Resumo de Capítulo quarenta e oito – Uma virada em Bela Flor - Romance gay de Evy Maze
Capítulo quarenta e oito mergulha o leitor em uma jornada emocional dentro do universo de Bela Flor - Romance gay, escrito por Evy Maze. Com traços marcantes da literatura Erótico, este capítulo oferece um equilíbrio entre sentimento, tensão e revelações. Ideal para quem busca profundidade narrativa e conexões humanas reais.
Voltei para a sala e arqueei as sobrancelhas quando vi Taeshin perto das pastas.
ㅡ Juro que não mexi, só estava lendo.
ㅡ Sei. ㅡ sentei na minha cadeira antes que a perdesse outra vez e fui até meu computador. ㅡ o que você vai fazer hoje?
ㅡ Sexo.
O olhei rápido, mas ele apenas riu.
ㅡ Você é muito descarado, sabia?
ㅡ Faz parte, mas nem tô mentindo. Hajun me trouxe aqui porque estou sendo punido. Ontem a noite, enquanto ele dormia, convidei JiHo para foder no banho e ele aceitou. Daí agora meu dominador está irritadinho porque não participou. Mas ele parecia cansado, a gente só não queria acordar ele.
Neguei, nem sequer estava surpreso, era de se esperar algo como aquilo vindo deles.
ㅡ E como você está sendo punido?
ㅡ Ele disse que hoje não posso sair do lado dele. Me deixou ficar com o celular, mas não me deixou mandar uma mensagem sequer para JiHo, reclamando de como ele estava me provocando.
ㅡ Provocando?
ㅡ É, sabe, antes de você entrar na sala ele estava quase se tocando sobre a calça pra me provocar, você quem me salvou. Eu com certeza ia cair de boca bem ali.
ㅡ Mas só você tá sendo punido?
ㅡ Por enquanto, sim. JiHo está dando aula, não podia praticar com a gente. Mas a noite com certeza ele será punido, estou ansioso para ver meu baby tremendo de prazer.
ㅡ Ele parece gostar de ser dominado, não é? Às duas apresentações que assisti do Hajun, JiHo ficava cada vez mais entregue quando ouvia as ordens ou sentia os chicotes na pele.
ㅡ Baby gosta da dor, ele sente prazer nela. Eu não gosto muito, mas ele ama quando a pele fica vermelha e quando eu e Hajun cuidamos com amor dela logo depois.
ㅡ Porque você não gosta de dor?
ㅡ Você gosta? ㅡ ele retrucou.
ㅡ Acho que sim. Uma vez Hyun-Suk usou o cinto dele comigo, foi gostoso.
Taeshin sorriu sugestivo, o que me fez revirar os olhos.
ㅡ Não gosto da dor por motivo que doí. ㅡ contou, rindo. ㅡ mas gosto da força. Hajun tem jeito de usá-la sem me machucar. Por isso sou um brat, gosto de não obedecê-lo no início para que ele me force a lhe obedecer, assim é mais gostoso.
Sorri, estranhamente Hyun-Suk me veio à mente, mas tratei de afastar os pensamentos sobre ele e as práticas, sobre como nós nunca nos aprofundamos nelas.
Porque como ele mesmo me pediu no início, eu pesquisei bastante antes de aceitar ser seu submisso ou de aceitar a coleira que agora está guardada no fundo no meu closet.
E ainda existe uma imensidão de práticas a se testar.
ㅡ Tá, mas onde que entra o sexo nisso? ㅡ perguntei, tentando não pensar no meu namorado ou nele como meu dominador.
O resultado poderia não ser bom no momento porque sei que ainda não estou completamente lúcido para voltar a praticar com ele. O luto pode bagunçar a mente e bagunçou a minha por dias, tal como me restringi a voltar a viver porque me sentia culpado e precisava ficar sozinho, e como toda prática deve acontecer de modo seguro e consciente e não para apagar algo que ainda está como uma imensa bola de tristeza dentro de mim, eu respeitaria o meu próprio tempo.
E com certeza Hyun-Suk o respeitaria também.
Mas voltei o olhar para Taeshin, esperando por sua resposta.
ㅡ Pela manhã Hajun disse: Eu queria muito puni-los juntos durante a tarde inteira, mas como baby só estará livre a noite, o gatinho passará a tarde comigo e a noite me fará algo bom enquanto Baby observa, esse será o castigo. E se vocês forem bons garotos, prometo que lhes darei um bom agrado em seguida.
ㅡ E o que é? O que ele dará?
ㅡ Possivelmente o pau dele, o que, de fato, é algo bom. Mas Hajun gosta de nos mimar, então acho que ele vai nos levar a um hotel. Faz duas semanas que dei a ideia de irmos. É um hotel cinco estrelas, a suíte master tem simplesmente a vista mais linda de Seul, e foder sendo dominado por ele enquanto ele me faz intercalar a visão entre o baby completamente trêmulo usando algemas com um dildo vibrando entre as pernas, nos observando, e Seul vista de cima, deve ser uma delícia.
Neguei outra vez rindo.
ㅡ Espero que tenham uma boa noite, então.
ㅡ E você? ㅡ Taeshin sentou-se sobre a mesa de madeira, me olhando. ㅡ o que fará hoje?
ㅡ Vou jantar no Kim's.
ㅡ Mesmo? Depois da fofoca aquele lugar tem sido ainda mais procurado.
ㅡ As pessoas ainda estão revivendo aquelas fotos de Yujin saindo da casa de Noram?
ㅡ Pior, elas estão revivendo as novas fotos deles na mídia!
ㅡ Novas? ㅡ arregalo meus olhos, vendo Taeshin buscar o celular do bolso e buscar uma das matérias. ㅡ aqui. ㅡ ele me entrega o aparelho.
ㅡ Novo casal do momento. Após rumores sobre traição e divorcio, o empresário Kim Noram foi visto em um passeio romântico com o Chef Kim Yujin às margens do rio Han. Fotos revelam como ambos pareciam íntimos no momento. Até agora nenhum dos envolvidos negou o rumor, dando a entender que estão sim, juntos. ㅡ Precisei respirar fundo ao finalizar a leitura. ㅡ sinceramente, que pessoas mais intrometidas e sem noção. Até parece que eles estão fazendo algo proibido. Noram já se divorciou, não é? Ele tem direito de seguir em frente.
ㅡ Na verdade, ainda está em processo porque a tal esposa não quer aceitar que ele fique com o restaurante. Pelo que Hajun me contou, Noram e Yujin realmente se envolveram quando ele ainda estava casado, mas parece que é um casamento de aparências, então nem sei o porquê de estarem fazendo tantos alardes.
ㅡ É provável.
ㅡ E vai almoçar com o Hajun?
ㅡ Talvez, por quê?
ㅡ Ele te liberaria para sair comigo no horário de almoço?
ㅡ Porquê? Aonde vai?
Mordi meu lábio inferior, sentindo-me inseguro em lhe contar, mas sequer havia motivos de insegurança, era algo bom a se fazer por mim mesmo.
ㅡ Eu busquei o contato de algumas psicólogas boas, e... eu não sei, mas marquei um horário hoje. Será só uma hora, tenho duas de intervalo. Mas não queria ir sozinho, sei que ninguém entrará comigo, mas me sinto tão nervoso. Não sei quais perguntas ela fará, não sei se conseguirei me abrir, e nem se isso é mesmo o melhor a fazer...
ㅡ Claro que é. ㅡ Taeshin sorriu, tocando meu rosto. ㅡ te fará bem. E eu vou com você, nem que eu precise fugir do Hajun para isso.
Sorri e o agradeci. Taeshin me amassou em um novo abraço, suspirando quando eu o devolvi tão forte quanto.
Suas mãos tocaram minhas bochechas e seus olhos se conectaram com os meus. De modo íntimo, ele deixou um beijinho na ponta do meu nariz antes de dizer:
ㅡ Você não vai enfrentar nada disso sozinho, tá bem?
ㅡ Obrigado. Ainda não contei a Hyun-Suk, quero saber primeiro se isso será bom ou muito estranho, só depois conto a ele e vejo sua reação.
ㅡ Tudo bem. Passe na sala de Hajun quando estiver em intervalo, vou roubar o carro dele para nos levar.
Sorri outra vez, assentindo.
Taeshin me deu outro beijo, desta vez no centro da testa e se foi.
Voltei para minha mesa, ainda me sentia inseguro com tudo, mas talvez estivesse indo pelo caminho certo.
Terapia era o mais indicado para qualquer um que já não se sentisse mais capaz de lidar com os problemas sozinho, e seguindo essa lógica, eu queria me sentir melhor.
Parar de sentir culpa por quase tudo na minha vida, pelas mortes que se sucederam ao meu redor, e tentar, ao menos, ter uma perspectiva de futuro, por menor que fosse.
Eu queria voltar a me sentir vivo, útil e no controle do meu próprio corpo.
Talvez aquele fosse mesmo o melhor caminho a se seguir.
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