Como odiar um CEO em 48 horas romance Capítulo 67

- Tem certeza? – perguntei, confuso.

- Sim, tenho certeza.

- Pobre Bárbara. – disse meu pai. – Ela me disse que sofria desta doença... Espero que logo ela fique bem.

- Estas doenças sexualmente transmissíveis às vezes não têm cura. – Celine continuou parecendo saber do assunto.

- E o que você pretende fazer, Heitor? Quanto à Bárbara e o outro rapaz? – Meu pai perguntou.

- Eu... Não sei.

- Bem, já que terminou seu café, vamos ao escritório.

Levantei, arrumando minha roupa que tinha amassado levemente.

- Quando descer, me procure, Heitor. Preciso falar com você. – Milena disse.

- Ok.

Segui meu pai até o elevador. Quando entramos e ele apertou o botão, senti um leve calor percorrendo meu corpo e tentei focar em qualquer coisa a não ser ela (a que pessoa que tentava povoar meus pensamentos em tempo integral) novamente.

Eu não tinha entrado ali depois do ocorrido. E parece que tudo conspirava para que ela estivesse sempre na minha vida, de uma forma ou de outra. Qual a probabilidade de você ficar trancado no elevador duas vezes com a mesma pessoa, sendo que vocês mal se conhecem? Quase nula. Mas aconteceu duas vezes comigo e Bárbara. Estranhas coincidências... Que me deixavam tão confuso quanto o que eu começava a sentir por ela.

Assim que chegamos no escritório, sentei na frente de meu pai. Tratar de negócios para ele era sempre uma coisa séria.

Olhei para a imagem da minha mãe no quadro e uma saudade imensa tomou conta de mim. Aquela imagem passava tanto amor... Tanta ternura. Por que ela estava ali, trancada no escritório e não na minha casa?

Eu não lembrava muito dela... Mas o pouco das lembranças eram boas. E ela me deixou Nicolete, sua melhor amiga e confidente da vida toda. E Nic cuidou de mim com tanto carinho que eu não conseguia ver nela nada além de amor materno.

Meu pai também sentiu a morte dela. Então se enfiou no trabalho. O único objetivo de vida dele era ficar mais rico a cada dia. E ele conseguiu. Eu, fiquei no meu mundo, por um bom tempo. Até que resolvi que não se precisava muito de pai quando você poderia ter Nicolete ao seu lado.

Ele me reprimia, ela me dava liberdade. Ele me cobrava, ela dizia que eu precisava de tempo.

Aceitei bem a chegada de Celine na nossa casa. Pensei no bem-estar do meu pai. Ela tentou de alguma forma ocupar o lugar da minha mãe, mas ele já pertencia a Nicolete. Por algum motivo, as duas nunca se deram bem. E por isso assim que pude, fui embora, levando comigo a mãe que Deus me mandou para suprir a falta da que ele levou.

Milena, filha de Celine, nos visitava com frequência. Ela morava com o pai. Nos dávamos bem os dois e conforme crescemos, começamos a nos relacionar, embora não fosse nada sério. Tirei a virgindade dela quando ela completou 17 anos. Ficava com ela, mas nunca deixei de me envolver com outras garotas. Para mim, era só sexo. E sempre acreditei que para ela também.

Quando fui para a faculdade, ela conheceu outro homem numa viagem e os dois começaram a namorar. E eu jurava que ela gostava dele. Acontece que numa das minhas bebedeiras frequentes, no vai e vem para casa, dormimos juntos. E Milena ficou grávida.

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