Como odiar um CEO em 48 horas romance Capítulo 49

Na terça-feira, Salma chegou em casa com o envelope, no final da tarde. Já sabíamos que ali estava o resultado do sexo do bebê.

Sentamos todos em volta da mesa, nos olhando, ansiosos.

- E você foi ao médico? – perguntei.

- Sim... Minha barriga começa a crescer um pouco. E em breve vou ter que me afastar da Babilônia.

- E... Como vai ser? – perguntei, curiosa.

- Vou atestar e continuar recebendo. Além do mais... Tenho uma grana guardada. E... Dinheiro não vai mais ser meu problema depois que o bebê nascer.

- Babi... O pai é rico? Isso? – Ben perguntou.

Ela assentiu, enquanto abria o envelope:

- Mas foi produção independente. Embora... O ato tenha sido realizado. – Disse, nos deixando ainda mais confusos.

Era possível produção independente com ato sexual? Seria minha próxima pesquisa no Google.

Eu e Salma sempre fomos melhores amigas, desde pequenas. Nosso sonho de morar juntas aconteceu sob protesto de Jardel. E mesmo ela odiando-o, aceitou-o na nossa casa. Fiquei mais tempo do nosso relacionamento junto dele do que na concretização do sonho de amigas de infância: construir uma vida independente.

Na nossa cabeça, dividiríamos um apê na capital, seríamos ricas e dormiríamos com todos os homens que quiséssemos. No fim, a vida de adulta não era nada do que imaginamos. Vinha com responsabilidades, necessidade de dinheiro para contas básicas, homens ricos não apareceram nas nossas vidas e encontrar emprego na capital era tão ou mais difícil que na nossa cidadezinha de interior.

Eu passei muito tempo naquele relacionamento tóxico que fodeu comigo. E ela foi dançar numa caixa de vidro, que pagava bem pra caralho por algumas horas de serviço. Salma tinha sonhos, mas também não os concretizou. Optou pelo dinheiro em primeiro lugar. Embora ela negasse, eu tinha minhas dúvidas se minha amiga dormia com homens por interesse. Mas nunca a julguei... Simplesmente porque eu a amava de qualquer jeito. Ela também me aceitou como a babaca que me tornei ao lado de um desclassificado, por tantos anos.

Por algum motivo, ela não se abria comigo completamente. Nos amávamos, mas ela mantinha sua vida amorosa mais sigilosa do que eu e Ben, que compartilhávamos tudo, com detalhes. Sabíamos que ela era uma viciada em sexo e saía com vários homens diferentes. Então o fato de ela estar mais caseira, mesmo antes da gravidez, também me causou estranheza, como se ela estivesse se preparando para ser mãe.

- E então? – Ben perguntou, curioso.

Ela encheu os olhos de lágrimas:

- É uma menina.

- Eu... Eu não sei o que dizer. – Senti as lágrimas descendo pelo meu rosto e olhei para Ben, que também não aguentou a emoção.

Fui até ela ao mesmo tempo que Ben e a abraçamos, um de cada lado, enquanto ela permanecia sentada, olhando para o papel em suas mãos carinhosamente.

- Já temos um nome para nossa filha? – Ben fungou, limpando as lágrimas.

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