Como odiar um CEO em 48 horas romance Capítulo 18

- Simples, porque não era sua avó e nada sua. Mandy é um amor e vai lhe deixar uma bela casa no meio do mato, com uns bons hectares de terra, que você pode vender.

- A questão é que Mandy não vai morrer tão cedo. Ela está bem pra caralho para a idade que tem. – Salma falou e notei sua palidez.

- Não fale assim da minha avó, Ben. E você, Salma... O que tem?

- Não vou trabalhar... Estou péssima. Enjoada... E com dor na barriga. Devo ter pego uma virose.

- Ou comido algo que não devia. – Ben falou irônico, como sempre. – Vá se arrumar, Babi. Nós vamos sair.

- Eu não vou sair.

- Vai sim. É uma ordem. – Salma disse.

- Vou cuidar de você.

- Não vai mesmo... Se não for com Ben eu boto você para fora.

- Não quero.

- Você tem meia hora. O Hazard nos espera. – Ele disse saindo.

- Não posso ir ao Hazard sem você, Salma. Nós duas descobrimos aquele lugar.

- Babi, faz quase um ano que eu não vou lá. Meu emprego na noite ocupa todo meu tempo. E não quero que você e Ben deixem de ir lá por minha causa. Sempre foi o nosso lugar preferido.

Levantei do sofá, empolgada:

- Sexta-feira é dia de foda... – comecei a rir. – Mato Ben agora ou depois?

- Depois da foda. – Ela riu, colocando a água quente sobre uma folha de chá na xícara. – Tomara que isso melhore um pouco minha náusea.

- Vai perder sua segunda virgindade hoje, Babi. – gritou Ben do quarto.

- Nem a pau, Ben.

- Sim, com pau. – Ele fingiu não ouvir. – Bem grande.

Corri até o banheiro, mas ele chegou antes de mim na porta:

- Quem chega primeiro ganha, querida.

- Me deixa tomar banho primeiro, por favor... – tentei.

- Eu demoro muito mais para me arrumar do que você. - Ele disse fechando a porta.

Enquanto ele foi para o banho eu segui para o quarto escolher uma roupa. Peguei um vestido preto, básico, com as costas de fora, que só podia ser usado sem sutiã. Um sapato rosa neon daria o contraste no look. Noite de escutar Bon Jovi na Jukebox e ouvir a galera reclamando de quem foi o louco ou louca que colocou aquela música.

Fui para o banho e depois coloquei a roupa. Sequei meus cabelos e deixei-os levemente ondulados.

Quando cheguei na sala, com minha pequena bolsa preta pendurada no ombro, dei uma voltinha e Salma e Ben me aplaudiram.

- Se eu fosse hétero, comia você esta noite, Babi.

- Obrigada, Ben.

- Se eu fosse lésbica, também pegava você, amiga. – Salma tomou o resto do chá, fazendo careta.

- Obrigada, Salma. Vocês são uns amores. E obrigada por me acharem “comível”.

- Querida, se precisar algo... Qualquer coisa mesmo, ligue. – Ben disse para Salma.

- E se quiser, a gente nem sai. – Tentei.

- Sai sim. – Ela disse. – Vou descansar e amanhã acordarei melhor... Espero.

Descemos os dois pela escada.

- Como se não bastasse o elevador estragado, queimou a lâmpada do terceiro andar. – Reclamei.

- Já ouviu dizer que desgraça para pobre nunca vem sozinha? É o nosso caso, Babi.

Começamos a rir. Só meus amigos conseguiam acabar com um estado de depressão para uma alegria sem tamanho em menos de uma hora.

Assim que chegamos na porta de saída do prédio, minha avó estava saindo do carro.

- Vó?

- Babi? Está de saída?

- Bem... Estava... Mas eu volto, sem problemas. Na verdade, Ben me obrigou a sair. – Bati no braço dele, levemente.

- Ben, você é um anjo na vida da minha neta. Ele fez bem. Chega de ficar se lamentando por emprego. Vá se divertir, querida.

- Não vou deixar você sozinha... Nem pensar.

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