Resumo de Capítulo 31 – As duas faces do meu chefe por Mainy Cesar
Em Capítulo 31, um capítulo marcante do aclamado romance de Romance As duas faces do meu chefe, escrito por Mainy Cesar, os leitores são levados mais fundo em uma trama repleta de emoção, conflito e transformação. Este capítulo apresenta desenvolvimentos essenciais e reviravoltas que o tornam leitura obrigatória. Seja você um novo leitor ou um fã fiel, esta parte oferece momentos inesquecíveis que definem a essência de As duas faces do meu chefe.
Hana
Termino de prender meu cabelo em um rabo de cavalo alto e arrumo os pequenos fios soltos com o pente, passo um batom suave e vejo Daisy desmaiada sobre a cama de casal.
Foi um dia alegre e cheio de novidades e passar esse momento com Layonel foi maravilhoso para mim, pois a muito tempo não tinha um momento tão família e tão único.
Aproximo-me da minha pequena e lhe dou um beijo na testa. Ela está em um sono tão profundo e pesado que nem mesmo se mexe ou resmunga.
Uma suave batida na porta me indica que Layonel já estava pronto e me olhando no espelho fico preocupada em ter escolhido roupas erradas ou simples demais.
Uma regata de seda fina branca e uma saia godê marrom que ia até a altura dos meus joelhos. Apesar de gostar de sapatos baixos, optei por colocar um saltinho apenas para deixar o look mais sofisticado.
Outra batida na porta indica que homem atrás dela já estava impaciente com a minha demora e trato de abrir longo antes que ele acorde Daisy que dormia serenamente.
Surpresa com seu look informal dou um passo para trás apenas para observa-lo melhor.
-Atrasada. - Ele observa o relógio de pulso impaciente.
-Informal. -O analiso por completo. -E sensual. -Murmuro com um sorriso no rosto.
-Está perdoada pelo atraso. -Ele coça a barba envergonhado o que me faz rir.
Layonel estava lindo com uma calça jeans escura rasgada nos joelhos e uma camiseta azul marinho que marcava seus músculos definidos deixando expostas suas tatuagens.
-Daisy não vai jantar? -Pergunta preocupado.
-Ela dormiu. -Aponto para dentro do quarto. -Na verdade capotou. -Acabo rindo.
- Acho que cansamos ela demais. - Ele ri. -Vamos? -Estende sua mão para mim e gentilmente a seguro um pouco receosa e assustada com o que nos aguardava lá embaixo.
Caminhamos em silêncio até a sala e antes de chegar à sala de jantar Layonel para em minha frente.
- Eu não sei o que esperar deles, mas por favor não desista de nós. -Seus dedos se apoiam em meu rosto.
- Eu não vou desistir de nós. -Afirmo apoiando a mão sobre a sua deixando um suave beijo em seus lábios.
Ele retribui o beijo um pouco mais relaxado e confiante. Eu sei que para mim é difícil todo esse julgamento, mas compreendo perfeitamente que para ele depois de tudo o que passou está sendo um grande desafio.
Assim que passo pelas portas me surpreendo ao ver uma senhora de cabelos ruivos acastanhados, corpo esbelto e bem cuidado sentada ao lado de Zoy Drevitch.
Ao nos ver chegar um sorriso surge em seus lábios, mas morre ao observar os braços tatuados de Layonel. Seus olhos brilhantes se apagam e ela observa o filho com um olhar pesado que logo se volta para mim na mesma irritação e raiva.
Um gelo percorre todo o meu abdômen e um nó se instala em minha garganta. A vontade de sair correndo domina cada parte do meu corpo, mas obrigo o meu cérebro a mandar comando de calma para todo o meu sistema.
-Mãe e Pai, está é Hana Ravallo minha noiva. - Ele me apresenta e apesar dos sorrisos forçados dominarem o rosto dos dois senhores a minha frente à expressão de decepção é visível, principalmente no semblante da mãe de Layonel.
-Hana, está é minha mãe Ângela Camargo Drevitch e o meu pai que você já conheceu Zoy Drevitch.
Apreço-me em cumprimenta-los com beijo no rosto e todas as formalidades exigidas naquele momento, sento ao lado de Layonel logo em seguida me sentindo uma intrusa.
Tudo aquilo era muito estranho principalmente o fato de me sentir completamente fora daquele círculo.
-É um imenso prazer conhecê-la querida. -Ângela se prontifica em dizer mesmo sendo visível que aquilo era uma grande mentira.
Ela estava ali a força e aquilo era óbvio, mas dava para ver o carinho em seu olhar ao observar o filho. Talvez para as coisas voltarem a funcionar nessa família eles precisem de um empurrãozinho e um pouco de conversa.
-Obrigada estou muito feliz em poder conhecê-los. -Digo com sinceridade, mas não consigo esconder minha feição de desgosto por estar ali.
Infelizmente essa era eu, podia disfarçar todos os meus sentimentos muito bem, mas quando se tratava de caras e bocas não sabia disfarçar meu desgostoso em certas ocasiões e essa era uma delas.
-Clarisse já vai servir o jantar. -Ângela diz com um sorriso forçado no rosto.
Zoy permanece em silêncio observando o filho e a mim. Hora ou outra beberica o vinho de sua taça, mas prefere se manter em silêncio. O clima naquela mesa não podia ser mais pesado e a tensão de Layonel ao meu lado só me deixa ainda mais nervosa.
-Então vamos direto ao assunto. -Layonel quebra o silêncio constrangedor. -O que você quer conosco pai?
Zoy permanece em silêncio por algum tempo e logo em seguida arruma sua postura sobre a cadeira de madeira.
-Meu filho o que você está fazendo? Não pode nos abandonar. Você é nosso único herdeiro e eu sinto tanto a sua falta. - Ela apoia as mãos nos braços do filho, mas Layonel se afasta com brutalidade.
-Sente minha falta? - Ele ri com sarcasmo. - Eu sempre estive na empresa ou em casa e você nem se quer teve o trabalho de ir me ver. De oferecer um abraço em meu sofrimento, você apenas virou as costas e me abandonou. Me deixou sozinho e o pior de tudo é saber que eu esperei por você todos esses anos, esperei pela aceitação, pelo carinho, por seu perdão. -A voz de Layonel sai embargada, mas ele engole aqueles sentimentos fracos erguendo a cabeça. –Eu acreditei que como mãe você viria atrás de mim e entendesse que eu nunca quis causa aquela tragédia.
- Não fale assim com sua mãe. -Zoy grita novamente enquanto Ângela apoia a mão no peito chorando copiosamente ao ouvir as palavras do filho e se não fosse pelo marido apoia-la e ampara-la ela com certeza teria fraquejado e caído.
-Vocês dois se merecem....
-Layonel já chega. -Levanto tentando acalmar os ânimos antes que a briga partisse para algo mais pesado.
Layonel me olha com frustração ao perceber que eu não estava do lado dele. Na verdade eu não estou de nenhum lado. Todos têm mágoas e ressentimentos e obviamente Layonel é um dos que mais sofreu em toda essa história, mas como mãe eu compreendo os pais dele. As vezes como pais, erramos e falhos, mas nosso único objetivo é proteger com todas as nossas forças a quem tanto amamos.
-Chega. -Apoio a mão em seu peito que sobe e desse em uma respiração pesada. - Eu sei que você tem ressentimentos e que seu passado pesa seus ombros, mas eles são seus pais meu amor e apesar de parecer que estão te controlando e tomando sua vida de você essa é a maneira que eles encontraram de te proteger e não te ver sofrer mais. -Apoio a mão em seu rosto e seus olhos se enchem de lágrimas. -Você precisa se acalmar e conversar com eles com calma. As coisas não vão se resolver com vocês gritando e os acusando dessa maneira, mesmo sabendo que eles merecem.
Algumas lágrimas rolam de seus olhos e as gotículas se quebram em sua barba grande. Sua respiração sai em pesadas lufadas e com alguns suspiros ele tenta controlar seus ânimos e sentimentos. Com delicadeza sua mão segura a minha e ele deixa um suave beijo no dorso da minha mão saindo da sala logo em seguida.
Não tento impedi-lo apenas deixo que ele acalme seus sentimentos longe de tudo isso e ao me virar Zoy ainda tentava acalmar Ângela que soluçava sentada na cadeira.
- Meu único filho me odeia. - Ela sussurra chorando ainda mais.
-Se acalme querida você não pode se estressar, isso faz mal para o seu coração. -Zoy tenta acalma-la.
Eu não deveria me envolver nos assuntos pessoais dessa família porque eles me odeiam, mas eu já estou, porém mais envolvida do que isso impossível.
- Seu filho não te odeio. -Afirmo e a cópia dos olhos verde de Layonel me encaram sem esperança. -Layonel se sente incompreendido por vocês dois, ele quer apenas ser aceito como é, sem julgamentos e dedos apontados para ele. Ele quer aceito com suas tatuagens, com seu jeito ansioso e brincalhão. Ele quer apenas se sentir à vontade ao lado dos pais e vocês não permitem isso pelo passado que ele teve. Não é porque ele errou no passado que será igual agora. Ele pagou um preço muito alto pelos erros que cometeu antigamente e não cometeria os mesmos agora. Eu entendo que vocês querem apenas protege-lo, mas vocês estão sufocando ele de tal maneira que estão levando ele ao limite. Layonel tem medo de estar perto de vocês, tem medo de ser apedrejado e julgado e vocês fazem isso constantemente jogando na cara dele que ele sempre será um perdedor e isso não é verdade.
Ângela ouve tudo o que eu digo com atenção e se cala diante das minhas palavras, mas Zoy apesar de ouvir não deixa que minhas palavras abram seus olhos por puro orgulho.
-Você não sabe de nada garota. -Zoy diz com irritação.
-Realmente não sei de muitas coisas e até prefiro que seja assim, mas sei que essa família está destruída pelo orgulho e superego e se vocês não deixar o orgulho de lado afundaram com ele. -Não espero que digam algo apenas me viro e saio em busca de Layonel que neste momento precisava do meu apoio.
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