POV: Jaejun
Meu corpo está totalmente dolorido.
Fazer amor com Hyun-suk pela primeira vez foi extremamente delicioso, me surpreendi por entender mais um pouco de como sou e do que gosto.
Eu gosto de tê-lo dentro de mim.
Porém, há uma coisa que acho que até mesmo Jackson esqueceu de me avisar. Sabe a dor de quando estamos fazendo sexo? Ela permanece no dia seguinte e parece até mesmo mais forte. Minha bunda arde, meu corpo inteiro dói. Até mesmo as minhas pernas, elas nem parecem que tem força suficiente para me aguentarem de pé.
Mas preciso me erguer e assim o faço. Resmungo por sentir o ardor ainda mais forte na minha bunda e acho que fazer sexo três vezes seguidas como um animal selvagem não seja tão bom assim.
Mas respiro fundo e sorrio quando ouço o som da voz de Hyun-suk cantarolando, quase como se isso já fosse a nossa rotina.
Mas mesmo sem ser, acho que não me acostumo mais a não tê-lo cantando todas as manhãs assim.
Hyun-suk está perto da janela, ele segura uma xícara com o que presumo ser café enquanto olha a cidade. Seus cabelos estão sendo iluminados pelo sol e brilham, quase na mesma intensidade. Seu corpo está coberto por apenas uma cueca branca e seus lábios sorriem quando me ver.
Aproximo-me dele e rapidamente o abraço por trás, deixando um beijo em seu pescoço, antes de ser puxado até parar de frente consigo, recebendo um beijo de bom dia.
ㅡ Você está nu. ㅡ ele diz, causando uma leve timidez.
Hyun-suk se senta numa poltrona perto da janela, deixando a xícara de café no móvel ao lado e bate sobre as coxas, me chamando para seu colo.
Sento sem protestar, sentindo um pouco de dor. Ele repousa as mãos em minha cintura e sorri.
ㅡ Dormiu bem? ㅡ pergunta, encostando a bochecha sobre meu ombro. Assinto, aspirando o cheiro morno do café que me bate junto ao vento. ㅡ Está com alguma dor?
Assinto com vergonha.
ㅡ Presumi. Fiz o pedido de alguns remédios, inclusive uma pomada. Vou buscá-la e passo em você.
Antes que ele se erga, eu o faço, o que me faz sentir ainda mais dor, mas o olho cheio de descrença.
ㅡ Você não vai passar pomada no meu cu, Hyun.
Ele ri, desta vez abertamente, enquanto eu mais uma vez queimo de vergonha.
Porque eu falei desse jeito?!
ㅡ Desculpe a palavra... ㅡ falo abaixando meu olhar.
ㅡ Está tudo bem, era exatamente o que eu iria fazer de qualquer modo. Mas você quer passar então? Vai ser um pouco complicado sozinho, mas talvez você se sinta mais à vontade. Só não quero que sinta dor ou ardência, sei que incomoda.
Pisco desconcertado. "Sei que incomoda"?! Pensar que de fato Hyun-suk sabe como é ter um pau dentro de si me faz sentir coisas estranhas, e não querendo me sentir um esquisito ou tarado por pensar demais, chio, fazendo-o rir.
ㅡ Vamos mudar de assunto. ㅡ falo. ㅡ o que tem para comer? Estou faminto.
ㅡ Pensei em irmos passear pela cidade, comer algo fora e depois voltarmos para fazermos nossas malas.
ㅡ Malas? ㅡ franzo o cenho. ㅡ mas só iriamos embora daqui a três dias, não é?
ㅡ Sim, mas recebi uma ligação da empresa hoje e haverá uma reunião não planejada amanhã com os investidores, o presidente e CEO precisa estar presente.
ㅡ Aigoo... Você precisa mesmo ir?
Hyun-suk assente, sorrindo calmo. Então ele me abraça enquanto deixa um beijo em minha nuca.
ㅡ Desculpe, minha flor... Podemos fazer outra viagem quando quiser. Pode até ser para a Europa como você queria.
ㅡ Não quero ir para a Europa depois, eu quero ter os dias com você que pensei que teria.
Hyun-suk outra vez ri, desta vez soprado, buscando meu rosto para tocá-lo em uma carícia.
ㅡ Essa reunião pode ser importante, mas se isso te deixa chateado, tudo bem, eu posso desmarcar.
ㅡ Não, tudo bem, não quero atrapalhar seu trabalho e a empresa. ㅡ digo.
ㅡ Não atrapalha, anjo.
ㅡ Está tudo bem. Ao menos nos últimos dias de folga que terei, ficarei com a vovó...
Afasto-me de Hyun-suk, caminhando até o quarto para tomar um banho e enfim fazer minha higiene matinal, mas ouço-o me perguntar ainda sentado na poltrona:
ㅡ Tudo bem mesmo?
Assinto outra vez, enfim adentrando o quarto para buscar a toalha.
Vejo quando Hyun-suk também adentra o quarto e vai até a sacolinha de farmácia sobre um dos móveis de cabeceira.
ㅡ A pomada. ㅡ ele ergue, me entregando. ㅡ Tem algumas aspirinas para dores musculares também.
ㅡ Obrigado. ㅡ sorrio e enfim adentro o banheiro.
Mesmo dizendo a Hyun-suk que tudo bem, admito que enquanto sinto a água fria bater em minha pele, tudo o que sinto é chateação. Tinha mesmo que aparecer a bosta de uma reunião agora? Não poderia ser só após o término da nossa primeira viagem de namorados?
Ou será que...
Não, Hyun-suk não estaria simplesmente fugindo de mim após eu ter entregue meu corpo para si. Ele não é assim.
Meus olhos se fixam em um ponto qualquer enquanto divago. Hyun-suk não seria capaz de simplesmente fazer isso comigo, não é?
Me sinto inseguro. Ele é meu primeiro namorado, essa é minha primeira viagem com um namorado, a viagem cujo fiz meu primeiro sexo com penetração. Ele simplesmente não acabaria com tudo porque quer fugir.
Mas ok, não vou perder completamente meu último neurônio com esses pensamentos, então sou rápido em terminar o banho e me seco, buscando a pomada, e mesmo estando sozinho no cômodo, sinto vergonha de mim mesmo por estar numa situação tão constrangedora.
Apoio a perna sobre a tampa do vaso logo depois de secar meu corpo e ponho um pouco do creme na ponta dos dedos. Arde um pouco quando toco a superfície, mas o creme frio instantaneamente faz-me relaxar, então passo-o por todo ao redor, suspirando quando enfim acabo.
Pois é, dar tem seus pontos negativos também.
Mas ainda surto por dentro porque, meu deus, eu dei!
E eu dei para Park Hyun-suk. O homem que amo. Não tinha como ser melhor.
Mas retorno para o quarto, encontrando-o agora vestido numa calça preta folgada enquanto olha o celular.
ㅡ O dia está quente hoje, vista algo que não irá te incomodar. ㅡ ele diz.
Assinto sentindo a insegurança outra vez, mas tento realmente não pensar demais e vou até minhas roupas, procurando por algo que ficasse bem para o dia. Porém, enquanto procurava, senti Hyun-suk se aproximar e erguer uma pequena sacola de papel com o nome de uma marca cara na frente, levando meu olhar ligeiro para ela.
ㅡ O que é isso? ㅡ pergunto a Hyun-suk.
ㅡ Só um presente. Abre. ㅡ ele diz sorrindo e se encostando enquanto me observa.
Sinto instantaneamente a euforia me bater, e me afastando para que abra a sacolinha com um pequeno laço. Surpreendo-me quando encontro uma caixa aveludada lá.
Meus olhos vão rapidamente para Hyun-suk, mas ele apenas me encoraja a prosseguir quando sorrir.
Sorrio quando abro a caixinha e vejo uma pequena pulseira ali. Ela é linda, prateada e carrega um berloque delicado de coração, onde tem muitas pedras pequenas na cor rosa.
ㅡ É linda. ㅡ falo ainda sem tocar a pulseira depositada dentro da caixa e sorrio para ele.
ㅡ É para comemorar o início do nosso namoro. Taeshin e Jackson disseram que precisaríamos de algo que simbolizasse nosso relacionamento, e me ajudaram a escolhê-la. A minha é igual. ㅡ Hyun-suk se aproxima e leva o pulso para o lado do meu. Entretanto, o dele não leva um berloque de coração, são duas minúsculas plaquinhas. ㅡ tem o seu nome junto ao meu escrito aqui.
Enfim resolvo buscar a pulseira tomando cuidado e suspiro ao observar o berloque e também ver nossos nomes ali atrás. Ela é delicada, sutil e fofa.
ㅡ É tão perfeita, Hyun...
ㅡ Você gostou?
ㅡ Eu amei. ㅡ repondo-o. ㅡ obrigado.
Deixando um beijo sobre os lábios dele, eu sinto meu peito derreter-se mais uma das inúmeras vezes por Hyun-suk. Ele se afasta e busca a pulseira, abrindo-a para colocar em meu pulso.
ㅡ Obrigado por me aceitar. ㅡ ele diz baixo.
Perco-me só mais uma vez no rosto dele e me aproximo para beijá-lo de novo. Hyun-suk deposita suas mãos em minhas bochechas, segurando-as com calma enquanto as minhas se prendem em sua cintura.
Na calma da manhã, tudo o que ouvimos é o nosso som.
Sinto-me leve, pronto e preparado para tê-lo de fato em minha vida como parte minha.
Hyun-suk finaliza o toque, deixando ainda alguns pequenos beijos em mim e sorri ao fim, beijando a pontinha de meu nariz antes de se afastar.
ㅡ Dia quente, lembre-se. ㅡ riu, se afastando.
Negando enquanto sorrio, vejo-o ir para a cama, deitando-se todo esparramado. Ainda olho totalmente bobo para a pulseira, mas trato de voltar a buscar por roupas leves para a manhã quente que iremos enfrentar.
[...]
ㅡ O que acha de ovos, Hyun?
Hyun-suk e eu estamos numa padaria muito pacata, encarando o cardápio. Há algumas mesas espalhadas ao ar livre debaixo da sombra das árvores. É possível ver um lago logo além e crianças brincando em torno enquanto a brisa morna nos bate.
Hyun-suk nega, e então aponta para a vitrine.
ㅡ Quero algo doce.
ㅡ Podemos dividir um bolo, o que acha?
ㅡ Um bolo inteiro? ㅡ Hyun-suk ri. ㅡ não será muito?
ㅡ Não bobo, não é um bolo grande. ㅡ falo negando e levo a visão dele para a vitrine. ㅡ aquele ali, é pequeno e tem frutas. Frutas vermelhas são uma delícia e são frescas para um dia quente.
ㅡ Tudo bem, pedirei um bolo e dividiremos. Para beber, o que quer?
ㅡ Pode ser suco de laranja.
Hyun-suk assente, indo até o senhor que estava no balcão. Aproveito que ele está entretido com os nossos pedidos para olhar a paisagem de fora e encanto-me quando vejo uma mesa bem abaixo de uma árvore com flores rosas.
ㅡ Irei procurar uma mesa. ㅡ falo a Hyun-suk, mas vou direto para aquela mesa.
O cheiro doce que a árvore exala é bom, a sombra que proporciona é melhor ainda. Sento-me na mesa abaixo, enquanto olho para o alto e a admiro.
Até mesmo uma árvore faz-me lembrar de minha mãe.
ㅡ Ela é linda. ㅡ Hyun-suk diz sentando-se à minha frente.
ㅡ Ela é idêntica a uma que tínhamos perto de casa. ㅡ falo e olho-o. ㅡ digo, eu, mamãe e papai. Me lembra uma árvore da infância.
ㅡ Vocês moravam no campo?
ㅡ Mais ou menos. ㅡ rio pensativo, lembrando-me de casa. ㅡ era um campo, mas havia algumas casas um pouco separadas e a estrada que levava a cidade. Também tinha um lago imenso bem no meio onde as casas cercavam ao redor. Ele era maior do que esse. ㅡ aponto e vejo Hyun-suk ri, assentindo ㅡ eu adorava correr pela grama e sentar junto à mamãe debaixo das árvores. Ela sempre tocava em meus cabelos e cantava baixo até que eu dormisse ali mesmo no colo dela.
ㅡ Você tem lembranças bonitas com ela. ㅡ ele diz.
Comprimo meus lábios ainda pensativo, não são todas assim, eu desejaria que fosse, mas as ruins ainda estão dentro de minha mente e assim que ativas, parece que fazem meus olhos reproduzirem outra vez, como se acontecesse em tempo real.
O mesmo senhor que nos atendeu traz nossos pedidos. Ele parece simpático e entrega diretamente as colheres para mim e Hyun-suk.
ㅡ Tenham uma boa refeição. ㅡ Diz, deixando também meu suco e a água de Hyun-suk.
Ele sorri agradecendo e busca um pedaço do morango que há no topo do bolo.
ㅡ Às vezes sinto vontade de voltar lá. ㅡ falo ainda alheio, e bebo meu suco.
ㅡ Na sua casa?
Assinto.
ㅡ Penso em voltar, mas... Tenho tanto medo, Hyun.
ㅡ Por tudo o que aconteceu?
Outra vez assinto, e até busco um pouco de bolo para retirar o amargo que sinto em minha boca com as lembranças.
ㅡ Mas acho que não consigo. Foi... Foi muito forte tudo o que vi.
Hyun-suk apenas assente, ele nunca força o assunto para saber mais do que aconteceu comigo ou com meus pais do dia de sua morte. Ele sabe que foi um suicídio e que infelizmente eu iria junto a eles se não conseguisse sair da casa e buscar pela vovó. Sabe um pouco do motivo também, o que levou-os a fazer o que fez, mas nunca soube o sentimento. O sentimento cujo uma criança de oito anos carrega consigo por anos, por ter visto a dor e ouvido o último sopro de vida de seus pais.
Foi difícil para mim. Ainda é difícil. Mas, acho que tudo isso ainda não foi embora e deixou somente as coisas boas em mim porque tem uma parcela de culpa que me atormenta.
Eu tinha apenas oito anos e era somente uma criança, mas deveria ter notado, não? Tantos carvões, as janelas vedadas, o choro silencioso de meu pai enquanto o fazia... Eu deveria ter notado.
Mas mamãe apenas mandou que eu deitasse em seu colo e cantou para mim naquela tarde.
Ela cantou doce e tranquilamente a última vez para mim, dizendo que, assim que eu dormisse tudo ficaria bem. Que quando acordássemos juntos a dor e a fome teriam fim e enfim viveríamos a eternidade felizes.
Eu deveria ter notado...
Mas meus devaneios ruins foram cortados pela risada baixa das crianças ao redor do lado. Elas brincavam com os patos dali, jogavam pedaços de pães minúsculos, vendo-os correrem para buscá-los.
Hyun-suk também as olhou e riu, perdendo-se na simplicidade daquela felicidade.
Aproveito para apreciá-lo um pouco. Seus cabelos claros estão jogados para trás e seus óculos de sol estão pendurados na gola da camisa branca que usa.
Sorrio para a visão perfeita que ele é e vejo quando o vento traz seus cabelos de volta a testa, bagunçando-os.
Hyun-suk carrega no olhar um peso que talvez eu entenda. Mesmo tendo riqueza, vida fácil e luxo, presumo que ele também tenha sido uma criança infeliz. Pelo que ele mesmo me contou, perder os pais tão jovem e assumir o lugar que ainda não estava pronto para fazê-lo, o fez se tornar um homem rigoroso, assustador e fechado. Mas me sinto bem sabendo que o Hyun-suk que tenho a frente, o que eu amo e namoro não é esse homem. Que de uma forma que sequer conseguimos explicar, estamos sendo sempre crus e transparentes um com o outro.
ㅡ Eu sempre tive vontade de ter um pato, acredita? ㅡ ouço-o dizer e rio. ㅡ nasci em Busan também, Jaejun, esqueceu? E eu morava numa casa grande e afastada. Havia um lago logo atrás e eu sempre ia e ficava como essas crianças, jogando pães para os patos. Mas meu pai nunca deixou que eu sequer tocasse neles, dizia ter doenças e essas coisas.
ㅡ Mas eles são tão fofos. ㅡ falo. ㅡ seu pai não tem ideia de como ter um animalzinho pode alegrar a vida.
ㅡ Talvez ele tivesse e só quisesse ser rude mesmo. ㅡ Hyun-suk diz. ㅡ ou talvez não. ㅡ dá de ombros. ㅡ Mas ele nunca foi uma pessoa de coração mole, até mesmo quando morreu.
ㅡ Vocês parecem diferentes. ㅡ constato buscando outro pedaço do bolo. ㅡ você tem um coração molinho, molinho, Hyun.
Hyun-suk ri, negando e bebendo de sua água.
ㅡ Não era isso que ouvia. Tive que tomar a liderança da empresa muito depressa. Com a morte do meu pai, eu poderia ceder o lugar dele para um dos acionistas, mas a vontade dele era de que fosse eu lá.
ㅡ Quantos anos você tinha quando isso aconteceu, Hyun?
ㅡ Dezenove. Quando meu pai morreu, eu ainda tinha dezoito, então minha mãe segurou as pontas até que eu terminasse o colégio. Mas não foi difícil assumir, eu sempre vi e convivi com meu pai e o trabalho, então surpreendi algumas pessoas que me achavam imaturo para aquilo.
ㅡ Sua mãe deve ter ficado orgulhosa de você.
ㅡ Ela ficou, eu acho... mas também não foi por muito tempo. Um dia eu tive que viajar para a Tailândia para fechar contratos e recebi uma ligação muito ruim. Mamãe havia sofrido um acidente...
Meu coração sentia o peso das palavras de Hyun-suk, mas se misturava a leveza. É louco, eu sei, mas... Ele se abriu, abriu por inteiro para mim e me contou um pouco mais de si.
Meus olhos também estavam carregados de lágrimas, algo muito fácil quando se é emotivo como eu, mas tratei de sorrir, arrastando minha mão até tocar a sua, entrelaçando nossos dedos.
ㅡ Eu tenho certeza que estão bem agora, Hyun.
Hyun-suk tem um sorriso pequeno nos lábios e faz-me sorrir também. Minha vontade é de arrastar minha cadeira para perto da sua e abraçá-lo, dando o carinho e colo que sei que ele necessita, mas contento-me em apenas vê-lo sorrir assim para mim.
Depois do café da manhã doce e cheio de lembranças boas e ruins, decidimos andar de mãos dadas por debaixo das árvores.
Eram nítidos alguns olhares que vinham até nós por um simples toque de mãos, mas se tornavam tão pequenos a nossa percepção que não eram capazes de estragar nosso tempo juntos.
Mas decidindo caminhar pela cidade, nossa última parada foi em Daereungwon Tomb Complex. Hyun-suk havia marcado uma excursão particular para nós dois, e a cada vez que nosso guia nos mostrava e contava a histórias dos pontos principais, eu sentia meu corpo todo vibrar.
ㅡ Vamos visitar os túmulos dos reis e rainhas, Hyun! ㅡ falei, vendo o folheto do que faríamos.
ㅡ Está animado para essa parte? ㅡ ele pergunta baixo.
Assinto em prontidão.
ㅡ Quero ver o túmulo Hwangnamdaechong. Dizem que nele contém acessórios de luxo que demonstram o estilo de vida que era levado na época.
Hyun-suk ri, e pode até não ser empolgante para ele fazer passeios históricos assim, mas para mim, é como uma realização de um sonho. Poder ver o que a história descreve é, além de rico para nossa sabedoria, uma grande conquista para um apreciador.
E quando cheguei aos pontos mais importantes dali, foi Hyun-suk o responsável por tirar diversas fotos em que eu era o modelo. Ele não reclamou, na verdade não teve nada em que pedi para ele que ele tenha reclamado.
Ele sempre faz tudo com um sorriso gostoso no rosto.
ㅡ Hyun, vamos tomar sorvete? ㅡ pergunto enquanto outra vez, caminhamos de mãos dadas.
Hyun-suk assente e já segura a chave de seu carro nas mãos, mas decido puxá-lo de leve e chamar sua atenção, e quando a tenho, aproximo-me e sou ligeiro para deixar um selar em seus lábios sem que as pessoas percebam.
ㅡ Tem um carrinho ali do outro lado. ㅡ falo.
Hyun-suk olha adiante na grama verde e observa o carrinho pequeno de sorvete que indico.
ㅡ Sorvete de rua, anjo?
ㅡ E porque não? ㅡ franzo o cenho.
ㅡ Há uma sorveteria há alguns minutos daqui. São de uma franquia renomada.
ㅡ Ah não, Hyun. ㅡ nego e o puxo outra vez pela mão, desta vez fazendo-o andar. ㅡ esse é gostoso, você vai ver.
Arrastando-o até o carrinho de sorvete, vejo o sorriso que o sorveteiro nos dá ao nos recepcionar, e olhando o cartaz que indica os sabores disponíveis no canto, escolho o meu.
ㅡ Quero um com dois sabores. Cookies e chocolate, por favor. E o seu?
Hyun-suk analisa o cardápio ao meu lado e até demora um pouquinho para escolher.
ㅡ Acho que passas ao rum.
ㅡ Mas é alcoólico, Hyun. ㅡ falo alertando-o. ㅡ você está dirigindo.
ㅡ Não ficarei bêbado com um sorvete, Jaejun.
ㅡ Mas não pode. Escolhe outro.
ㅡ Acho que chocolate, então.
ㅡ Coloque esse para o Hyun-suk, e o meu, por favor. ㅡ falo para o vendedor.
ㅡ Irão querer confeitos para a cobertura?
Olho para Hyun-suk e o vejo negar, mas sou rápido em assentir, e para completar, ainda pergunto:
ㅡ Posso ficar com os confeitos dele?
Hyun-suk nega sorrindo, mas o sorveteiro apenas assente, colocando o sorvete de Hyun-suk primeiro e o entregando, para pôr o meu e o entupir de confeitos, do jeitinho em como pedi.
ㅡ Muito obrigado. ㅡ agradeço, pagando. ㅡ tenha um bom dia.
ㅡ Boas vendas. ㅡ Hyun-suk também diz.
O homem assente sorrindo e até acena para nós. Então com nossos sorvetes na mão, eu e Hyun-suk voltamos a entrelaçar nossos dedos enquanto caminhávamos até um dos bancos de madeira do parque.
ㅡ Para qual lugar da Europa você iria? ㅡ Hyun-suk perguntou com a boca cheia de sorvete.
Ainda mastigo meus confeitos, e me ponho pensativo devido à pergunta.
ㅡ Não sei. Nunca pensei a respeito porque era claro que eu nunca iria conseguir a lugar algum mesmo...
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