As duas faces do meu chefe romance Capítulo 52

Resumo de Capítulo 35: As duas faces do meu chefe

Resumo do capítulo Capítulo 35 do livro As duas faces do meu chefe de Mainy Cesar

Descubra os acontecimentos mais importantes de Capítulo 35, um capítulo repleto de surpresas no consagrado romance As duas faces do meu chefe. Com a escrita envolvente de Mainy Cesar, esta obra-prima do gênero Romance continua a emocionar e surpreender a cada página.

Hana

Concentrada em meus afazerem nem percebo meu celular vibrar sobre a mesa e depois de insistentes ligações de Juan acabo atendendo.

-Boa tarde Juan. -Cumprimento educadamente.

-Boa tarde Hana.

-Diga que tem boas notícias sobre a venda da casa. -Pergunto ansiosa.

-É exatamente sobre isso que eu quero falar. -Comenta deixando-me apreensiva.

-O que houve? -Pergunto preocupada.

-Sua casa finalmente foi vendida, mas quando liguei para Paulo para quitar a dívida ela havia sido quitada a poucas horas.

-Como? -Pergunto irritada. -Não me diga que foi Layonel. -Questiono mais do que irritada.

-Ao que tudo indica sim, mas ele não quis entrar em detalhes e ignorou todos os meus questionamentos. Como o caso havia sido encerrado não achei viável pressiona-lo a dar respostas.

-Eu não acredito. -Sinto meus olhos se encharcarem de lágrimas e com as mãos tremulas pressiono o celular contra o ouvido.

-Bom como a dívida já foi paga o dinheiro da casa será transferido para sua conta.

-Obrigada Juan. -Mal despeço e desligo o celular marchando para a sala de Layonel com irritação.

Ao chegar não o encontro e presumo que ele ainda esteja em reunião, então me apoio na mesa batendo o pé incansavelmente sobre o piso até vê-lo adentrar sua sala com algumas pastas na mão.

Estava tão irritada e cega de ódio que não me importo com a porta aberta apenas marcho em sua direção vendo seus olhos verdes me observarem surpresos e questionadores.

-Hana? -Ele questiona, mas acerto seu rosto com um tapa deixando minhas lágrimas escorrem.

-Mentiroso. -O acuso vendo ele recuar surpreso. -Você prometeu, prometeu que não se envolveria. -Grito sentindo os sentimentos de decepção dominarem cada um dos meus atos impulsivos.

-O que está acontecendo? -Ele questiona perdido e aquilo só me irrita ainda mais.

-Não seja sínico. -Grito lhe acertando tapas e ele solta as pastas segurando minhas mãos.

-Se acalme, você está me batendo e eu nem sei o que fiz. -Ele segura minhas mãos, mas continuo tentando acerta-lo.

-Você prometeu que não pagaria a dívida Layonel, conversamos sobre isso hoje. -Deixo as lágrimas escorrer por meu rosto.

-Hana se acalma. -Ele força suas mãos em meus pulsos mantendo-me parada sem me machucar. -Do que você está falando? -Seus olhos perdidos me analisam confusos e começo a perceber que ele também não sabia do que eu estava falando.

-Juan acabou de me ligar avisando que a dívida havia sido paga. -Explico. -Só você poderia quitar aquela dívida, por que fez isso quando lhe pedi tantas vezes para não fazer? –Solto minhas apoiando as mesmas no rosto para tentar conter as lágrimas. –Você havia prometido.

-Não fui eu. -Ele praticamente grita fazendo com que eu me encolha.

-Como não foi você? -Pergunto descrente. - Só pode ter sido você. -O aviso novamente.

-Mas não foi Hana. – Ele apoia as mãos em meus ombros e acaricia meu cabelo com suavidade. –Porra, dá para acreditar em mim? –Solta meus ombros passando as mãos no cabelo com nervosismo.

Enxugo as lágrimas com as costas das mãos enquanto o observo desconfiada.

-Como não foi você? –Pergunto confusa.

-Não foi. –Ele suspira fechando os olhos. -Você tem uma mão pesada pra porra. -Acaricia a face e eu faço uma careta sentindo-me culpada por acusa-lo e ainda lhe bater.

-Desculpe. -Acaricio seu rosto.

-Nunca mais quero ser o alvo do ódio. -Afirma preocupado.

-Desculpa, só que se não foi você quem poderia ser?

-Eu não sei. -Suspira. –Confesso que comprei sua casa, mas não paguei a dívida diretamente.

-Você o que? -Grito de novo sentindo minha cabeça doer.

-Não me bate Hana. - Ele logo trata de segurar minhas mãos. –Deixe-me explicar antes de me acertar novamente. -Pede com calma.

Semicerro os olhos e ele não solta minhas mãos devagar completamente na defensiva.

-É bom você ter uma ótima explicação Layonel.

-Você não queria que eu pagasse a dívida, então comprei sua casa. Foi uma troca justa, nem você e nem eu sairia perdendo. Sou proprietário da sua casa e você tem o dinheiro ponto final. -Ele encerra o assunto e eu suspiro sabendo que pelo menos foi uma troca justa.

-Queria saber quem pagou a dívida, só aceito esse dinheiro se for de Ivan, pois o culpado de tudo isso é ele.

-Tenho uma ideia de quem possa ter sido. - Diz pensativo.

O observo com os olhos cerrados e ele faz o mesmo para mim.

-Não... -Afirmo incrédula.

-Sim, só pode ter sido meu pai. -Diz chateado. -Ele não aprende a cuidar da própria vida.

-Eu não vou aceitar esse dinheiro. –Afirmo. -Assim que o valor cair na minha conta devolverei para ele e não quero reclamações ou protestos.

-Não precisa se preocupar quanto a isso. –Tenho um sobressalto e volto meus olhos para porta vendo Zoy Drevitch adentrar a sala do filho com as mãos dentro do bolso da calça.

Tento me afastar de Layonel, mas ele me impede apoiando as mãos em minha cintura para fitar o pai de frente.

-Foi apenas um pedido de desculpas pelas coisas ruins que lhe disse. Ângela amou passar a tarde com vocês na fazendo e repreendeu severamente minhas atitudes quando chegamos em casa. Demorou um pouco para que eu percebesse que estava exagerando em meus atos e você realmente faz bem ao meu filho. Ele jamais recuaria em uma discussão como fez na sala de jantar da fazenda e nunca vi meu filho defender alguém com tanto vigor como defendeu você. Sei que nada repara meus erros e muito menos minhas palavras de ódio, mas da mesma maneira que essa dívida não é de Layonel, como você mesma disse. Ela também não é sua e só aceitarei o dinheiro de quem realmente é o culpado, no caso seu ex-marido.

Tanto Layonel quanto eu o encaramos sem saber o que dizer. Na verdade, estou tão surpresa que meu cérebro demorar a processar todas aquelas informações.

- Eu vim esclarecer as coisas, pois não quero que Lincoln deixe a gerência das empresas e pelos papéis que me entregou no jantar percebi que você realmente estava disposto a fazer isso e também não quero inimizades com meu único filho e sua futura esposa. Eu errei, admito e sei reconhecer meus erros apesar do meu orgulho falar mais alto. Queria deixar claro que estou recuando como pediu filho e deixando que você assume o meu lugar sem minhas intervenções, você realmente cresceu e bom, como pai, eu simplesmente não queria admitir esse fato.

-Bom, isso é tão novo para mim que nem sei o que dizer. -Layonel diz tão surpreso quanto eu.

- Você é uma jovem interessante. -Zoy se volta para mim novamente. -A forma como protege sua filha é incrivelmente admirável, parabéns. -Elogia e eu permaneço calada, aturdida e mais do que surpresa. -Bom, só vim até aqui para isso mesmo até mais.

-Espere. - Falo mais rápido do que penso e sua atenção se volta para mim novamente. - Eu não posso aceitar isso, suas desculpas tudo bem, eu aceito, mas quanto a dívida eu nunca quis que nenhum de vocês se envolvesse, então lhe devolverei o dinheiro. -Afirmo.

-Isso não é algo que você pode decidir. - Ele afirma com convicção e eu acabo franzido as sobrancelhas. - Eu quitei a dívida por livre e espontânea vontade e não importa o que faça para me devolver o dinheiro ou quais meios use, não aceitarei e o devolverei a sua conta. Aceite o presente como boas-vindas a família e seja uma boa garota para meu filho. Não deixe ele perder a linha e lhe puxe as rédeas quando necessário, nenhum homem se torna grande sozinho e posso ver o quanto meu filho cresceu ao seu lado. É admirável. - Ele murmura com um sorriso no rosto.

Boquiaberta me calo, pois não tinha o que dizer, afinal o que eu diria depois de tudo isso? Obviamente nada.

Zoy Drevitch sai deixando tanto o filho quanto eu ali plantados no meio da sala processando tudo o que havia acabado de acontecer.

-Nem sei o que dizer. -Layonel resmunga chocado.

-Somos dois. –Afirmo surpresa.

Histórico de leitura

No history.

Comentários

Os comentários dos leitores sobre o romance: As duas faces do meu chefe