Resumo do capítulo Sebastian Perrone do livro Como odiar um CEO em 48 horas de GoodNovel
Descubra os acontecimentos mais importantes de Sebastian Perrone, um capítulo repleto de surpresas no consagrado romance Como odiar um CEO em 48 horas. Com a escrita envolvente de GoodNovel, esta obra-prima do gênero Romance continua a emocionar e surpreender a cada página.
- Bárbara Novaes.
Ele vestia camisa branca. O blazer estava sobre o encosto da cadeira. Era loiro, pele clara e a barba bem feita, que o deixava incrivelmente sedutor. Os olhos eram azuis e seu olhar profundo.
- Eu li seu currículo.
- Fico feliz em saber.
- Ainda não trabalhou em empresas de grande porte, não é mesmo?
- Não... Ainda não. Mas é o que mais desejo.
- Vou fazer algumas perguntas. Pode me responder sinceramente?
- Com certeza.
- O que sabe sobre a Perrone?
- Quer sinceridade?
- Por favor...
- Praticamente nada. A não ser que é nova em Noriah Norte e que é uma filial.
- O que sabe sobre vinhos?
- Que são muito bons... E uma das minhas bebidas prediletas. Mas depois do chope com sabor que provei na semana passada, deixou de ser o primeiro lugar da minha lista.
- Chope com sabor não está nem perto do que fabricamos. – Ele sorriu.
- Eu sei... Sinto muito.
- Eu pedi sinceridade. Se quer saber, estamos indo bem. Até agora ninguém foi tão sincero.
Ótimo. Por um momento eu achei que tinha botado tudo a perder ao falar do chope. Eu sabia que não podia falar tudo que eu pensava numa entrevista e sim o que queriam ouvir. Mas ele era um homem jovem. Talvez quisesse realmente alguém que dissesse o que pensava e não o que ele queria ouvir.
- Sabe sobre o processo de produção do vinho e se ele acontece aqui nesta filial?
- Não... Sinceramente, não deu tempo de pesquisar antes de vir.
- Se olhar para mim... O que lhe vem à cabeça?
- Um homem jovem... Para tocar um negócio tão grande quanto esta empresa.
Ele gargalhou:
- Na casa dos trinta, em breve.
- Não parece. – Quase completei com um “E eu não estou dando em cima de você, chefe”.
- O que sabe sobre o fundador da Perrone?
- Nada... Mas creio que ele seja um homem de sorte... Por decidir fazer vinhos e ficar rico.
- Bem... Meu pai foi o fundador. Ele quis fazer a filial em Noriah Norte. Era um sonho que ele tinha há muito tempo. Infelizmente logo que ficou pronto o prédio, ele veio a falecer. Não chegou nem a ver tudo funcionando. E não, não há produção aqui. O vinho é feito diretamente na vinícola Perrone, que é onde a família mora.... Caso se interesse em saber.
- Sinto muito pela sua perda.
- Eu acabei ficando com o negócio lá e aqui. Complicado... Mas um desafio positivo. Quero mudar algumas coisas... Modernizar, por assim dizer.
- Posso lhe ajudar nisso... Tenho ótimas ideias.
Ele balançou a cabeça sorrindo, enquanto se recostava para trás na cadeira em couro:
- Sinto muito, Bárbara. Mas preciso de alguém mais experiente. Eu já sou aprendente... Não posso contratar alguém como eu... Infelizmente.
Não consegui disfarçar minha cara de decepção.
- Sinto muito. – Ele disse, parecendo sincero.
- Não sinta... Me dê o emprego... Por favor. – Implorei. – Eu não vou decepcioná-lo. Prometo lhe dar o meu melhor.
- Infelizmente não posso, Bárbara. Eu recebi pessoas bem mais qualificadas e com vasta experiência.
- Senhor Perrone, se alguém não me der uma primeira oportunidade, nunca vou conseguir ser experiente. Até agora só trabalhei em pequenas empresas, recebendo salários não compatíveis com a minha formação e não levando em conta minha inteligência, dedicação e o tempo que demorei para fazer a faculdade. Sem contar os custos ao longo de mais de cinco anos. O senhor pediu sinceridade... E está recebendo isso. Este ramo é complicado... E eu não escolhi marketing por acaso e sim porque eu realmente queria e achava que tinha a ver comigo. Sou boa no que faço e posso provar... Se me der uma chance.
- Eu sei... Ah, se sei. A questão é que são muitos “nãos” para uma pessoa só. Lamento ter tomado seu tempo.
Virei as costas e saí, sem esperar qualquer outra frase dele.
Final do mês e eu ainda estava deprimida. Quase não saí de casa e tentei até montar uma consultoria de marketing e propaganda online, que não deu certo. E não era só pela questão do dinheiro... Mas também por dignidade e orgulho. Eu tinha tirado as melhores notas da faculdade, me dediquei de corpo e alma, mesmo com todo trabalho que passei com Jardel na minha vida, tentando me fazer voltar atrás nos meus objetivos, fazendo questão de ser o centro do meu universo e tomando todo meu tempo.
Eu era criativa, bem-humorada, bem-apessoada, responsável, espontânea e modesta. Então o que faltava para eu deslanchar e ser uma profissional reconhecida e requisitada?
Estava no sofá, tapada de cobertor, assistindo um filme daqueles que chamávamos de “fingir que estávamos vendo”: Império dos Sonhos.
Ben chegou e bateu a porta com força:
- Chega desta deprê, Babi. Vai se matar pulando de uma cadeira? Ou se afogar bebendo água de copo? Quem sabe se queimar viva na boca do fogão? Pra mim chega. E vai ser hoje que isso vai ter fim. Porque pra mim sexta-feira é dia de foda, baby.
Levantei os olhos para ele e voltei para a TV, que Ben desligou e pegou o controle.
- Eu quero olhar...
- Este filme horrível? Não querida, não vai fazer isso.
Salma apareceu de roupão, com os cabelos desgrenhados e colocou uma água para ferver.
- Você não vai trabalhar hoje? – perguntei.
- Não é só você que tem problemas, Babi.
- Até porque Babi não tem problemas.
- Eu não paguei o aluguel... Estou arrasada.
- Não fique. Mandy pagou por você.
- Não aceitou o dinheiro da minha avó, não é mesmo, Ben?
- Claro que aceitei, Babi. Ela tem grana e só você para dar...
- A última pessoa que eu pensei que me daria alguma coisa deixou eu e minha mãe fora da herança.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Como odiar um CEO em 48 horas
Bom diaa cadê o capítulo 97...
Gostaria de saber o nome do escritor tbm, muito bom o livro, né acabei de rir e de chorar tbm.lindooooo!!!...
Gostaria de saber o nome do escritor(a), pois a leitura foi interessante, contagiante e bem diferente. Seria interessante procurar outras obras do autor....
Por que pula do 237 para o 241 ?...