- Mama? – Maria me estendeu os braços.
Senti meu coração partir em mil pedaços e fui na direção dela, sendo puxado para dentro da casa. A porta fechou e Daniel passou a chave.
- O que você faz aqui? – Ele perguntou.
Maria Lua seguiu com os braços na minha direção e Daniel me impediu de chegar perto dela. Foi o suficiente para ela começar a chorar veementemente.
Celine veio na minha direção e me entregou a menina:
- Detesto este choro dela. É uma mimada e manhosa.
Fechei meus olhos, sentindo o cheiro dos cabelos dela entrando pelas minhas narinas. Ela estava com a pele quentinha, o sangue circulando no corpo, as bochechas rosadas.
Deitou a cabeça no meu ombro e parou de chorar imediatamente.
- Mamãe está aqui, meu amor.
- Papai? – Ela olhou nos meus olhos.
- Papai também! – afirmei, vendo um sorriso no rosto dela, daqueles que fazia eu perder o juízo e doar um rim sem pensar duas vezes.
Limpei as lágrimas que ainda estavam no rostinho dela e perguntei:
- Está com fome?
Ela fez sinal afirmativo com a cabeça.
- O que você faz aqui, porra? – Daniel foi imediatamente até um balcão e pegou um revólver, colocando balas dentro.
- Daniel, eu só quero pegar a minha filha e sair daqui, por favor. – Falei.
- Acha que não sei que estão atrás de mim? – Ele me olhou com ódio.
- Como você consegue ser tão burra? – Celine perguntou.
Olhei mais atentamente para ela. Os cabelos estavam soltos. Usava uma calça jeans e uma camisa branca amassada. Os pés estavam com um tênis. Eu nunca a vi vestida daquele jeito.
- O que... Você está fazendo aqui? – Perguntei, confusa.
- Nada que lhe interesse. – Daniel respondeu por ela.
- Porra, o que está acontecendo aqui? – Fiquei tentando entender.
- Onde está Heitor? Trouxeram a Polícia? – Daniel estava ofegante, andando de um lado para o outro, a arma em punho.
Apertei Maria Lua contra mim e disse baixinho:
- Fica bem quietinha, ok? Tudo vai dar certo... A mamãe promete.
- E o papai? – Ela levantou as mãozinhas, querendo se fazer entender.
- Papai está aqui. – Ouvi do lado de fora da porta. – Abre, Daniel, estou sozinho. E desarmado.
Daniel me olhou e riu, debochadamente:
- Vocês só podem estar loucos!
- Não, só queremos a nossa filha.
- Se quisessem a menina realmente não estavam se fazendo de bobos e tentando economizar de me passar a grana.
- Abre para Heitor, por favor. – Pedi. – Vamos conversar e tudo ficará bem.
- Não, não ficará tudo bem. – Celine disse. – Eu avisei, porra. – ela olhou para Daniel – Mas você nunca me ouve.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Como odiar um CEO em 48 horas
Bom diaa cadê o capítulo 97...
Gostaria de saber o nome do escritor tbm, muito bom o livro, né acabei de rir e de chorar tbm.lindooooo!!!...
Gostaria de saber o nome do escritor(a), pois a leitura foi interessante, contagiante e bem diferente. Seria interessante procurar outras obras do autor....
Por que pula do 237 para o 241 ?...