Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque romance Capítulo 933

“Anabel”

Eu entrei no banheiro e parei em frente ao espelho. Eu me observei por um momento e pensei no quanto gostaria que aquele exame de DNA tivesse dado negativo, porque nesse momento, ser filha do Leonel, me enchia de raiva e vergonha.

Eu me abaixei na pia e lavei o rosto, quando me ergui, pelo reflexo no espelho, eu vi a Rosana e a Joyce. Elas não pareciam amigáveis e eu decidi ignorar. Peguei a toalhinha sobre a pia sequei o meu rosto e as minhas mãos e depois a descartei. As duas permaneciam ali, me encarando. Quando eu me virei para sair, senti a mão fria da Rosana segurar o meu braço.

- Eu te recebi em minha casa, com gentileza, com boa vontade. E o que você fez? Destruiu o meu casamento. – A Rosana reclamou.

- Acho que você está enganada, Rosana. Não fui eu quem destruiu o seu casamento, foi a Viviane. – Eu respondi e tentei sair, mas elas me seguraram.

- Não se faça de sonsa, Anabel! – A Joyce reclamou. – Você é uma egoísta! Depois de toda a confusão que aquele primeiro vídeo causou, você veio aqui e nos destruiu de novo.

- Eu destruí vocês, Joyce? Me explica como? Foram vocês duas que me infernizaram todos esses anos, me acusaram de algo que eu não tinha feito. – Eu respondi e a encarei.

- Não se faça de santa! Você fez o meu pai pedir o divórcio, sabia? E fez o meu noivo romper comigo, por causa daquele vídeo! – A Joyce me acusou.

- Joyce, eu apenas me defendi. Vocês me acusaram por anos de algo que eu não fiz, fizeram eu parar de frequentar todos os lugares porque vocês duas se ofendiam, com a minha presença. Vocês me perseguiram. – Eu puxei o meu braço do aperto delas e as encarei.

- E nós vamos fazer pior agora! – A Rosana ameaçou.

- Minha nossa! Será que vocês duas entenderam que quem estava naquele vídeo era a Viviane? Vocês entenderam que ela e o Ivan ainda tem um caso? – Eu as encarei sem acreditar no que estava acontecendo ali.

- E você acha mesmo que eu não sabia disso esse tempo todo, sua idiota? É claro que eu sabia! Eu soube dois meses depois que aquele vídeo surgiu na internet. – A Rosana contou.

- Como é que é? – Eu não podia acreditar no que estava ouvindo.

- Por que você acha que eu continuei amiga da Viviane, sua lesada? – A Joyce me encarava com raiva. – Ela é uma chata, sem classe, não tem nada a ver comigo, eu nunca a suportei e você sabia disso. Mas eu a mantive por perto, sob controle.

- Espera! Que loucura é essa? – Eu estava chocada.

- Sua idiota! Eu sempre soube desse casinho ridículo do meu marido. Mas ele continuava casado comigo e jamais iria me deixar. Ele tinha aquela vagabunda para diverti-lo, mas mantinha a nossa imagem de família unida, perfeita, feliz. Aquele vídeo tinha ficado no passado e eu te infernizava só por diversão, para descarregar em alguém a minha frustração por ter que suportar a amante. E para ela saber o que eu faria se outro vídeo vazasse. – A Rosana confessou.

Tantos anos sendo humilhada por pura diversão. Aquelas mulheres eram loucas! Tudo o que elas me fizeram passar, toda a vergonha, o isolamento, as surras que o Leonel me deu. Minha nossa, foi tudo uma conjunção de vontades de pessoas más. E eu percebi que tudo o que eu passei foi uma reação em cadeia, iniciada pelo Isidoro com a fofoca sobre a minha paternidade, à partir daí, tudo foi acontecendo como se cada um me empurrasse um pouquinho até eu cair no abismo.

- Você tem idéia do quanto isso é doentio? – Eu olhava para aquelas duas horrorizada.

- Doentio? – A Joyce riu. – Diga o que você quiser, mas a culpa é sua, toda sua! No dia que você mostrou aquele maldito vídeo, o meu pai saiu daqui correndo atrás daquela vagabunda e ele saiu de casa e pediu o divórcio. E o meu noivo, nem esperou, aqui mesmo ele pediu o anel de volta e rompeu comigo, disse que não poderia se casar com alguém que não tivesse boa reputação, que atrapalharia a vida dele. Ele terminou comigo e a culpa é toda sua.

A Joyce se aproximou mais de mim e eu senti o perfume doce e enjoativo dela mais de perto, alguma coisa se revirou no meu estômago e eu não consegui sequer me virar, eu coloquei todo o conteúdo do meu estômago pra fora nos pés dela.

- AAAHHHH! – Ela gritou e sapateou. Eu dei um passo para trás. – Sua porca! Ordinária! Você vomitou em mim! Eu vou acabar com você!

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