Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque romance Capítulo 823

“Anabel”

Eu passei metade da noite acordada pensando no Rick. O que aquele homem tinha que me deixava assim, tão fascinada por ele? Ele era lindo, mas era muito mais do que isso, era algo que eu não sabia explicar, algo como um magnetismo. Eu só esperava que ele quisesse terminar o que começamos tanto quanto eu.

Mas agora eu já tinha dúvidas se ficar com ele apenas uma vez seria o suficiente para eu seguir em frente. Os beijos dele, a forma como ele me pegou, o jeito que ele me olhava e a forma como as suas mãos deslizavam pelo meu corpo, tudo isso foi abrasador, mas foi como se ele fosse gravando sua digital sob a minha pele. Tirar esse homem da minha cabeça seria uma missão quase impossível, mas ele, por outro lado, talvez nem me ligasse e sumisse outra vez.

E a medida que o dia passou e eu não soube notícias dele, eu fui tendo a certeza de que ele não me procuraria de novo. Eu estava distraída e negligenciei o meu trabalho, a ponto do meu pai entrar na sala bufando.

- Anabel, onde está a projeção custos que eu te pedi? – Meu pai parecia irritado, mas ele era sempre mal humorado, não me dava colher de chá e dizia que não passaria a mão na minha cabeça por eu ser sua filha.

- Está quase pronta, pai! – Respondi, sem me incomodar com a sua voz alterada.

- Mas era pra ontem! – Ele bufou.

- Não, é para depois de amanhã, mas eu vou entregá-la pra você amanhã.

- Amanhã? Só amanhã?

- Sim, porque eu estou cansada, com dor de cabeça, o expediente encerrou e eu estou indo pra casa.

- Indo pra casa? Anabel, isso não é postura de uma pessoa que vai herdar esse negócio. – E pronto, ele começaria o discurso do empresário que é o primeiro a chegar e o último a sair e que trabalha até a exaustão.

- Algum problema aqui? – Meu irmão mais velho, Donaldo, entrou na sala.

- Sua irmã que quer ir pra casa antes de terminar a... – Mas meu irmão interrompeu o meu pai.

- Pai, a Anabel precisa de descanso. Você anda pegando pesado com ela. – Meu irmão sempre me defendia e me acobertava. Talvez ele me apoiasse até em demasia.

- Ah, esqueci que vocês são unha e carne. – Meu pai reclamou. – Está bem, Anabel, mas eu quero essa planilha em minha mesa amanhã antes do fim do dia.

- Você terá, pai. – Ele saiu da sala inconformado e meu irmão se virou pra mim.

- Está tudo bem? – Meu irmão examinou o meu rosto.

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