Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque romance Capítulo 991

“Ricardo”

Depois que voltamos do hospital, Anabel e eu fomos dar uma olhada no quarto que já havíamos esvaziado para ser o quarto das crianças. Era um quarto que recebia muita luz do sol, tina uma porta dupla que se abriu para uma pequena varanda, era amplo e com muito espaço para fazer duas decorações diferentes.

- E então, o que você está pensando em fazer? Já tem um tema em mente? – Eu perguntei.

- Eu pensei em fazer um tema de arco-íris, num fundo de aquarela, cores pastéis, mas sem marcar esse lado é de menino ou aquele é de menina, mas cores em tudo. O que você acha? – Ela me olhou.

- Acho lindo! E muito significativo. – Eu refleti.

- Exatamente. A transição da tempestade para o céu claro. Esperança e renovação. Em algumas culturas é sinal de aliança divina. Tudo o que vocês três são pra mim, céu claro, esperança renovação... – Ela tocou o meu rosto e eu sorri. Era mais que perfeito, cheio de significado e muito especial.

- Vocês também são tudo isso pra mim, minha vida! – Eu dei um beijo em sua testa e ela ofegou em surpresa. – O que foi?

Ela pegou a minha mão e colocou sobre a barriga, como se procurasse um ponto específico. Então olhou nos meus olhos e pegou minha outra mão e colocou do outro lado da barriga e esperou.

- Eles chutaram! – Eu falei surpreso.

Ela deixou a cabeça cair para trás e gargalhou. Eu me joelhei, com as mãos ainda na barriga dela.

- Vocês estão gostando da idéia da mamãe para o quartinho de vocês? – Eu perguntei com a voz amorosa e senti outro chute, um de cada lado, dessa vez um pouco descompassado.

Eu estava entre risos e lágrimas, sentindo a vida pulsar dentro da mulher que eu amava. Era maravilhoso sentir aquilo, sentir vida gerando vida. Nós fomos para o nosso quarto e nos deitamos em nossa cama e eu passei muito tempo com as mãos na barriga da Ana, sentindo os meus filhos se mexerem e conversando com eles. Eu estava emocionado e ansioso. Eu não via a hora de tê-los em meus braços.

Nas semanas que se passaram, nós decoramos o quarto, montamos os móveis e tínhamos tudo em ordem para receber os nossos filhos. A Ana continuou trabalhando até o sexto mês, quando a licença maternidade da diretora de custos terminou e ela voltou ao trabalho. Mas a Ana não quis voltar para a empresa dela, ela não gostava de lá e gostava que o meu pai estivesse lá.

- Mas e depois que as crianças nascerem, minha vida, você vai fazer como a Catarina e ficar cuidando das crianças até elas crescerem o suficiente para ir à escola? – Eu perguntei num sábado à tarde enquanto estávamos abraçados no sofá falando sobre os planos de futuro.

- Não sei ainda, talvez eu procure um emprego, mas eu não quero voltar para aquela empresa, nunca gostei de lá, nunca fui feliz lá. E gosto que o seu pai esteja lá guiando o Don. Os dois se dão muito bem e têm feito grandes coisas lá. – Ela contou a decisão que já tinha tomado.

- Se você quer assim. Você sabe que o meu pai faz tudo o que você quer.

Eu ri pensando em como os meus pais se afeiçoaram a ela, a ponto de saírem de casa no meio da noite para comprarem os ingredientes e fazer um cachorro quente de banana para matar o desejo da minha esposa, porque eu não tinha idéia de como fazer um cachorro quente de banana.

- Vamos deixar a vida fluir, meu coração. Além do mais tem a fundação, que já está quase pronta. Eu quero me envolver com as coisas lá. – Ela comentou.

- Você já está envolvida com as coisas lá. Já tem um monte de doadores e milhares de idéias. – Eu a lembrei.

Eu estava muito orgulhoso dela, desde que decidimos criar a fundação ela havia se envolvido muito e se dedicado. Havia muito trabalho sendo feito e muito amor em cada pequeno detalhe que ela pensava para ajudar outras mulheres. Meu pai estava ajudando com todos as questões burocráticas e o Dr. Romeu era oficialmente o advogado da fundação e estava tão empolgado quanto nós com aquele projeto.

- Nós devemos inaugurar antes dos bebês nascerem. – Ela lembrou.