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Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque romance Capítulo 1038

“Hana”

Trabalhar com o Fernando era muito tranquilo, ele era sempre muito educado e nem um pouco folgado, sempre muito calmo, quer dizer, quase sempre, ontem ficou bem agitado no fim da tarde e saiu correndo antes do fim do expediente. Mas em geral, estava sendo bem agradável. E tinha a Melissa e eu fiquei fã da Melissa, cheia de atitude. Achei que ela fosse ficar brava comigo ontem, mas pelo contrário, levou as coisas com tranquilidade. O melhor é que ela pediu ao amigo delegado para investigar aquele cara.

-Hana, você vai! – O Dr. Vinícius apareceu na recepção da diretoria já determinando que eu iria não sei onde.

- Vou, onde você precisa que eu vá? – Eu perguntei pensando se tratar de algo do hospital.

- Você vai sair para beber com a turma da emergência hoje. E não inventa desculpa, você é a assistente do big boss e nós precisamos bajular você para chegar até ele. – O Vinícius riu.

- Ai, Dr. Vinícius, até parece que vocês dois não são amigos. – Eu ri e coloquei a mão no rosto para observar aquele homem lindo. Dava até vontade de ficar doente só para ser atendida por um médico gato assim.

- Somos amigos lá fora, aqui eu preciso de ajuda. – Ele sorriu. – Anda, vai ser divertido.

- Não sei não. – Eu estreitei os olhos para ele.

- Não se faça de difícil, mulher! Umas bebidas, um monte de médico chato e enfermeiro cansado, não tem como ser mais divertido. – Ele sorriu e não dava para dizer não para um sorriso como aquele.

- Tudo bem, eu vou. – Eu concordei, não tinha nada para fazer sozinha no meu apartamento mesmo.

- É assim que se fala. Vou te mandar o endereço, vamos direto do trabalho, nos vemos lá. – Do mesmo jeito que ele entrou, ele saiu e eu recebi a mensagem com o endereço do bar antes que ele tivesse tido tempo de chegar aos elevadores.

Olhei o endereço e verifiquei na internet, era um bar chique e badalado. Gostei das fotos do lugar, seria divertido. No fim do dia eu dei uma retocada na maquiagem do jeito que eu tinha aprendido e fui toda animada para o bar. O Vinícius me viu assim que entrei e acenou para mim.

Eu me juntei ao grupo, ele me apresentou todo mundo ali e pediu uma bebida. O lugar era muito interessante, bem chique para um bar e tinha uma banda tocando um pop rock das antigas da melhor qualidade. Eu havia gostado muito e o grupo do Vinícius era muito divertido e eu me enturmei rápido. Mas o Vinícius precisou sair mais cedo, algum problema com algum paciente e eu fiquei com os outros, eu estava me divertindo, então, porque não ficar?

Mas eu não deveria ter ficado. Eu me afastei do grupo para ir ao banheiro e quando saí de lá eu dei de cara com ele, o meu pior pesadelo.

- Mas olha se não é a filha da puta que me mandou para a cadeia. – O meu ex namorado estava bem na minha frente. Mas o que ele estava fazendo ali? Ele deveria estar preso ainda.

- Fica longe de mim ou eu vou gritar! – Eu falei e ele riu.

- Gritar, num lugar barulhento como esse? Ai, Hana, Hana, você continua sendo a mesma idiota patética. – Ele me prendeu contra a parede. – Vou te contar o que vai acontecer, você vai sair daqui comigo, eu vou foder a sua boceta até cansar e depois eu vou te enfiar a porrada até você desmaiar, só para relembrar os velhos tempos. Depois, sua vagabunda, eu vou te matar e enterrar numa cova rasa, só para me vingar do que você fez comigo.

- Me solta, Frederico! – Eu pedi, mas já estava zonza, sabendo que eu não me livraria dele fácil assim.

- Não quero te soltar! Anda, sua piranha, vamos. – Ele agarrou o meu braço.

- Eu não vou com você. – Eu reclamei e tentei lutar, mas eu senti o primeiro tapa queimar o meu rosto.

- Você vai, ou eu te mato de pancada aqui mesmo! – Ele gritou na minha cara.

- A moça disse que não. – Uma voz saiu do corredor escuro que ia além da porta do banheiro. – E não é não! – Eu vi primeiro o punho fechado deslocar o rosto do Frederico da minha frente e depois eu vi quem tinha acertado o Frederico.

- Sim, é o meu bar. – Ele concordou.

Eu estava confusa, numa casualidade eu vim parar nesse bar, essa noite, e dei de cara com o meu ex namorado, que deveria estar preso. Aí ele tentou me arrastar para algum buraco e apareceu logo o Rafael, outro psicopata, e impediu que ele me levasse e estava sendo gentil comigo. Não, isso estava errado, tinha alguma armadilha nisso. Eu precisava sair desse lugar depressa.

- Você não precisava ter se metido! – Eu fiquei de pé e coloquei o saquinho de gelo sobre uma mesinha lateral.

- Ah, não, deveria ter deixado um homem claramente agressivo te levar para onde você não queria ir. Então amanhã eu leria em algum site de notícias que uma jovem de feições orientais foi encontrada em algum matagal, tendo sido morta depois de ser violada e torturada. É, eu não deveria ter me metido e talvez eu me livrasse da sua agressividade gratuita. – Ele respondeu e eu ri com desgosto, ele descreveu perfeitamente o cenário que estava em minha mente quando o Frederico tentou me levar.

- Quer saber, minha agressividade não é gratuita, porque eu tenho certeza de que você não é melhor do que ele. Se é que vocês não são amigos e isso foi armação, só pra você tentar ganhar a minha confiança. – Eu aumentei o tom da minha voz.

- Minha nossa, que criativo! Aí, me diz, na sua cabeça, eu teria chamado a polícia para prender o meu amigo? Não seria mais fácil deixar que ele se livrasse de você? Ah, minha filha, pense! – Ele se virou de costas para mim, tão irritado quanto eu, talvez porque o seu truquezinho não deu certo.

- Quer saber, eu vou embora! Você não me convenceu. – Eu falei e fui em direção a porta e ela foi aberta antes que eu a alcançasse.

- Sr. Rafael, a polícia chegou. O sujeito já está na viatura e eles querem falar com a moça. – Um homem que parecia um segurança estava parado ali.

- Leve-a até eles e forneça uma cópia das câmeras de segurança se eles quiserem falar comigo você me avisa. – Ele falou, mas não se virou.

Eu saí dali acompanhada pelo segurança, que não disse uma palavra, apenas fechou a porta atrás de mim depois que eu passei. Eu sabia que passaria o resto da noite na delegacia e que precisava ligar para o meu tio.

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