Bela Flor - Romance gay romance Capítulo 49

Quando paramos de frente com o prédio da Jung's, pude sentir a saudade me invadir. Era estranho sentir saudade de trabalhar, nenhum outro emprego que estive antes me fazia sentir aquilo, mas o conforto e a valorização que a empresa de Hajun davam me fazia sentir até mesmo desejo de voltar lá.

ㅡ Te pego a noite, tá?

Assenti para Hyun-Suk, me inclinando para beijar sua boca. O beijo era gostoso, sentir sua língua se abarrotar a minha de forma calma ainda pela manhã era quase algo favorito em mim. Sua mão tocou meu rosto, seus olhos se conectaram com os meus. Sorri para Hyun-Suk, roubando um pequeno selar.

ㅡ Me ligue se precisar de qualquer coisa, está bem? Prometo que venho rápido.

ㅡ Pode ficar tranquilo, Hyun, estou me sentindo um pouco melhor, ficarei bem.

Hyun-Suk assentiu. Roubei-lhe um novo beijo e enfim retirei o cinto de segurança, saindo do carro.

ㅡ Até mais tarde, se cuida.

Meu namorado acenou. Em seguida acelerou o carro e partiu, retirando novos olhares sobre a Porsche que parecia brilhar à luz do sol.

ㅡ Jaejun?!

Ouvi a voz de Sorah, secretaria de Hajun e minha companheira de trabalho, e me apressei a ir até ela. Seu sorriso era imenso, seus braços se abriram e me receberam com calor.

ㅡ Caramba, como é bom te ter aqui.

ㅡ Voltei, noona. Sentiu saudade? Teve trabalho dobrado?

ㅡ Sim e sim, mas nada que me lotasse a cabeça. E como você está? O Senhor Jung contou apenas a mim o que havia acontecido, sinto muito por sua perda, Jaejun.

ㅡ Obrigado, noona. Agora me sinto um pouco melhor, mas foi difícil perder minha vozinha. Ainda sinto muito por ela ter de partir tão cedo... Dói bastante, sabe?

ㅡ Ainda é recente, é compreensivo que sinta doer. ㅡ ela falou, e com dois tapinhas sobre meu ombro, sorriu. ㅡ se quiser desabafar, sair para comer ou até beber, pode contar comigo. Somos colegas de trabalho, podemos nos tornar amigos, não?

Sorri de volta, assentindo.

Sorah abraçou meu braço, me puxando pela empresa adentro. Cumprimentei alguns colegas de trabalho e adentrei minha sala, ligando o computador cujo trabalhava, sentindo a euforia de ao menos estar de volta ali, sendo útil de alguma maneira.

Após ligar até mesmo minha linha direta com Hajun e Sorah, fui até a sala do meu chefe. Não sabia se era correto ir até lá, mas quis mostrá-lo que estava de volta e que ele não pagaria meu salário à toa.

Deixei duas batidas na porta e ouvi a voz de Hajun me pedindo para entrar.

Assim o fiz. Mas bastou que a porta se abrisse para minha cara ir ao chão ao ver Taeshin ali.

ㅡ Ai minha nossa senhora, eu interrompi alguma coisa? ㅡ arregalei meus olhos, freando meus pés.

Hajun riu, ele estava sentado sobre a mesa e Taeshin estava no estofado ao lado. Estavam longe um do outro, mas conhecendo bem a alma devassa do meu melhor amigo e de um dos namorados dele, essa posição é um tanto suspeita. Parece que apenas se desgrudaram quando eu bati na porta e agora estão sorrindo como se nada estivesse acontecendo.

Taeshin se ergueu para me abraçar pelos ombros. Cerrei os olhos para ele, observei a coleira sutil e social que ele usava, mas sorri quando o senti me puxar para o centro da sala.

ㅡ Você está tão bonito, Jae. Não é, Hajun?

ㅡ Está mesmo, o terno é italiano?

Assenti, sentindo-me tímido por não entender nadinha daquilo, mas certamente Hajun usava os mesmo ternos que Hyun-Suk, já que ele demonstrava conhecer.

Taeshin se pôs à minha frente, organizando meu terno como se fosse um irmão mais velho.

ㅡ Está muito lindo mesmo, Jae.

ㅡ Eu sei. ㅡ sorri e pisquei, fazendo-o rir. Desviei meus olhos para meu chefe e lhe disse: ㅡ só passei para avisar que estou de volta, senhor Jung. Minha linha já está ativa.

ㅡ Claro, é bom te ter de volta. Mas não se esforce demais, por mim você descansava um pouco mais.

ㅡ Não é preciso, mas tenho um pedido a fazer.

Taeshin se afastou, voltando a sentar no estofado. Hajun pediu para que eu também sentasse ali, enquanto cruzava as pernas ainda sentado sobre a mesa do escritório.

ㅡ Eu não sei se você soube, mas... Hyun-Suk quer fazer uma viagem para Berlim e quer me levar junto.

ㅡ Que romântico. ㅡ Taeshin balbuciou, fazendo-me sorrir e assentir.

ㅡ Ele me contou sobre isso, acho uma boa ideia, você irá gostar de lá.

ㅡ Creio que sim, mas... o que eu quero pedir é: seria possível fazer meu trabalho de forma remota? Sabe, eu não sei se Hyun-Suk terá um cronograma de ida e volta, e eu não quero atrapalhar a empresa.

ㅡ Mas, Jaejun, eu não me importo se você tirar mais um tempo. A política da empresa é prezar pelo bem-estar dos funcionários, e essa viagem será para você se sentir melhor, não é de fato apenas por lazer.

ㅡ Mas senhor Jung, não é certo receber sem trabalhar.

ㅡ Mas não é certo trabalhar com a mente cheia, o trabalho se torna cansativo e irritante, não quero meus funcionários estressados ou ferrados da mente. Não permitirei que faça o trabalho remoto porque eu mesmo estou aprovando o seu afastamento para viajar.

ㅡ Isso é somente porque você é melhor amigo do Hyun-Suk, não é? ㅡ resolvi perguntar, encarando-o nos olhos. ㅡ pode falar.

ㅡ Tsc, claro que não.

ㅡ Qual é, Hajun. ㅡ Até mesmo Taeshin que apenas nos ouvia, falou. ㅡ eu nunca conheci um patrão que agisse assim, é claro que sua conduta de agora é levada em consideração pela sua amizade com Hyun-Suk.

Comentários

Os comentários dos leitores sobre o romance: Bela Flor - Romance gay