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Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque romance Capítulo 765

“Lisandra”

Eu já estava me sentindo melhor, mas ainda aguardava os resultados dos exames no hospital. O Flávio estava sentado ao meu lado, ele quis saber o que tinha acontecido e porque o Patrício não estava comigo. Eu estava tão sobrecarregada que acabei me abrindo com o meu irmão e contei tudo pra ele, mas eu não devia ter feito isso, porque ele ficou furioso. Eu percebia toda a sua tensão e já estava ficando ainda mais nervosa também. E eu já estava impaciente ali naquela maca quando o Vinícius entrou na sala de atendimento.

- Boas notícias, Lisa, os resultados dos seus exames saíram. – O Vinícius entrou com aquele jeito amigável e alegre.

- Que bom, porque eu já quero ir embora. – Eu respondi.

- Não sei porque ninguém gosta de hospital? – O Vini brincou e eu ri. – Vamos lá, moça, deixa eu ver se te libero ou se te interno.

- Internar? É grave, Vini? – O Flávio deu um pulo da cadeira.

- Não, não é não. – O Vinícius sorriu para o meu irmão. – Foi só uma brincadeira, Flávio. Mas, Lisa, você tem direito ao sigilo, então se não quiser que o seu irmão saiba do seu estado de saúde ele terá que sair.

- Não, tudo bem, doutor. Pode dizer, o que eu tenho? – Eu sorri, sabia que se pedisse para o Flávio sair ele quebraria o hospital.

- Bom, você está com uma infecção de garganta, então precisa de antibióticos. Sua hipoglicemia, pelo que vejo, foi pontual, nada com o que se preocupar, foi apenas efeito de muitas horas sem se alimentar. A Febre é por causa da infecção. E o demais foi estresse, o que também baixa a imunidade e por isso você fica mais suscetível a gripes, resfriados e infecções.

- Só isso? – Eu perguntei aliviada.

- Sim! Você precisa sair desse quadro de estresse, então identifique a fonte e elimine se for possível. – O Vinícius indicou.

- Ah, mas pode deixar que eu mesmo vou eliminar essa fonte de estresse. – O Flávio comentou e eu sabia que ele se referia ao Patrício.

- Flávio, por favor, se acalma. – Pedi ao meu irmão, mas foi como jogar palavras ao vento.

- Aqui está a prescrição dos antibióticos, analgésicos e antitérmico. Você deve tomar os antibióticos por quatorze dias, os outros só em caso de dor ou febre. – O Vinícius me explicava a receita aviada. – Vou pedir que você se alimente bem e ingira muito líquido. E se voltar a se sentir mal, venha me ver, será um prazer atendê-la. – Ele sorriu pra mim e eu o agradeci pela gentileza. – Aqui está a sua alta. A enfermeira já vem te ajudar a se trocar.

- Muito obrigada, Vinícius. – Agradeci ao final e ele se retirou.

O celular do Flávio tocou e ele olhou para a tela completamente furioso. Eu já imaginava quem estivesse ligando. A enfermeira entrou e me ajudou a me levantar e calçar meus sapatos. Ela me entregou a minha bolsa e eu procurei o celular, mas estava descarregado. Eu saí dali e encontrei o Flávio voltando para me encontrar.

Na casa do Flávio, a minha mãe e a tia Lucinda me ajudaram a me deitar e providenciaram uma sopa deliciosa pra mim. Enquanto eu tomava a sopa eu sentia os olhos ansiosos das duas sobre mim.

- Podem falar. – Eu disse antes de colocar mais uma colher de sopa na boca.

- Lisa, você não acha que está exagerando um pouco? É natural que o Patrício esteja preocupado com aquela moça. – Minha mãe me perguntou. É claro que o Flávio já havia contado tudo para a família inteira.

- Está maluca, Inês? É claro que ela não está exagerando! Onde já se viu, ficar preocupado com a ex enquanto deveria se preocupar com a namorada? O Patrício está muito errado e ele vai me ouvir! – Tia Lucinda parecia tão brava quanto o Flávio.

- Lucinda, o Patrício tem um bom coração, só isso! – Minha mãe tornou a defendê-lo.

- Isso não é ter bom coração, Inês! É ser estúpido mesmo! – Tia Lucinda pegaria pesado com o Patrício. – Ai, minha querida, me desculpe por você estar passando por isso. – Ela segurou a minha mão.

- Gente, está tudo bem. O Patrício fez o que ele achou que era o certo. Eu fiquei com ciúme e chateada por ele dar tanta importância assim para aquela moça, mas está tudo bem. – Tentei acalmar as duas mães ao meu lado na cama. - Agora, se vocês não se importarem, eu gostaria de dormir um pouquinho, estou com tanto sono!

Eu estava muito cansada e os remédios, que o Flávio já tinha comprado antes de chegar em casa, pelo visto me dariam mais sono. Minha mãe e a tia Lucinda saíram do quarto levando a bandeja e eu me deitei. Logo o sono me abraçou e eu adormeci. Acordei com o som de vozes abafadas vindo do lado de fora da porta, como se uma confusão estivesse instalada. Eu tinha certeza que o Patrício estava ali. Eu me virei para o outro lado e fechei os olhos ignorando totalmente aquele barulho. E não demorou para eu dormir de novo.

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