Casada por acidente com o CEO romance Capítulo 103

Edineide Santos da Rosa

Me neguei a usar calça, coloquei um vestido soltinho e uma sapatilha, o Ulisses me pareceu bem simples, e foi isso Que mais me ajudou a decidir na hora de aceitar esse encontro.

Aquele dia ele estava com um carro bem simples, e usava roupas básicas, não gosto de ricos, é difícil encontrar um rico bom como o Louis, a maioria são como o Igor, e por lembrar nele, o dele continua reservado.

Olho no espelho conferindo o cabelo, e o meu brinco discreto, o pretinho básico sempre dá certo, então não vou esperar muito da noite de hoje, é melhor não criar expectativas como da última vez, a vantagem é que hoje sei quem vou encontrar e não precisarei contar com a sorte como naquela noite.

Vi que um carro entrou pelo jardim e já comecei a fazer o sinal da cruz... “Que não seja o Igor, que não seja o Igor”, fiquei repetindo, afastando a má sorte.

Que droga, não era conhecido o carro, e vi que era muito chique, deveria ter custado uma fortuna... ah, não! Só pode ser o Igor, olhando as portas, aquilo abre por onde?

Encostei na mesa da varanda, arrumando a minha bolsa, de hoje não passa uma boa atacada nesse Igor...

Quando ele desceu, estava com um buquê de flores enormes, e estranhei... seria uma nova obra?

— Bom noite, Edineide! — Aquela voz grossa de me fazer arrepiar, uma roupa mais sofisticada e aquelas flores que me tiraram o ar, fiquei olhando para o Ulisses, que estava a cara da riqueza.

— Cadê o seu carro? — não me aguentei e perguntei logo. Ele veio perto de mim e me beijou no rosto, parecia até que jogou o frasco todo de perfume na cabeça, o seu cheiro me deixou tonta. — Não tenta me distrair, não, bonitão.

— Nossa! Esperei pelo menos por um... — gesticulou — Boa noite, Ulisses! Estava ansiosa...

— Cadê o carro? — eu repeti a pergunta e ele me olhou incrédulo, negando.

— Vai me dizer que gostou mais do outro? Porque daí complica, terei que pegar emprestado de novo... — me aliviei, eram todos emprestados.

— Ah, não! Foi só pra descontrair! — falei movendo as mãos, nervosa.

— Por isso me encantei com você! Nunca vi uma mulher tão transparente e faz o que quer, assim sem pensar nas coisas! Gosta de flores? — só agora me entregou as belas flores que trouxe.

— Obrigada, são lindas! Eu vou colocá-las aqui na varanda, ficarão lindas, aqui! Depois levo para o meu quarto! — me deu um sorriso maroto.

— Vamos?

— Claro... — ele abriu a porta do carro e fiquei olhando, tentado descobrir quem teria emprestado um carro tão caro para ele, mas ele logo começou a conversar e esqueci o assunto.

Estranhei quando chegamos no cais.

— O que estamos fazendo, aqui?

— Preparei um passeio de barco, hoje você vai conhecer alguns dotes, meus! — Piscou, e precisei me abanar, do que ele estava falando? Eu e ele? Num barquinho, e sozinhos? Só consigo imaginar sexo! Me acabei ainda mais.

Ele abriu a porta, e descaradamente me prendeu no carro, depois tentou disfarçar que olhava o mar, só para eu ficar sentindo aquele cheiro maravilhoso do perfume dele, presa no carro.

— Você gosta de barcos? — ficou bem perto e o meu coração acelerou.

— Tem coletes? — perguntei e ele olhou para chão, sorrindo.

— Acho que vou fazer diferente... você confia em mim?

— Claro que não, nem morta! — ele gargalhou.

— Adoro as suas respostas, Edineide! Mas, agora vou falar uma coisa séria... — me olhou nos olhos, e agradeci de estar bem encostada no carrão emprestado, dele.

— Pode falar... — O vi se afastar um pouquinho e tirar a gravata,,, me encarando com aquele mesmo semblante de cafajeste, que deve decorar as falas e falar igualmente com todas.

— Não vale trapacear, hein? Eu sei muito bem que essa gravata não esconde a sua visão, mas vamos utilizá-la para a surpresa que preparei, então você vai fechar os olhos e fingir que ela cobre tudo... — eu nem sei se ouvi direito, porque fiquei prestando atenção naquela gola que ele abriu mais e... — Edineide?

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