Resumo do capítulo Capítulo quarenta e cinco de Bela Flor - Romance gay
Neste capítulo de destaque do romance Erótico Bela Flor - Romance gay, Evy Maze apresenta novos desafios, emoções intensas e avanços na história que prendem o leitor do início ao fim.
JaeJun continuava de pijama, seus cabelos estavam arrumados sem muita perfeição e seus olhos cansados estavam atentos a nós dois.
Pude sorrir outra vez. Jaejun se encolheu e seguiu para a cozinha com Yejun.
Olhei para Hajun, me sentia surpreso, mas segui para a cozinha também, vendo os outros amigos se amontoarem como sempre faziam para abraçá-lo.
Jaejun não chorava, mas mantinham-se quietos. Jackson era o que mais parecia preocupado, tocava em suas bochechas enquanto tinha os olhos atentos e um pequeno bico nos lábios.
Me aproximei, não queria os interromper, mas queria ouvi-los, saber o que havia feito Jaejun enfim sair daquele quarto.
ㅡ Como você está? ㅡ Jackson perguntou.
ㅡ Estou bem.
ㅡ Já tomou banho?
Jaejun encolheu os ombros e negou. Sorri, passava das três da tarde, mas não seria eu a lhe julgar.
O luto às vezes nos joga no fundo do poço.
ㅡ Vamos tomar banho, tudo bem? ㅡ o Song o abraçou pelo braço, mas antes de levar Jaejun até um banheiro, o ouviu perguntar:
ㅡ É verdade que você e o Yejun estão namorando?
Jackson franziu o cenho, desviando os olhos para Yejun. Eu também o olhei, Jaejun havia saído do quarto em prol daquela única pergunta, e, mesmo que fosse quase óbvia, a dúvida rondava quase todos nós.
Yejun encolheu os ombros e riu sem jeito.
ㅡ Nós... ㅡ Jackson falou, ficando incrivelmente sem jeito também. ㅡ acho que sim. Só decidimos que não vamos mais esconder, todos vocês sabem mesmo.
ㅡ Nós sabemos mesmo. ㅡ Jaejun falou sorrindo um pouco mais a vontade.
Eu poderia dar um beijo em Yejun e Jackson agora. Daria um beijo, um carro, um apartamento ou até um cheque com um milhão de dólares, só porque eles fizeram o meu bem mais precioso sair daquele quarto devido uma notícia tão boba, mas que o fazia feliz ao ponto de sorrir pequeno.
Sorri junto a Hajun, vendo Jackson buscar Yejun pela cintura e o apertar, fazendo Jaejun rir baixinho.
ㅡ É tão bom te ouvir rir. ㅡ Rini falou, também abraçando Jaejun.
ㅡ Desculpa preocupar vocês...
ㅡ Está tudo bem, você só precisava de um tempo, mas agora está aqui e parece estar bem. Só está fedorentinho, mas isso eu vou dar um jeito.
Jaejun rir baixo outra vez, mas segue com Jackson para o andar de cima outra vez. Seus olhos me miram quando passa por mim, e meu coração se acalma por percebê-los um pouco mais vivos, brilhantes.
Serei eternamente grato por Jaejun ter bons amigos.
Pedi para Jihoo preparar a salada de fruta do modo em como Jaejun gostava para todos nós e a avisei para servir na área da piscina.
Levei todos os amigos de Jaejun comigo e Hajun para ali, pois sabia como ele gostava daquela parte da casa.
Sunhee se juntou a nós. Haviam cadeiras largas e sombreiros que nos dava conforto, além de que, por não ter vizinhos tão próximos a minha casa, o ar circulava com liberdade e tudo estava muito refrescante.
Sucos foram servidos e a salada de fruta também, mas minha ansiedade só se findou quando vi meu Jaejun aparecer ali, caminhando ao lado de Jackson ainda quieto.
Seus cabelos vermelhos estão molhados, penteados para trás e sua testa branquinha está à mostra. Ele fica lindo quando a mostra.
Suas roupas não me surpreendem, são peças minhas e parece que Jackson invadiu meu closet e buscou o que tinha de melhor lá. São peças de uma grife cara, mas são simples, boas para um dia quente.
Jaejun senta ao meu lado, ainda me fazendo sorrir como um bobo. Busco o suco gelado de melancia e o entrego. Ele me agradece baixo, atento a Jackson quando ele senta ao lado de Yejun e o agradece quando ele também lhe entrega o suco de laranja.
ㅡ Onde está Minah? ㅡ Jaejun pergunta baixo. Sua voz parece fraca, sua garganta, seca.
Peço para que ele beba o suco e ouço Rini lhe responder:
ㅡ Os pais dela a obrigaram a ir para Jeju porque é aniversário da avó da Minah.
ㅡ E porque você não foi?
ㅡ Porque, por mais que sejamos namoradas há mais de um ano, a mãe dela ainda não nos aceita... se fosse pelo pai da Minah, nós já teríamos casado. ㅡ Rini rir baixo. ㅡ mas com ela ainda é complicado, então Minah foi e eu fiquei aqui para te fazer companhia, não é nada ruim, na verdade. Queria mesmo ficar, queria ficar com você.
Jaejun sorriu, ele não parecia feliz com o dito de Rini e a sogra, mas estava confortável em ter todos ao seu lado após todos aqueles dias.
ㅡ Come um pouco, meu bem. ㅡ pedi, entregando-lhe a tigela com a salada de fruta.
Jaejun agradeceu baixo, buscando a tigela.
Aquele fim de tarde foi calmo. A maior parte do tempo passamos mimando Jaejun, mesmo que tentássemos não demonstrar o quanto ele nos preocupava. À noite, fiquei inquieto com o fato de ainda ter medo dele voltar para aquele quarto de hóspedes e se trancar, mas me surpreendi quando vi a porta do quarto de Mingu entreaberto e seu riso ecoar de lá.
Parei no portal, abrindo um pouco mais a porta. Jaejun vestia um conjunto de moletom branquinho e quente, seus cabelos estavam secos e se espalhavam pelo chão do quarto. Ele estava deitado de lado, de costas para a porta, mas se divertia com um dos brinquedos de corda. Mingu também estava deitado, era um preguiçoso, mas tentava pegar a ponta da corda quando Jaejun a aproximava de si.
Resolvi entrar no cômodo, fechando a porta. Jaejun me olhou, parecendo não se incomodar comigo ali.
O quarto de Mingu era limpo diariamente devido os pelos que ele liberava, por tanto não havia problema em estar deitado como ele fazia.
Parei ao lado de Mingu, beijando-o no pescoço, fazendo Jaejun rir quando o gatinho apenas me deixou lhe atacar.
Mingu adorava beijos.
ㅡ Estão se divertindo?
Jaejun assentiu, retirando alguns pelinhos laranjas que haviam ficado grudados no meu nariz.
ㅡ Você já tá pronto para dormir? ㅡ ele perguntou, olhando as minhas roupas.
Assenti, vestia um conjunto de moletom parecido com o que ele usava, mas era inteiramente preto.
O observei voltar a brincar com Mingu e sorri, era ali naquela cena que se eu pudesse, moraria para o resto da minha vida.
Mingu rolava pelo chão e às vezes conseguia buscar a pontinha da corda, mas após alguns minutos com aquela brincadeira, ele apenas se ergueu e foi para uma das caminhas, nos abandonando no meio de seu quarto.
Jaejun tentou lhe chamar, mas meu riso o fez desistir.
ㅡ Gatos são assim. ㅡ falei, me sentando.
Jaejun fez o mesmo, encarando a cordinha em sua mão.
ㅡ Hyun, eu queria mesmo me desculpar.
ㅡ Nós falamos sobre isso, está tudo bem.
ㅡ Não precisa sentir medo, você não está sozinho. ㅡ deixei um beijo em seus cabelos e o abracei. ㅡ tudo bem? Se quiser, eu te levo em todas as sessões e te espero em todas elas.
ㅡ Eu não te atrapalharia assim.
ㅡ Já te disse milhões de vezes, você nunca me atrapalha, babe. Faça o que quiser para se sentir bem, eu vou te apoiar.
ㅡ Obrigado, amor. ㅡ ele me abraçou.
Sorri um pouco mais.
Eu deveria mesmo dar um cheque grande aos amigos de Jaejun.
ㅡ E quando poderemos ir a Busan?
Jaejun e eu já havíamos conversado sobre ir até Busan, sobre organizar todos os documentos necessários para que Hajun pedisse permissão à justiça para cremar os corpos e trazer as cinzas para perto de sua avó.
ㅡ Isso pode demorar um pouco, amor.
Jaejun assentiu devagar.
ㅡ Mas enquanto isso não acontece, tive uma ideia. Ficar aqui pode ser ruim para você, então, você aceita viajar comigo?
ㅡ Viajar? ㅡ ele riu baixinho, mas negou. ㅡ não posso, Hyun.
ㅡ E porque não?
ㅡ Porque as pessoas podem falar. Acabei de perder a vovó, podem dizer que estou feliz com isso, mas eu não estou nem um pouco. Morreria para dar vida a vovó outra vez...
ㅡ Eu sei que sim, amor. Mas você não deve pensar assim. Se existirem pessoas que falem de você por isso, elas serão todas invejosas.
ㅡ E para onde você quer me levar?
ㅡ Para Berlim. Você sabe que parte do meu negócio está lá também, tenho um apartamento que está vazio e tem uma bela paisagem. Você se sentiria melhor lá. Iria adorar. Sem falar que em algumas semanas será inverno, podemos ver a neve cair juntos pela primeira vez e longe de tudo.
Jaejun ergueu o rosto, me olhando nos olhos. Sorri, tocando sua bochecha.
ㅡ Será a primeira vez que veremos a neve cair.
ㅡ E sabe o que dizem sobre ver a primeira neve juntos? Que assim ficaremos juntos por um longo tempo.
Jaejun sorriu. Seus olhos cansados pareciam mais felizes. Havia um sutil brilho que deixava as íris escuras apaixonantes.
ㅡ Você aceita ir comigo?
Sua mão tocou a minha em seu rosto ao assentir.
Meu sorriso foi o maior na semana. Me aproximei devagar, deixando um selar calmo em seus lábios.
ㅡ Eu amo muito você, Jaejun-ah.
Sua mão me abraçou. Sua cabeça voltou a repousar em meu peito e seus olhos foram para a lua que nos agraciava através da janela.
ㅡ Obrigado por cuidar de mim, Hyun.
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