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Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque romance Capítulo 1037

“Melissa”

Eu não sabia qual dos dois era mais iludido pensando que me enganava, o Fernando ou o Enzo, porque é claro que o Fernando vir me buscar no trabalho ontem e fazer questão de me deixar na minha sala hoje tinha mais a ver com ciúme do que com saudade. Ai, esses dois, estavam me dando o que eu queria e eu nem precisei pedir, como a vida era boa!

- Oi, boneca! – O Enzo apareceu todo faceiro em minha sala. – Encontrei o Nando.

- É, ele veio me trazer, já que apareceu ontem por aqui para me buscar e o meu carro ficou na empresa. – Eu coloquei a mão sob o queixo e observei aquele espertinho.

- Olha, grande Nando, acordando para a realidade. – O Enzo passou a ponta do dedo sobre a minha mesa.

- O que você quer, Enzo? – Eu sabia que ele queria algo, sempre queria.

- Sabe o que é, Mel, eu ouvi dizer que você tem um gosto muito peculiar para peças assim, vamos dizer, menores. – Ele falou sem me olhar diretamente.

- Peças menores? – Eu sabia o que ele queria, mas se eu podia me divertir, porque não? – Explica melhor.

- Ai, Mel, as peças de baixo. – Ele sugeriu e eu coloquei os dedos na frente da boca para disfarçar o sorriso.

- Acho que ainda não entendi. – Eu respondi e ele me encarou.

- Peças íntimas, Melissa! – Ele respondeu impaciente e eu não aguentei mais disfarçar a minha diversão. – Ah, claro que você só está curtindo com a minha cara.

- Enzo, fala logo que você quer uma calcinha! – Eu o provoquei.

- Não necessariamente, pelo que eu pesquisei o universo das lingeries femininas envolve muito mais do que calcinha e sutiã. – Ele abriu um sorrisinho.

- É, isso é verdade. O que você quer? Quer que eu leve a Luna para comprar lingerie? – Eu imaginei que era isso o que ele queria.

- Na verdade, eu quero dar uma de presente pra ela. Uma bem especial, sabe, para o nosso fim de semana fora. – Ele parecia meio tímido com isso. – Você acha que é uma boa idéia?

- Gatinho, é uma idéia excelente! É uma delícia ganhar lingerie do namorado, significa que você é romântico, carinhoso e atencioso e está estimulando a confiança e sensualidade dela. Se prepara, nós vamos hoje, na hora do almoço, comprar essa lingerie especial. – Eu dei um tapinha na mesa, decretando a resolução.

- Mel, você é o máximo! Se não fosse a Luna, eu te roubaria do Nando. – Ele brincou e me fez rir.

- Você não acha que é muito jovem para pensar em galantear uma mulher como a Srta. Lascuran, Enzo? – O José Miguel entrou em minha sala de repente.

- Meu caro, Sr. Perfeito, uma mulher como a Srta. Lascuran não tem faixa etária, ela simplesmente tem todos os homens aos seus pés. – O Enzo fez uma mesura e colocou a mão no ombro do José Miguel.

- Isso é verdade! – O José Miguel concordou. – Espero não ter interrompido nada.

- Não se preocupa, José Miguel, esse garoto não vai demorar a pedir para ter uma mesa aqui, grudada a minha. – Eu ri.

- Ah, isso com certeza é uma idéia que agradaria não apenas esse garoto. – O José Miguel sorriu pra mim.

Eu já estava achando estranho, ele estava muito falante, o que era uma novidade, já que geralmente ele não falava mais que bom dia ou boa tarde e fazia um aceno de cabeça. O que deu nesse homem de repente para resolver ser tão expansivo?

- Vou avisar ao Heitor que você está aqui. – Eu peguei o telefone, mas ele me interrompeu.

- Na verdade, Srta. Lascuran, eu estou aqui para vê-la. – Ele pareceu ficar um pouco nervoso.

- Você sabe que ela tem namorado, não é? – O Enzo perguntou.

- Enzo! – Eu chamei sua atenção e ele riu.

- Na verdade um par. – Ele fez uma gracinha e sorriu. Esse homem começou a sorrir demais para mim de repente.

- Engraçadinho! – Eu brinquei enquanto pensava no que fazer, eu não queria ser grosseira com ele que estava sendo tão gentil, mas era melhor desiludir o moço logo.

- Olha, José Miguel, nós somos colegas de trabalho e eu tenho namorado, não fica bem eu aceitar um presente seu. – Eu respondi com sinceridade.

- Melissa, é apenas um par de sapatos, pense que é uma forma de agradecer por você facilitar o meu trabalho. Porque eu sei que não é o Heitor que agiliza as liberações que eu peço, tampouco é ele quem verifica os relatórios que eu mando, eu já estou nessa empresa por tempo suficiente para saber que quem cumpre as demandas do meu departamento é você e antes de você estar aqui, era um verdadeiro calvário. Por favor, aceite, é um presente de agradecimento. – Ele justificou me chamando pelo meu nome, o que também foi surpreendente.

Eu pensei por um momento. Esse homem estava quieto no canto dele, porque de repente começar a se aproximar? Tinha algo acontecendo e talvez o Enzo soubesse e se não soubesse, o Heitor saberia.

- Você sabe que eu tenho namorado e você não está me cortejando? – Eu perguntei, mesmo sabendo que ele estava interessado em mim.

- Exatamente. Eu não vou cortejar uma mulher comprometida, mesmo que ela me encante muito. Mas pode ter certeza de que se, em algum momento, por ventura, o seu namorado se tornar ex, eu estarei na sua porta no momento seguinte. – Ele estava sendo direto e eu apreciava honestidade.

- Fico lisonjeada, mas talvez você deva olhar melhor para as moças que suspiram por você. – Eu sugeri.

- Meus olhos estão fechados para elas. – Ele respondeu. – Por favor, aceite, é de fato um pequeno presente por você facilitar o meu trabalho.

Eu pensei por um minuto. Por um lado, eu sempre recebia presentes no trabalho, de clientes ou fornecedores que queriam me agradecer por algo, ou até de colegas para os quais eu tivesse feito um favor. Mas por outro lado, aqueles sapatos eram de uma coleção passada e esgotada, então como esse homem, que estava claramente interessado em mim, conseguiu um par eu não tinha idéia, mas certamente não foi por acaso. Só que aqueles sapatos eram lindos e eu estava meio chateada mesmo por perdê-los, o revestimento do salto havia sido destruído.

- Olha, eu poderia ter pedido ao Heitor para lhe entregar, sem revelar o meu nome, mas isso seria desonesto. Eu estou aqui, sendo sincero. É apenas um presente de agradecimento, sem segundas intenções. – Ele insistiu.

- Tudo bem, eu vou aceitar. – Eu decidi. – Como um presente de agradecimento, apenas isso.

- Eu agradeço. Tenha um ótimo dia, Srta. Lascuran, e continua facilitando o meu trabalho, por favor. – Ele saiu pela porta com o seu andar elegante e aquela confiança de quem sabia o que fazia. Ele era mesmo um homem impossível de não notar. Eu fiquei olhando para a sacola a minha frente e repetindo para mim mesma que era só um par de sapatos.

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