Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque romance Capítulo 992

“Irina”

A melhor coisa que eu fiz foi me tornar próxima da Machadão. Como a Ilana me lembrou, sacrifícios precisam ser feitos e a Machadão era o meu sacrifício maior. Assim que eu descobri que ela tinha gente do lado de fora e estava armando uma fuga, eu tratei de me aproximar dela, já não cobrava mais os programas e fazia tudo para deixá-la bem alegrinha. E aí ela me incluiu no plano de fuga, a mim e a Ilana, porque aquele demônio era bem esperto e seria muito útil.

- Aqui, Pantera, aqui tu trava e destrava, aqui tu troca o pente, de resto é só mirar e meter bala. – Ela estava me explicando como usar a arma que ela tinha me arranjado quando chegamos ao esconderijo.

- Cachorra, vamos, quero resolver logo minhas pendências. – A Ilana chamou.

- Ó, Pantera, quando terminar tu volta, vou te tirar da vida e tu vai ser minha dama. Nóis é fechamento, sacô? – A Machadão riu e piscou pra mim, mas eu não pretendia voltar. Eu ia cobrar as minhas dívidas e desaparecer com o dinheiro que eu ia tirar daqueles imbecis.

Ilana e eu saímos daquele barraco horroroso e entramos no carro que a Machadão nos arrumou. Era um modelo popular, mas pelo menos andava.

- E aí, cachorra, onde nós vamos primeiro? – A Ilana perguntou. Ela havia adquirido o péssimo hábito de me chamar de cachorra.

- Nós já saímos daquele inferno, você pode voltar ao seu modo normal. – Eu falei com ela já sem paciência para as suas gracinhas.

- Mas esse é o meu modo normal, cachorra, aquele de antes era o modo fake. – Ela riu.

- Nós vamos primeiro atrás do Lucas. Aquele insolente vai me pagar. – Eu não tinha esquecido o desaforo que ele me fez.

- Ah, insolente, mas bem gostosinho. Antes de acabar com ele eu vou querer que ele acabe comigo, ando precisando. – Ela falou e eu não gostava desse modo vulgar da Ilana.

- Até parece que você não deu para todos aqueles guardas da escolta tanto quanto eu. – Eu bufei. – Principalmente o chefe deles que aparecia todo dia lá na cela.

- Sacrifícios, Irina. – Ela falou sem humor. – Depois do Lucas, quem é o próximo da lista?

- Isidoro! Terminar o que você não conseguiu. Aquele cretino entregou o testamento verdadeiro da Antônia e ainda foi lá na cadeia rir de nós. – Quanto mais eu me lembrava, mais irritada eu ficava.

- Ah, eu tenho muito mais para cobrar daquele porco. – A Ilana tinha ódio do Isidoro, mais do que eu.

- Depois a Valéria e a Viviane, aquelas traidoras nos colocaram na cadeia. Depois o quase morto do Leonel, o Donaldo...

- Ah, esse que quero aproveitar, um gostoso, não vou despachar antes de provar, não! – A Ilana parecia estar no cio, o que a cadeia tinha feito com essa menina? – Mas e a chata da Anabel? Ela é a que eu mais odeio!

- Eu também, por isso ela vai ficar para o final. Você sabe, ela está grávida, nós vamos fazer o parto dela, eu vou ter o prazer de arrancar os filhos dela e estrangulá-los com o cordão umbilical. – Eu fervia de raiva por aquela mosca morta que atrapalhou todos os meus planos.

- Credo, você andou muito com a Machadão. Vai voltar pra ela quando terminar? – A Ilana quis saber.

- Não, com o dinheiro que nós vamos tirar de todos eles, eu vou pra outro país. Você vai comigo?

- Eu acho que vou, é sempre bom ter uma ajuda. Como diz a Machadão, um fechamento! – A Ilana riu.

Eu estacionei em frente a minha casa, a que eu comprei para o Lucas e ele me roubou, aquele moleque idiota. Nós atravessamos a rua e a Ilana tocou o interfone. A voz de uma mulher atendeu.

- Oi, eu estou procurando o Lucas. – A Ilana falou toda educadinha.

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