. Com muita sorte e muito custo conseguimos dois lugares na fileira do meio e confesso que me sinto incomoda com os olhares acusatórios lançados sobre mim, sem contar as várias pessoas que fofocam e cochicham entre si olhando para nós dois.
Infelizmente as revistas estão exagerando nos comentários a nosso respeito e se não bastasse Layonel ama dar motivos para eles nos fotografem juntos e em momentos particulares, mas procuro com todas as minhas forças ignorar esse sentimento estranho que crescem em meu peito.
Mesmo não estando muito próximo do palco ainda é um ótimo lugar para ver a apresentação e sendo sincera estou ansiosa para ver a fantasia que Daisy escolheu.
Se a conheço bem ela será uma das princesas da Disney, melhor dizendo, ela será Elsa.
Mordo os lábios contendo o sorriso ao ver que para Layonel aquelas cadeiras de ferro eram pequenas demais para todo o seu tamanho, querendo ou não ele se destaca entre as pessoas a sua volta e nem mesmo posso culpa-lo por isso.
-O que foi? –Ele semicerra os olhos me observando.
-Nada. –Desvio o olhar tentando prestar a atenção no discurso de Lúcia que parecia muito bonito.
-Você mente muito mal. –Estende o terno sobre a perna me olhando desconfiado.
-Você está charmoso. –Sorrio e vejo ele franzir as sobrancelhas contrariado.
-Eu não estava esperando esse elogio repentino. –Coça a cabeça envergonhado me fazendo rir.
-Estou apenas sendo sincera. –Encolho os ombros fazendo uma careta.
Pensativo ele me observa por longos segundos e passa a mão pela barba indeciso.
-Quando vai parar de enrolar e vir morar comigo? –Ele me observa com cautela.
-Layonel nós já conversamos sobre isso. –Sussurro olhando as pessoas em nossa volta. –É muito cedo.
-Não é cedo Hana, você se preocupa demais com o que vão achar e com o que as revistas vão escrever sobre nós, sobre mim e a empresa. Eu não me importo com revistas ou fofocas e muito menos com olhares estranhos. –Seu tom é baixo mais o timbre de sua voz me deixa magoada.
-Mas eu não estou acostumada e seu pai nem mesmo gosta de mim. Eu não quero te causar problemas. –Sussurro desviando meu olhar para o palco.
Ele solta um longo e pesado suspiro ficando em silêncio e depois de alguns segundos segura minha mão com calma levando-a em seus lábios depositando um suave e demorado beijo.
-Me desculpa. -Ameniza o tom. -Eu só quero acordar todos os dias ao seu lado e ter aquela pequena grudada em mim vinte e quatro horas por dia. Me privei demais desses sentimentos e as vezes a ansiedade de tê-las ao meu lado e o medo de perde-las me consome. –Sussurra ainda segurando minha mão próximo a sua boca.
Sinto meu coração se apertar e aquele medo de tudo se complicar é substituído por uma avalanche de sentimentos reprimidos.
Ele se privou no passado e hoje quem se priva sou eu por medos bobos. Eu amo esse homem mais do que deveria e agora me encontro completamente perdida e presa em seu mundo.
-Você sempre consegue me convencer. –Semicerro os olhos o encarando.
Seus olhos verdes como esmeralda se arregalam e um grande sorriso surge em seus lábios.
-Eu amo você. –Ele se estica para deixar um beijo em meus lábios, mas antes de chegar ao seu destino bate o joelho na cadeira da frente sendo impedido de continuar, além de receber um olhar torto da pessoa da frente.
-Droga odeio lugares apertados. –Se remexe na cadeira incomodado.
Acabo rindo da situação, pois suas pernas realmente estavam apertadas por aquelas cadeiras próximas e muito juntas. Apesar da escola ser grande foi adaptada alguns lugares improvisados na quadra, mas são muitas pessoas para pouco espaço.
Ela assente apertando o rosto contra o meu peito e as mãos em minha perna.
-Jamais. –Torno a repetir. -Até porque se eu fosse vocês iriam comigo.
Seus lindos olhos cor de mel se voltam para mim com um brilho cheio de esperança e felicidade.
-Eu te amo Layonel. -Sussurra apoiando novamente a cabeça em ombro.
-Eu também amo você. -Beijo o topo de sua cabeça e vejo as crianças saindo do palco. –Vamos precisamos pegar nossa pequena leoa. –Acaricio os seus longos cabelos sorrindo.
Ela assente sorrindo e limpando algumas lágrimas que insistiam em cair enquanto eu me seguro para não me desfazer na frente de todos. Porque é isso que Daisy causa em mim uma avalanche de sentimentos incontroláveis.
Me levanto e seguro sua mão a mantendo ao meu lado focando minha atenção na minha pequena menina que corre em nossa direção ainda vestida de leoa.
Preparado para o seu pulo me abaixo pronto para pega-la no ar e como imaginei ela se joga em meus braços gargalhando. A abraço e esfrego minha barba em seu rosto a fazendo rir e me empurrar.
-Eu dancei bem? –Pergunta anima.
-Muito bem minha pequena leoa. –Sorrio a segurando em meu colo.
-Você gostou mamãe? –Daisy se volta para Hana animada.
-Eu amei minha princesa você estava linda. –Hana arruma alguns fios dos cabelos de Daisy que escapavam da fantasia.
-Eu quero sorvete.
-Antes de irmos tomar sorvete você precisa se trocar. –Caminho com ela para os fundos do palco.
-A não... –Reclama.
-Daisy você não pode ficar com a fantasia. –Hana explica. -É da tia Letícia precisamos devolver.
-Mais eu gostei dela mãe. –Daisy faz bico triste e contenho uma risada.
Antes que Hana fique brava resolvo intervir.
-Se você não tirar essa fantasia como vai colocar a da princesa Elsa que eu comprei para você? –Sussurro em seu ouvido.
-Da Elsa? –Pergunta animada.
-Ela está em casa te esperando vamos tomar sorvete e você pode ser a Elsa. –Sorrio vendo sua empolgação.
Ela se estica em meus braços querendo descer e acabo rindo da sua ansiedade e empolgação. Hana me observa de olhos serrados enquanto cruza os braços batendo o pé no chão.
Desvio o olhar do dela evitando uma possível briga.
-Você não pode fazer tudo o que ela quer Layonel. Eu achei que você não iria comprar a fantasia. –Ela suspira.
-Já conversamos sobre isso. –Me limito em dizer.
-Vocês dois me enlouquece. –Balança a cabeça em negativo.
-Hum querida eu sei que você gosta. –Pisco a provocando.
Hana me lança um olhar irritado, mas o pequeno esboço de sorriso em seu rosto me faz rir. Uma pequena cabeleira castanho tira minha atenção da linda mulher ao meu lado e vejo Daisy voltar saltitante e animada para ganhar sua fantasia e sorvete.
Segurando sua pequena mão caminho com Hana para saída enviando uma mensagem para meu motorista nos esperar em frente à escola ou no lugar mais próximo que ele conseguisse estacionar, pois aquele lugar estava um caos de carros.
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