Leia 04. A Nova Serva com muitos detalhes únicos e culminantes. A série Capturada pelo Alfa Cruel é um dos romances mais vendidos de GoodNovel. O capítulo 04. A Nova Serva mostra a heroína caindo no abismo do desespero e da angústia, de mãos vazias, mas, inesperadamente, um grande evento acontece. Então, qual foi esse evento? Leia Capturada pelo Alfa Cruel 04. A Nova Serva para mais detalhes.
Stefanos
Saí do salão sem olhar para trás. A porta se fechou com um baque seco, selando minha decisão.
"Leve-a para os aposentos das criadas," ordenei ao guarda mais próximo. "Diga que troque essa roupa imunda e se apresente a mim vestida como uma serva."
O soldado assentiu, mas hesitou.
"Ela… vai resistir, Alfa."
Soltei um suspiro curto, passando a língua pelos dentes. Óbvio que resistiria. Ela ainda não entendia que resistência era inútil.
"Então ensine a ela," respondi, cortante. "Mas sem marcas visíveis. Ainda preciso do que ela sabe."
O guarda acenou e entrou na sala.
Eu segui pelo lado oposto.
Meus passos ecoavam pelo piso de mármore, mas minha mente estava em outro lugar.
Nas marcas dela.
As cicatrizes nos pulsos e tornozelos falavam de algo brutal, mas isso não me surpreendia. Muitas lobas capturadas carregavam cicatrizes.
O que me intrigava era outra coisa.
Os calos específicos nas pontas dos dedos.
Aquilo não era de esfregar chão.
Não era de carregar caixas, lavar roupas ou qualquer outro trabalho doméstico.
Era algo mais refinado.
Algo que exigia precisão.
Ela mentiu.
Eu soube disso no momento em que abriu a boca.
Mas agora...
Agora, eu queria saber por quê.
Fechei os olhos por um segundo.
Os olhos azuis profundos, ardendo de ódio.
A boca carnuda, sempre cerrada, como se engolisse os insultos que queria cuspir.
Minha mandíbula travou.
Isso não importava.
O que importava era descobrir quem diabos ela realmente era.
E por que Solon a escolheu.
Entrei no escritório, me jogando na cadeira de couro. Peguei o celular e disquei um número.
O telefone tocou três vezes antes que o Alfa Supremo atendesse.
"Espero que tenha informações úteis, Stefanos."
Revirei os olhos, recostando-me na cadeira. "Claro, senhor. Sempre tenho."
Ouvi sua respiração do outro lado. Curta. Carregada.
"Fale."
"Interrompi um sacrifício em massa durante a invasão à Alcateia Invernal."
O silêncio veio. Curto, mas denso.
"Sacrifício?" Sua voz baixou, tensa. "Do que está falando?"
Inclinei-me sobre a mesa, passando os dedos pela madeira escura.
"Solon estava sacrificando seis de suas esposas. O prazo delas expirou."
"Expirou?" O rosnado veio forte pelo telefone.
"Se não engravidam em seis meses, ele as mata em nome da Deusa."
Outro silêncio pesado.
"Então é assim que ele resolve sua incompetência?"
O Alfa Supremo não disfarçava o ódio em sua voz.
"É por isso que estamos perdendo fêmeas." Sua fúria era palpável, densa como uma tempestade prestes a desabar. "Sequestram lobas para substituir as que são sacrificadas. Enquanto isso, alcateias menores são dizimadas ou absorvidas por alfas desesperados, famintos por poder e por herdeiros."
Ele fez uma pausa, como se pesasse suas próximas palavras.
"E Solon não é o único." Sua voz era fria, carregada de algo pior que indignação, era certeza. A certeza de quem já viu esse ciclo se repetir. "O número de fêmeas desaparecidas está alto demais. Isso não é coincidência."
Cruzei os braços, sentindo meu lobo se agitar sob a pele. "Está me dizendo que ele não é o único fazendo isso?"
"Não." A resposta veio seca, cortante. "Mas é o mais imprudente. O mais óbvio. Um exemplo do que acontece quando alfas deixam a superstição substituir a razão."
Minha mandíbula travou. "Quantos mais estão envolvidos?"
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