- Ele é um pedaço de mal caminho. – Olhei para Ben, tentando não ficar encarando o desconhecido.
- E você bem decidida, amiga. – Ele riu. – Vai que seu sexo oral está aí... Não se sabe, não é mesmo?
Suspirei:
- Fazer sexo com um desconhecido?
- Quer o que? Fazer uma entrevista antes? Não seja tapada, Babi. Você não é mais criança. E escute o que eu digo: sexo é sexo.
- Sabe que só fiz isso com Jardel... E estou quase virgem de tanto tempo sem fazer depois que ele morreu. Então se eu disser que não estou insegura, estaria mentindo. Nem sei mais sobre a arte da conquista.
- Nada mudou, amiga. Você olha para ele, ele para você... E se ele não vier, você vai até ele.
- Bem, na minha época a mulher não ia até o homem.
- Passado, baby. Não existe mais isso. Os interessados que se joguem. Se você não for, tem outras que irão... Até mesmo eu iria até aquele tesão se não fosse seu melhor amigo. – Ben olhou para ele e jogou um beijinho.
O homem sorriu e levantou o copo novamente.
Desviei o olhar do dele, que praticamente me engolia viva.
- Vou pedir uma música. – levantei. – Tem uma moeda?
- Quem ganhou dinheiro e cartão foi você, amiga, não eu. Estou duro... De dinheiro... De resto, tudo mole.
- Ben, Ben, você não tem jeito. – Balancei a cabeça, indo até a jukebox e pedindo a minha música favorita da vida toda: “These Days”.
Enquanto voltava para o meu lugar, o barman gritou:
- Saudade de Bon Jovi, Babi. Acho que ele não nos deu a graça desde que você nos deixou. – Riu, enquanto servia uma bebida para alguém.
- Preparado para enjoar dele?
- Sempre... – piscou.
Antes que eu sentasse, vi Sebastian Perrone entrando pela porta do Hazard. Fiquei imóvel e espantada de encontrá-lo ali.
Ele veio na minha direção. Estava acompanhado de outro homem, tão lindo quanto ele.
- Bárbara Novaes! – me ofereceu a mão. – Prazer em revê-la.
Apertei a mão dele e disse:
- Se fosse um prazer, deveria ter me contratado, senhor Perrone. Ou melhor, Sebastian. Já que não é meu chefe, Sebastian está bom para você. – brinquei.
- Este é meu amigo, Tony.
Nos cumprimentamos.
- Meu melhor amigo, Ben. – Apresentei Ben, que levantou e os cumprimentou com beijos, como ele gostava de fazer. – Ben, este é o CEO da Perrone, que me dispensou por ser inexperiente.
Ben suspirou:
- Realmente inexperiente em muitas coisas... Mas não se aplica a trabalho, isso eu garanto. Ninguém é melhor que minha amiga na questão do marketing. Quanto ao resto... Bem, neste caso “ela” procura alguém experiente.
Senti o sangue subir à minha face:
- Não leve em conta as brincadeiras de meu amigo, por favor.
Tony começou a rir, balançando a cabeça.
- Sei brincar, Bárbara. – Sebastian riu, me olhando com graça.
- Me pergunto o que você faz aqui... Neste lugar tão... Simples e humilde.
- Por acaso tenho cara de que vou aonde? – perguntou.
- Babilônia, bebê. – Ben falou antes de mim. – O dono da Perrone no Hazard? Desde quando o Hazard virou um bar de CEO’s? Não faz tanto tempo que não venho até aqui para toda esta mudança.
Sebastian riu divertidamente:
- Talvez eu seja um CEO diferente. E só para você saber, eu gosto muito do Hazard. Além do mais... Eu tenho uma certa aversão ao dono da Babilônia.
- Jura? Eu também. – falei, me sentindo mais tranquila. – Achei que era só eu que achava Heitor Casanova um miserável desprezível.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Como odiar um CEO em 48 horas
Bom diaa cadê o capítulo 97...
Gostaria de saber o nome do escritor tbm, muito bom o livro, né acabei de rir e de chorar tbm.lindooooo!!!...
Gostaria de saber o nome do escritor(a), pois a leitura foi interessante, contagiante e bem diferente. Seria interessante procurar outras obras do autor....
Por que pula do 237 para o 241 ?...