Resumo de Capítulo quarenta e nove – Bela Flor - Romance gay por Evy Maze
Em Capítulo quarenta e nove, um capítulo marcante do aclamado romance de Erótico Bela Flor - Romance gay, escrito por Evy Maze, os leitores são levados mais fundo em uma trama repleta de emoção, conflito e transformação. Este capítulo apresenta desenvolvimentos essenciais e reviravoltas que o tornam leitura obrigatória. Seja você um novo leitor ou um fã fiel, esta parte oferece momentos inesquecíveis que definem a essência de Bela Flor - Romance gay.
POV: Jaejun
Era meu intervalo. Estava a caminho da clínica onde havia marcado minha primeira sessão de terapia e me sentia calmo enquanto ouvia o som de "Angels Like You" junto a voz de Taeshin que cantarolava baixo.
Seus dedos batiam contra o volante, mas até mesmo aquilo não me incomodava.
ㅡ Hyun-suk tem uma cicatriz. ㅡ rompi o silêncio, suspirando e voltando meu olhar para Taeshin. ㅡ Ele tem uma cicatriz que conta como ele pensou em tirar a própria vida.
ㅡ O quê? ㅡ Taeshin diminuiu a velocidade do carro de Hajun e me olhou ao para num semáforo vermelho. ㅡ Como assim?
ㅡ Ele me mostrou há alguns dias quando estava preocupado comigo... ele pensou em tirar a própria vida.
ㅡ Meu Deus... eu nunca imaginaria algo assim dele.
ㅡ Esse tipo de coisa não fica estampada no rosto... Mas imagino se... sabe, ele disse que Sunhee quem o impediu, mas não sei se ela não tivesse feito isso, se Hyun-suk teria ido até o fim. Isso me faz arrepiar, não imagino um mundo sem ele.
ㅡ Não pense em nada disso, mas fale sobre tudo o que estiver dentro de você. Hyun-suk já está bem, não é?
ㅡ Ele disse que também fez terapia na época... ele já está bem. Superou a... morte dos pais dele. Espero conseguir fazer o mesmo pela vovó também.
ㅡ Esse pensamento é muito bom, Jae. A morte é dolorosa, ela mata um pedaço de quem fica aqui, mas não pode significar o fim para quem ainda tem muitas coisas pela frente. Você é jovem, é o nosso dongsaeng, o nosso irmão mais novo, precisa viver até os cem anos.
Ri baixo, ouvindo o som de "Summer of Love" iniciar e me aprumo sobre o banco de passageiro, olhando o painel do carro preto do meu chefe.
ㅡ Qual o modelo desse carro?
ㅡ Essa é uma BMW 320i, um dos xodózinhos do Hajun.
ㅡ É confortável. E é muito legal que ele tenha nos emprestado também.
ㅡ Emprestado? ㅡ Taeshin riu e negou. ㅡ Não, eu o roubei.
ㅡ Você o quê?
O carro parou em um novo semáforo, mas junto a isso, um sinal soou de modo que não alarmava, mas que deixava claro que algum problema havia acontecido.
O celular de Taeshin tocou. Ele o buscou enquanto eu tentava entender o porquê do sinal de alerta soava no carro, mas o vi arregalar os olhos e me mostrar que era Hajun ligando.
ㅡ E agora?!
ㅡ Atende, ué!
Taeshin respirou fundo e deslizou o dedo pela tela.
ㅡ Oi, sol do meu mundo.
ㅡ Kim Taeshin, eu posso saber onde está você e o meu carro?
ㅡ Calma, amor. Eu só precisei sair rapidinho.
ㅡ O que está fazendo? Volte para cá agora.
ㅡ Não posso. Estou em um daqueles momentos importantes.
ㅡ Ah é, com o quê?
Alertei Taeshin sobre o semáforo verde, mas lhe xinguei quando o vi pisar no acelerador para mover o carro enquanto ainda estava no celular.
Mas sequer o carro se moveu.
ㅡ Ai meu Deus, eu quebrei?! Hajun, pela santa do Jackson, eu acho que quebrei seu carro.
ㅡ Não, eu só o bloqueei.
ㅡ Quê? Como assim?
ㅡ Você roubou meu carro, Taeshin, então acionei o alerta que trava o carro.
O som de buzinas iniciou de forma alta. Arregalei meus olhos e vi Taeshin travar a mandíbula antes de respirar fundo e sorrir para a própria imagem no retrovisor.
ㅡ Vida, por favor, eu preciso ir. Estou com Jaejun, nós estamos indo a um lugar muito importante agora.
ㅡ Não está blefando? Kim Taeshin, eu te conheço.
ㅡ Jung Hajun eu vou levar a porra de uma multa!
ㅡ Ok, ok, mas, por favor, não faça mais isso, entendeu? Se queria sair assim e com o meu carro, ao menos avisasse. Fiquei preocupado. Não sou só o seu dominador, sou seu namorado!
O alerta parou e Taeshin enfim saiu de onde estávamos parados.
ㅡ Meu sol, não se preocupe, estou bem. Voltamos em algumas horas. Eu te amo, tá bem?
Sorri e o vi encerrar a ligação em seguida, atentando-se aos motoristas dos carros que ainda passavam ao nosso lado e xingavam de modo raivoso.
ㅡ Ah, vá caçar um cu pra cheirar! ㅡ Taeshin gritou em retorno para um dos motorista, me fazendo arregalar os olhos e querer sumir.
Ele riu quando virou a rua e me olhou, quase me fundindo com o banco do passageiro.
ㅡ Levanta daí, Jae.
ㅡ Nem doido! Cmo você pode gritar algo assim na rua?!
ㅡ Eles estavam me xingando também, não ouviu? Eu só revidei.
Neguei, desviando minha atenção para o GPS que indicava que a clínica estava próxima.
Precisei me organizar no banco e respirar fundo quando vi a fachada branca e verde logo a frente.
Taeshin estacionou. Ele me olhou, buscando a chave, mas sem abrir as portas.
ㅡ Se sente pronto?
Precisei respirar fundo outra vez, mas assenti.
Sai do carro com ele. Não queria ter de adentrar ali sozinho, então me aproximei de si e segurei firme em seu braço, não me importando se iriam nos olhar torto pelo toque.
A recepção ficava logo no início e a clínica estava parcialmente vazia, então a atendente no balcão nos olhou e sorriu de forma receptiva.
ㅡ Posso ajudá-los?
Assenti, mordendo o lábio inferior quando senti a insegurança me preencher.
ㅡ Ele tem uma consulta hoje. É com... ㅡ Taeshin me olhou, atento.
ㅡ Senhorita Lim Min-Ji.
ㅡ Ah, sim. Qual seu nome?
Atentei-me a um ponto nulo e lhe respondi:
ㅡ Jeon Jaejun.
ㅡ Certo, só um minuto.
Taeshin tocou minha mão, ela estava fria, mas ele a acariciou e sorriu para mim, talvez me dando um pouco mais de força para não desistir bem ali e ter de lidar com os meus problemas sozinho.
ㅡ Ah, encontrei. Ela está com um paciente, mas você é o próximo. Você só terá que preencher uma ficha e efetuar o pagamento previamente a sessão, tudo bem?
ㅡ É um pouco. ㅡ sorri ainda sem jeito, deslizando pelo sofá até que minhas costas estivessem apoiadas no encosto. ㅡ mas às vezes eles são barulhentos e bagunceiros.
ㅡ E isso te incomoda?
ㅡ Não. ㅡ neguei rápido, sorrindo um pouco mais. ㅡ eu gosto. Eles são as melhores pessoas do mundo.
Ela sorriu, cruzando as pernas de forma elegante, parecendo a vontade.
ㅡ Isso é muito bom, ter bons amigos é como dizem: melhora a saúde.
ㅡ Verdade. ㅡ assenti, vendo-a buscar um ipad que estava sobre a mesa. ㅡ estou analisando sua ficha. Você tem dezenove anos?
ㅡ Sim, eu... acabei de me tornar um adulto.
ㅡ Muito legal. Mas bem, como essa é a nossa primeira sessão, quero saber mais sobre você, está bem? Sei que você não nasceu em Seul, aqui diz que é de Busan, você pode me contar um pouco sobre quem é você?
Assenti novamente, brincando com os dedos. Contar quem eu era não seria fácil, não quando a minha vida se tornou uma bagunça ainda tão cedo, mas eu tinha ciência de quem precisaria falar para melhorar, mas respeitando o meu tempo, sem me forçar a algo que ainda não me sentia pronto para dizer.
Mas eu precisava dar o primeiro passo para a minha melhora.
ㅡ Bem, eu... nasci na cidade de Busan, numa tarde quente como a de hoje, no dia primeiro de setembro de mil novecentos e noventa e...
[...]
Quando a sessão se findou, me sentia um pouco menos ansioso. A conversa com a psicóloga sequer me pareceu uma consulta de fato, me senti à vontade, mesmo que um pouco nervoso sobre contar dos meus pais, Su-ji e a vovó já na primeira sessão.
Mas não tinha como contar sobre quem eu era sem citá-los.
Me despedi da senhorita Lim e a prometi voltar para nossa segunda sessão na semana que vem.
Taeshin estava completamente à vontade sobre a cadeira, atento ao desenho animado que passava na TV, mas me olhou e enfim me notou, erguendo-se depressa quando a médica o cumprimentou e voltou para a sala.
ㅡ E então, Jae?
ㅡ Foi tudo bem, Tae. Só preciso marcar a sessão da semana que vem, espera só mais um minuto?
ㅡ É claro, vai lá.
Me aproximei da recepcionista e marquei minha segunda sessão de terapia, aproveitando para efetuar o pagamento logo ali, tendo a certeza de que eu com certeza voltaria.
No carro, eu buscava por um restaurante perto da empresa para que eu e Taeshin pudéssemos almoçar, mas eu ainda sentia que ele queria perguntar sobre como havia sido de fato minha primeira consulta, e olhando-o quando semáforo parou, ri, fazendo-o me olhar.
ㅡ O que você quer saber?
Taeshin suspirou, abaixando os ombros.
ㅡ Você se sentiu melhor?
ㅡ Acho que só pelo fato de estar dando esse passo na minha vida, me faz sentir melhor. Mas a consulta não me deixou cem por cento alegre, sem pensamentos ruins, sabe? Fiquei a vontade, mas me trouxe um pouco de aflição porque eu tive que contar sobre minha história, quem eu era, e não havia como falar de mim sem contar dos meus pais que se suicidaram quando eu tinha só oito anos e da minha tia abusadora e de tudo o que ela fez com a vovó. Eu só... espero que nas sessões seguintes eu melhore um pouco mais, mas foi bom falar sobre mim mesmo para uma pessoa nova, disposta a me ouvir. Sei que vocês todos me ouvem, mas sempre tenho o sentimento de que estou enchendo vocês... Assim, ao menos, não me sentirei mal ao falar do desastre que é a minha vida.
ㅡ Você não enche a gente, Jae. Nós te amamos, só queremos o seu bem.
ㅡ E esse será o caminho para o meu bem-estar, Tae-ah.
ㅡ Tudo bem. ㅡ Taeshin sorriu e buscou minha mão para entrelaçar os dedos outra vez. ㅡ só saiba que estaremos sempre dispostos para você, tá bem? A qualquer hora, qualquer momento.
ㅡ Obrigado.
ㅡ Agora, o que me diz de comermos carne de porco? Tem um restaurante aqui pertinho que vende a melhor carne de porco de toda Seul.
ㅡ Não como carne de porco há muito tempo, quero ir lá.
Taeshin assentiu, seguindo para o endereço que parecia já conhecer bem.
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