Como odiar um CEO em 48 horas romance Capítulo 216

Passeei com Mandy pelo centro da capital de Noriah Norte com Maria Lua. Levamos o carrinho, mas minha avó quase não a deixou nele, só querendo dar colo para nosso pequeno raio de sol com nome de lua.

Tirando as consultas de rotina no pediatra, foi a primeira vez que saí com Maria Lua de casa. Eu e Ben preferíamos deixá-la em casa, temendo qualquer coisa que pudesse acontecer com ela como também os questionamentos que pudessem vir.

Contei a Mandy sobre o dia que revelaríamos a verdade a Heitor e sobre Allan estar no hospital. E também que Heitor não havia acreditado que pudesse ser pai.

Quando estávamos entrando novamente em casa, final de tarde, Mandy perguntou:

- Você vai conversar com Allan sobre sua mãe?

- Eu... Não tenho certeza. Mas acredito que sim. Ele é o único que pode me contar a verdade sobre o que aconteceu. Eu... Gosto dele. Muito.

Abri a porta e entramos. Maria Lua estava dormindo. Coloquei-a no berço enquanto Mandy me acompanhava.

Voltamos para a sala e ela disse:

- Preciso voltar. Não quero chegar tarde em casa.

- Mas você nem tem compromisso. Por que não dorme aqui comigo esta noite?

- Sabe que não deixo meu recanto – sorriu – Quando pretende falar com Allan Casanova?

- Eu não sei...

- Fico pensando o quanto o destino uniu você e sua mãe a esta família. É como se... Você tivesse que terminar o que ela começou.

- Simpatizei com Allan desde o momento que o vi pela primeira vez. Não aconteceu o mesmo com Heitor. Foi ódio à primeira vista.

- Ódio que se transformou em amor?

- Sim... – Confessei.

- Sua mãe era louca por Allan. Não entendo como ela não partiu com ele quando ele decidiu que iria para a faculdade, mesmo sendo distante.

- Eu acho que ela já tinha aberto mão de tudo por ele uma vez, quando deixou a casa da família... Os pais. Não quis fazer novamente. Quem sabe achou que ele precisava abrir mão, pelo menos uma vez.

- Beatriz era impulsiva.

- Eu nunca a vi assim. Era tão tranquila, calma, carinhosa, responsável.

- Beatriz mudou... Amadureceu, teve uma filha. Ainda lamento não ter podido aproveitar mais o tempo com ela.

- Eu me pego pensando se Maria Lua fosse sangue do meu sangue eu seria capaz de amá-la mais do que já amo. Porque... O que sinto por ela é um amor inexplicável.

- Não acho que a amaria mais. Você a ama como uma mãe ama um filho.

- Heitor vai demorar a acreditar em tudo que aconteceu.

- Por que você não... – Ela calou-se, pensativa.

- O que ia dizer, vó? Termine.

- Encurte a história, Babi.

- Como assim?

- Diga que a filha é sua e dele e talvez seja a solução para seu medo e insegurança quanto a ele tirá-la de você.

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