Como odiar um CEO em 48 horas romance Capítulo 16

- Claro que não. Dormir é para os fracos. – brincou. – Então, como vai na entrevista novamente hoje à noite, não vai poder jantar comigo.

- Não mesmo.

- Que tal um almoço? Eu jantaria com você, já que não trabalho na Babilônia esta noite. Mas pelo visto não vai dar certo...

- Daniel, não... Sou grata pela sua indicação de emprego, mas não quero me envolver... E está fora de cogitação iludir você.

- É só um almoço entre amigos.

- Não somos amigos.

- Puxa vida... Você acaba de quebrar meu coração em mil pedaços.

- Melhor assim, acredite.

- Não... Não é melhor assim. Não pode ao menos tentar me dar uma chance, Babi?

- Você mesmo disse que tem alguém... Então não entendo porque tudo isso.

- Eu não tenho ninguém... Só tive medo que você fugisse de mim. No entanto... Está fugindo da mesma forma.

- Não é fugir... Eu tive um relacionamento duradouro... E embora terminado, ainda não estou completamente curada. Não quero fazer mal a alguém como me fizeram.

- Isso é fugir, sim.

- Daniel...

- Ok, não vou perturbar você, Babi. Boa sorte na entrevista hoje.

Antes que eu dissesse qualquer coisa, ele desligou. Talvez ele realmente estivesse interessado em mim. Mas nestes dois últimos anos tudo que fiz foi afastar qualquer possível relacionamento, por saber que não estava preparada.

Daniel era um homem bondoso, carismático e eu não queria magoá-lo. Era melhor ele desistir, porque realmente meu coração ainda não estava completamente curado. E não era pela perda... Era pela forma como ele foi sendo destruído pouco a pouco, quebrando pedaço por pedaço, tão pequeninos que eu mal conseguia ter certeza se voltaria a ser como antes.

Ben saiu do banheiro, enrolado numa toalha, com os cabelos molhados.

- Não teve tempo de secar os cabelos? – perguntei, entrando no banheiro.

- Ou os cabelos ou o corpo, já que eu só tinha uma toalha... Preferi não exibir meu lindo corpinho por aí. Vai que você se apaixona.

- Abre esta janela, porra. Isso parece uma sauna. Já lhe falei mil vezes. – falei abrindo a janela e deixando o vapor se dissipar um pouco.

Ele voltou:

- Você é muito má comigo e eu não deveria, mas vou ajudá-la. Porque sou um bom amigo.

- Vai me dar um cartão de crédito ilimitado com uma passagem para Flórida?

- Amiga, o Bon Jovi é casado e tudo que vai conseguir na Flórida é um ponta pé bem grande no traseiro, dado pela mulher dele. O que eu tenho é uma mísera vaga para marketing.

- Hum, está valendo, no meu caso. Depois adquiro o cartão e vou pra Flórida roubar meu homem da esposa. – brinquei.

- Recebi na minha caixa virtual uma vaga e abri. Casualmente vi que abriu uma vaga para Marketing na “Perrone”.

- Perrone vinhos, você quer dizer?

- Sim.

- Nossa! Cheguei a me emocionar. Nada é nada comparado à North B. Mas seria um bom começo.

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