“Irina”
O que será que tinha acontecido naquela audiência? Desde aquele dia o Leonel estava mais quieto, quase mudo, trancado naquela biblioteca quase o dia todo todos os dia. Não que eu estivesse achando ruim. Eu estava aproveitando que o Leonel andava meio off, é claro, e estava visitando o meu novinho todos os dias.
Eu tinha que aproveitar, pois estava cada vez mais complicado que eu conseguisse escapar e eu já estava com horror ao Leonel. Agora ele inventava coisas, depois daquele dia em que ele trouxe duas prostitutas a coisa ficou cada vez pior, ele começou a arrumar brinquedinhos e estava cada vez mais pervertido. É, a minha sorte de fato era que o instrumento dele era pequeno e fino, ou eu nem estaria andando mais.
Mas no dia anterior eu escapei para ver o Lucas, aquilo sim era homem, novinho, gostosinho, cheio de energia. E eu estava precisando tanto de um homem de verdade, que acabei me atrasando e chegando tarde em casa. E quando eu cheguei, o Leonel já tinha chegado e estava trancado na biblioteca de novo, segundo a governanta, há muito tempo e pediu para não ser incomodado. Eu aproveitei a ordem dele para dar a minha desculpa, mandei a governanta dizer a ele, caso perguntasse, que eu já tinha chegado há muito tempo e não queria incomodá-lo. Ai dela se não fizesse o que eu mandei.
Mas o Leonel não apareceu no quarto, eu até fiquei feliz com isso, porque o Lucas sim me deixou toda dolorida, então uma noite bem dormida era tudo o que eu precisava. Mas eu confesso que achei estranho o sumiço e o silêncio do Leonel. Até porque, nessa manhã, ele também não me perguntou nada, estava completamente mudo, como se estivesse bem longe dali. Mas eu estava curiosa, queria saber como tinha sido a audiência, afinal, me interessava muito que ele conseguisse interditar a idiota da Anabel, mas ele não tinha dito nada em dias.
- Querido, você ainda não me contou como foi a audiência com a Anabel naquele dia? Você está muito chateado, fala comigo, deixa eu te ajudar. – Eu perguntei com toda delicadeza, me fazendo de bem intencionada, como se estivesse muito preocupada com ele, mas na verdade eu só estava preocupada com o dinheiro.
- A audiência, Irina? O que eu posso dizer? Foi reveladora. – O Leonel respondeu sem nenhum humor, parecia emburrado com alguma coisa.
- Mas o que o juiz decidiu? – Eu queria saber logo quando colocaria as mãos no dinheiro da Anabel, porque assim que isso acontecesse aquela chata e o Leonel deixariam de respirar. Ai como eu me arrependo de não ter dado um jeito nessa garota quando ela morava comigo!
- O juiz ainda não decidiu, Irina, foi só uma audiência para saber se havia alguma forma de a Anabel e eu nos entendermos, como não há, o juiz vai decidir o caso, mas isso vai demorar uns dias. – O Leonel não estava me contando tudo, eu tinha certeza que não. Alguma coisa havia acontecido naquela audiência, ele estava muito estranho.
- Mas como foi se encontrar com a Anabel? Onde ela está vivendo? Quando você vai pegá-la? Ora, Leonel, você está muito sossegado, nós temos que resolver isso logo! – Eu acabei me irritando com a postura indiferente dele com a situação.
- Chega, Irina! Quem toma as decisões aqui sou eu. E ao invés de ficar aqui me atormentando você deveria ir visitar a sua filha. Hoje não é dia de visita? – O Leonel realmente estava com um humor péssimo.
Só que eu queria muito saber o que havia acontecido naquela audiência. Mas como eu saberia? Se pelo menos o advogado fosse o Isidoro, eu poderia perguntar a ele. Mas não, a Ilana tinha que aprontar. Ela foi completamente estúpida em fazer aquilo, tentar matar o advogado sendo que ainda precisávamos dele, onde já se viu?! E o novo advogado era uma múmia, não falava nada se não fosse a portas fechadas com o Leonel.
Antes, se fosse o Isidoro eu tinha certeza que ele me ajudaria, mas agora, ele me enterraria se eu pedisse algum favor. Maldita Ilana! Garotinha mimada! Ela me prejudicou muito. Eu queria me livrar dessa família logo, mas depois da idiotice que a Ilana fez ficou tudo mais difícil.
- Ah, querida, sabe o que é? Eu pensei melhor, fui muito grosseiro com você hoje, eu estava meio mal humorado e descontei em você. Me desculpa. E para compensar, eu mesmo vou te levar até o presídio e vou te esperar. – O Leonel falou com aquela voz mansa que ele usava recentemente comigo, como se estivesse sendo falso.
- Querido, imagina! Eu entendo. Não se preocupe. Fica quietinho em casa, descansando. Eu não quero que você fique estressado vendo o lugar horrível que a nossa menina está. – Eu tinha que me livrar desse velho ou ele estragaria meus planos.
- De jeito nenhum, nós vamos dividir esse fardo. Eu faço questão de ir com você. Vou levá-la e te espero no carro. Eu queria tanto ver nossa filha, mas o advogado acha melhor que eu não a visite ainda. Vem, vamos no meu carro. – Ele foi me levando em direção ao carro dele e abriu a porta.
- Mas... mas... – Eu tentava pensar em uma saída, mas não encontrava nenhuma.
Dessa vez eu tinha me dado mal, teria que visitar a Ilana naquele lugar. Ah, mas ela ia ver só! Isso era culpa dela. Onde já se viu, uma mulher como eu, fina, elegante, da alta sociedade, fazendo visita em presídio chechelento? Não, isso era demais para mim!
Droga e eu bem pensando que curtiria o dia com o meu gatinho gostoso. Ah, mas esse velho ia me pagar, esse ia morrer com requintes de crueldade. Minha vontade era cortar aquela mixaria que ele tinha entre as pernas e deixar sangrar até a morte! Mas, infelizmente não poderia ser assim, eu teria que matá-lo de uma forma inteligente, uma forma que ninguém suspeitasse, tinha que parecer que era “morte natural”... e eu já tinha algumas idéias para ele!

Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque
Amei saber que terá o livro 2. 😍...
Que livro lindo e perfeito. Estou amando e totalmente viciada nesse livro. Eu choro, dou risadas, grito. Parabéns autora, é perfeito esse livro 😍...
Está sempre a dar erro. Não desbloqueia os capitulos e ainda retira as moedas.😤...
Infelizmente são mais as vezes que dá erro, que outra coisa......