Bela Flor - Romance gay romance Capítulo 52

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POV: Hyun-suk

ㅡ Como você tá?

Ouvi a pergunta de Yujin no segundo em que ele sentou na mesa na qual eu estava sozinho.

Estava no Kim's, não me sentia bem em almoçar sozinho, e mesmo que eu já tivesse marcado de ir ali à noite com Jaejun quando ele saísse da Jung's, havia decidido ir até o restaurante que meu melhor amigo era o chef.

Mas estava parcialmente vazio naquele horário, o que o fazia ter tempo livre para conversar comigo.

E talvez tenha sido exatamente por aquilo que eu tenha ido até o Kim's.

ㅡ Acho que estou bem.

ㅡ E como está o garoto? ㅡ Yujin suspirou, me olhando com aqueles olhos de irmão mais velho. Assenti, tentando dizer que ele também estava, mas Yujin inclinou o rosto para o lado, me pedindo a verdade.

ㅡ Ele está passando por um luto muito severo... Passou dias trancado no quarto sem que ninguém pudesse vê-lo, agora está voltando a trabalhar, mas...

ㅡ Mas?

ㅡ Não sei, tenho medo.

ㅡ Medo por quê?

ㅡ Por isso. ㅡ apontei para onde era minha cicatriz. Yujin comprimiu os lábios, ele entendia bem sobre o que eu falava.

ㅡ Vocês conversaram depois disso tudo?

ㅡ Um pouco. Jaejun me prometeu que ele não se machucou e está disposto a melhorar com ajuda profissional. Mas não quero forçá-lo a algo, então não sei como perguntar se ele já está pronto para buscarmos por um profissional.

ㅡ Fala de terapia?

ㅡ Sim...

ㅡ Você melhor do que qualquer um de nós sabe como fazer terapia é importante, principalmente após um evento tão grande como foi esse para ele. A morte da avó, a culpa da tia... quando você me contou sobre isso por mensagem, fiquei abismado. Imaginei como está sendo para aquele garoto ter que lidar com tudo isso.

ㅡ É exatamente isso que me amedronta. Eu nunca me importei com nada além de mim mesmo e vocês, mas com Jaejun está sendo ainda mais forte. Amá-lo me faz gastar mais energia do que necessário ao pensar muito sobre isso. Jaejun já sofreu tanto na vida, eu o prometi que ele seria somente feliz, mas parece que tudo só se torna pior, é uma lástima.

ㅡ Não pense muito no que já aconteceu, pense no que acontecerá. ㅡ Yujin diz, sorrindo quando o garçom se aproxima e serve meu prato. ㅡ coma, eu pedi para fazerem especialmente para você.

ㅡ Obrigado.

Ele me observa buscar um dos camarões envolto ao molho branco com macarrão. Experimentei, e sequer fiquei surpreso, estava divino.

ㅡ Você deveria comer junto a mim, Yujin.

ㅡ Queria, mas não posso. Volto para a cozinha em alguns minutos, consegui um pequeno intervalo com o chefe.

O olhei, cerrando os olhos.

ㅡ E aqueles boatos? Sobre você e Noram estarem juntos?

O observei olhar ao redor e assentir devagar.

ㅡ São verídicos. Estamos oficialmente juntos.

ㅡ Mas... e aquela notícia sobre... a traição? Como vocês estão lidando?

Yujin suspirou de modo pesado.

ㅡ Além de estar nos difamando, está apertando Noram a realmente vender o restaurante, mas ela se recusa a vender para ele. A ex-esposa de Noram está usando isso de modo proveitoso para sair como pobre coitada quando o casamento era puramente de interesses, eles nunca tiveram amor, sequer dormiam juntos, mas todos acreditam no que ela faz. E o pior de tudo isso é Doyun que está no meio desse furacão. Sinto tanto por ele, é só um garoto.

ㅡ O divórcio, como está o processo?

ㅡ Tiveram algumas reuniões para tentar acordos amigáveis, mas ela não quer abrir mão de metade do Kim's, mesmo Noram aumentando a proposta de pensão para ela.

ㅡ Ele terá que pagar pensão a ela?

ㅡ Sim, por dois anos. A pensão será separada da de Doyun, mas ela, de qualquer modo, não quis aceitar.

ㅡ Então ele terá que vender?

ㅡ Infelizmente, acho que esse será o fim.

ㅡ Você consegue um encontro com Noram para mim?

ㅡ Agora?

ㅡ Sim. Depois que eu comer, é claro.

ㅡ Acho que sim, mas porque? O que quer?

ㅡ Tenho uma proposta para ele. Se aceitá-la, tenho certeza que não será o fim do Kim's.

Foi a vez de Yujin cerrar os olhos para mim, mas tudo o que fiz foi sorrir, comendo um pouco mais do macarrão.

[...]

POV: Jaejun

Era fim do expediente.

Taeshin não estava comigo, depois que voltamos para a empresa, o chefe o mandou ir para a sala e logo avisou que não atenderia ligações mais durante todo o dia. Sorah quis fofocar, percebi no olhar dela quando saí da minha sala para buscar um café com chocolate na área dos funcionários e ela quis me acompanhar, ditando que era estranho o chefe não atender ligações só porque estava com um de seus namorados.

Não quis entregar fofoca e dizer que possivelmente estavam literalmente se comendo dentro da sala, mas até me surpreendi quando ela falou sobre os namorados, no plural e tudo, deixando transparecer que ela já sabia que Hajun tinha Taeshin e JiHo.

Mas naquele segundo, enquanto descia pelas escadas com uma disposição que sequer eu entendia estar tendo, recebi a notificação do amor da minha vida indicando que já estava em frente a empresa, me esperando.

Me animei, descendo os degraus mais rápido.

Quando cheguei na parte debaixo, Hyun-suk estava encostado em seu Bugatti, chamando tanta atenção quanto o carro por si só.

Ele vestia uma calça preta justa em seu corpo. Uma camisa social com as mangas erguidas para deixar a mostra um de seus relógios caros e os dois últimos botões abertos, mostrando a pele lisa e límpida de seu peito.

Seus cabelos estavam alinhados para trás, seus olhos estavam em mim, e quando me aproximei, ele se aprumou e deu apenas um passo, enlaçando minha cintura antes de tomar minha boca em um beijo quente.

Sorri, tocando seu peito. Hyun-suk mordeu meu lábio inferior, mas se atentou quando fechei um dos botões aberto de sua camisa, fazendo-o rir.

ㅡ Como você está, amor?

ㅡ Estou bem. ㅡ respondi, sentindo-o deixar um beijo na pele do meu pescoço, apertando ainda mais meu corpo contra o seu. ㅡ Hyun, as pessoas irão nos olhar assim.

ㅡ Que olhem. ㅡ disse, beijando meu queixo antes de me fazer fechar os olhos e me entregar ao novo beijo que deu, desta vez um pouco mais lento, me fazendo suspirar. ㅡ eles sentirão inveja do namorado que tenho.

ㅡ Até parece. ㅡ deixei um último selar em seus lábios e olhei para o carro. ㅡ porque veio com esse?

ㅡ Porque a Porsche é sua, eu te disse.

Neguei, mas Hyun-suk apenas sorriu, desviando os olhos para sobre meu ombro. Ainda seguro em minha cintura, ele cumprimentou Hajun que se aproximou junto a Taeshin. Parei ao lado do meu namorado, encarando a face sem vergonha do meu melhor amigo que tinha a boca vermelha e o sorriso maior do que tinha no início do dia.

ㅡ Iaê. ㅡ Hyun-suk fez um pequeno high-five com Hajun. Meu chefe apertava a cintura de Taeshin com afinco, tal como Hyun-suk fazia comigo, mas desviou os olhos para mim.

ㅡ Estão indo para a casa?

ㅡ Não, nós vamos jantar no Kim's. Tá a fim?

ㅡ Adoraria, mas tenho que ir para a casa. JiHo está nos esperando.

ㅡ Entendi.

Outra vez Taeshin sorriu cúmplice para mim, deixando claro como estava animado para a noite com os namorados.

ㅡ Beleza, a gente se vê depois.

Hyun-suk se despediu de Hajun e eu de Taeshin. Quando se foram, vi meu namorado dar a volta no carro, abrindo a porta do passageiro para que eu entrasse.

Caminhei ainda sentindo os olhares em nós dois e lhe agradeci antes de entrar.

Coloquei o cinto de segurança, o observando dar a volta no carro para enfim entrar.

ㅡ Todos estão admirados com o seu carro, Hyun. ㅡ falei, vendo alguns homens que trabalhavam na empresa comentando e até apontando para o Bugatti.

Hyun-suk pôs o cinto de segurança também e os olhou.

ㅡ É um belo carro.

Senti sua mão buscar a minha para entrelaçar os dedos quando enfim deu partida no carro e rumou para o Kim's.

ㅡ Como foi o seu dia, meu bem?

Brinquei com os dedos de Hyun-suk sobre os meus, pensando se deveria lhe contar sobre o que havia feito.

ㅡ Foi tranquilo.

ㅡ Mesmo?

ㅡ Uhum, e o seu?

ㅡ Ah, eu almocei com Yujin, não quis comer sozinho e nem na empresa.

ㅡ Que legal, e como ele está?

ㅡ Bem, os rumores tem o deixado um pouco abatido, mas ele disse que está bem. Também falei com Noram.

ㅡ Sobre os rumores?

ㅡ Também, mas fiz uma proposta a ele.

ㅡ Qual proposta? ㅡ me atentei a novidade.

ㅡ Como a licença para a nova empresa está em andamento e o terreno tem um espaço muito bom e espaçoso, ofereci a ele a proposta de fazer um novo Kim's ao lado da Park's. Como o padrão da nova empresa será elevado, propus entrar com cinquenta por cento do montante e assim nos tornarmos sócios.

ㅡ Mas você entende de restaurantes?

ㅡ Um pouco, acho que já te falei que há algumas empresas que sou sócio e, mesmo não ativamente, consigo entender um pouco sobre cada uma, principalmente os restaurantes que meu sobrenome também rege. Mas essa é uma proposta mais amiga do que profissional, Yujin me contou sobre o inferno que está sendo para ambos e principalmente porque Noram tem um filho, a criança não deveria estar vendo os pais brigarem por um restaurante como estão.

ㅡ Mas e então, ele aceitou?

ㅡ Ele disse que analisaria a proposta, precisa fazer pesquisas para saber se ali ele terá clientela, mas é óbvio que ele irá aceitar, amor. Além de estar no centro de Seul, num bairro nobre, noventa por cento dos meus clientes são homens e mulheres ricos, então sempre haverá alguém para ir até lá, além que a fama do Kim's não é boba, ele é o melhor restaurante de Seul. Se Noram se desfazer do que tem agora e aceitar essa proposta, ele estará se livrando de mais difamações, ameaças parvas da ex-esposa e aumentará o lucro notoriamente. Ele viverá tranquilamente se aceitar.

ㅡ Woah, então espere que ele aceite. Yujin parece ser uma pessoa tão legal. Mesmo não o conhecendo como conheço Hajun um pouco melhor dentre seus amigos, quero vê-lo feliz. E se Noram agora é o namorado dele, quero que ambos sejam felizes.

Hyun-suk me olhou, completamente sorridente.

Senti meu estômago embrulhar, me sentindo mal por não lhe contar sobre a terapia.

ㅡ Hyun? ㅡ chamei baixo, desviando meus olhos para o painel do carro. Ainda sentia os dedos dele presos aos meus, e a sensação era boa. ㅡ eu... preciso te contar algo.

Hyun-suk manteve-se atento, mesmo com o carro em movimento.

ㅡ Hoje eu fui a psicóloga.

Seu pescoço girou em minha direção, seus olhos saltaram.

ㅡ Olha pra frente! ㅡ pedi, rindo quando ele assentiu depressa e arrumou a postura no banco do motorista.

ㅡ E... hm, como foi? Você já teve a primeira sessão de terapia, ou só foi na clínica e...

ㅡ Não, eu tive a primeira sessão hoje.

ㅡ Mesmo? ㅡ ele me olhou rapidamente outra vez. ㅡ e... você tentou me ligar? Eu não vi. Você me ligou para ir com você?

ㅡ Não, Hyun. Eu... não sabia se deveria te contar logo. Sabe... eu não sabia se iria ser bom ou não.

ㅡ Entendo. Mas... foi bom?

ㅡ Acho que sim. Taeshin foi comigo, ele estava na empresa e então eu já não quis mais ir sozinho. Me desculpa, tá?

ㅡ O quê? Não se desculpe por nada, meu bem. Não mesmo, fico feliz que tenha ido com uma pessoa que confia como Taeshin. Eu ficaria mais preocupado se você de fato tivesse ido sozinho.

ㅡ Ele segurou minha mão até que eu entrasse no consultório.

ㅡ E como foi lá?

ㅡ Foi bem estranho. Quer dizer, eu me sentia à vontade, a psicóloga de fato é boa, ela iniciou a consulta sem que eu sequer percebesse, quando vi já estava contando sobre quem eu era. Mas essa parte me deixou um pouquinho nervoso por ter que falar dos meus pais, da diaba da Su-ji e da... vovó. Eu... marquei para retornar, terei uma segunda sessão na semana que vem.

ㅡ Que bom, amor. ㅡ Hyun-suk apertou minha mão e a levou até a altura de sua boca, deixando um beijo no dorso. ㅡ não sabe como isso me faz ficar ainda mais orgulhoso de você. Amo a sua coragem e sua vontade.

Sorri, encostando minha cabeça em seu ombro, observando a avenida movimentada.

ㅡ Isso vai atrapalhar a nossa viagem, não é?

ㅡ Claro que não, eu te disse que iriamos quando pudéssemos ir.

ㅡ Mas você queria ver a neve comigo...

ㅡ A neve em Berlim dura um bom tempo, então podemos ir até o final de janeiro. Podemos ver a primeira neve aqui mesmo em Seul, será em alguns dias. Podemos fazer um passeio de namorados.

ㅡ Eu iria adorar, Hyun.

Não ousei desencostar do ombro de Hyun-suk até que estivéssemos estacionando de frente com o Kim's e outra vez fossemos o centro dos olhares.

Hyun-suk segurou minha mão, entrelaçando os dedos outra vez para caminharmos juntos, e como ele já era bastante conhecido no lugar, apenas seguindo a maître até a mesa reservada, onde pedimos o vinho mais suave que havia na carta, junto ao prato especial do chef para a noite.

Nossas taças foram servidas, e Hyun-suk fez questão de brindar comigo.

Bebi o líquido e o apreciei, sentindo que, mesmo não estando plenamente bem ainda, poderia me dar ao desfruto de um bom jantar ao lado de quem eu amava.

Porque era certo, poderiam haver dias em que eu me sentisse sozinho no mundo, mas de fato não estava. No fundo eu sabia daquilo. E aproveitando a companhia do meu Park, quis me sentir bem pela primeira vez após de todo o mar de tristeza que me sucumbiu.

Eu merecia ter um dia bom. O primeiro de muitos que lutaria para ter.

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