Como odiar um CEO em 48 horas romance Capítulo 20

- Não tenho colherinha... Mas tenho um carro, se serve. – Olhou para mim.

- Serve sim...

Ele pegou minha mão e fomos até o bar.

- Bebe comigo?

- Sim, claro.

- O que posso pedir para você?

- Pedir eu mesma peço. Mas pode pagar, se quiser.

- Com certeza.

Chamei o barman e pedi uma taça de vinho tinto. Eu e Ben nem chegamos a abrir o espumante. Mas se eu bem conhecia meu amigo, ele não iria embora dali se não fosse com Tony. E digo que era bem difícil resistir a Ben. Aposto que o amigo de Sebastian tomaria minha parte da bebida.

- Sou Tales.

- Bárbara.

- Vou confessar que você me chamou a atenção no exato momento que pisou seus pés aqui.

- Nunca o vi por aqui... Se bem que faz um tempo que não venho.

- Minha primeira vez... De muitas. – Sorriu.

- Gosta de Bon Jovi?

- Não sei se entra na minha lista de músicas hoje em dia. Mas Saturday Night é um clássico.

- Sem dúvida. Ainda não saí desta década que passou... Ao menos no gosto musical. Mas Bon Jovi literalmente esteve e sempre estará no top 1 da minha lista.

A música acabou, junto da minha taça de vinho.

- Podemos pagar a terceira e última música dele... Ou escutar toda playlist no meu carro.

Foda-se. Chega de ser certinha. Dois anos foi tempo suficiente para sair da bad e me dar uma chance de ser feliz. Eu não precisava mais ficar me culpando por ter sido idiota e otária. Eu tinha 27 anos e podia sair e transar com quem eu quisesse. Jardel estava morto. Não viria atrás de mim, não me perseguiria feito um louco, não faria vexame num local público. Eu não precisava mais ter medo. Acabou... Ele já tinha ido para o inferno. Porque era impossível ele ter ido para o céu, se é que existia.

- Escutar a playlist no seu carro. – Fui clara e objetiva.

Ele tocou meu rosto carinhosamente.

- Vou pegar minha bolsa. – Avisei, saindo.

Fui até a mesa enquanto ele pagava a conta. Peguei a bolsa e disse:

- Eu vou transar com um desconhecido.

- E eu beber por mim e por você, amiga. – Ben comemorou. – Dá tudo pra ele.

- Tudo não... Só o normal.

- E existe normal? – ele balançou a cabeça, arregrando os olhos de forma engraçada.

- Se eu for morta, o nome dele é Tales.

- Pode ser nome falso. – Me amedrontou.

- Pega o número da placa quando eu sair.

- Ah, porra, vai lá perder sua segunda virgindade e pare de encher o saco, Babi.

Fui seguindo Tales até o carro dele, que estava estacionado próximo. Ele abriu a porta para mim.

Assim que ele sentou ao meu lado, perguntou:

- Além de querer escutar Bon Jovi no meu carro, o que mais posso lhe oferecer?

- Você. – Eu disse desavergonhadamente.

Ele sorriu e veio até mim, dando-me um beijo. Os lábios dele eram macios e beijava bem. Quem era eu para julgar se ele beijava bem, sendo que beijei uma única boca por oito anos consecutivos? E era a mesma que me enchia de desaforos e me ameaçava.

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