Contrato para o caos: amor à primeira briga romance Capítulo 12

“Abigail Zapata”

Eu cheguei cedo para o trabalho, o Emiliano já tinha me mostrado tudo no dia anterior, inclusive qual seria a minha sala, bem ao lado da dele. Eu tive até tempo de passar em uma lanchonete simpática perto do escritório e comprar um copo grande de suco verde. Eu só esperava que aquela recepcionista distraída e mentirosa não me aprontasse mais nenhuma, mas era querer demais, ela aprontou. Ela me barrou na entrada e disse que eu teria que aguardar sentada na recepção.

- Maria Luiza, eu fui apresentada ontem, você sabe que eu vou trabalhar aqui e eu já sei qual é a minha sala. – Tentei explicar para a recepcionista, mas ela me olhou com desinteresse, enquanto lixava as unhas.

- Temos que esperar o Emiliano ou o Martim chegar. – Ela repetiu com aquela voz insossa. – Eu não posso deixá-la ir entrando assim. Principalmente depois daquele escândalo que você armou ontem.

- Você me mandou para a sala errada! – Eu estava a ponto de perder a paciência.

- Não mandei não. É a minha palavra contra a sua e eu estou aqui há muito tempo. – Ela me desafiou.

- Ah, que ótimo e eu sou amiga do Emiliano e ele me conhece muito bem, lógico que vai acreditar em mim. – Respondi. Já que ela queria levar as coisas assim, que fosse.

- Olha aqui, minha filha, você pode até ser amiga do Emiliano, mas eu duvido que dure um mês aqui. Afinal, parece que o Martim não gosta muito de você. Agora vai, se senta ali e espera, você está me atrapalhando. – Aquela abusada estava passando dos limites, ela ia ver só comigo.

Eu me virei e, justo naquele momento, estava chegando atrás de mim o Martim e nós colidimos. Todo o copo de suco que estava em minha mão derramou sobre ele. Estava acontecendo de novo!

- MAS VOCÊ NÃO OLHA MESMO POR ONDE ANDA? – Ele gritou comigo. A camisa branca que ele usava estava destruída, com um tom de verde escorrendo por ela.

- Foi você quem chegou atrás de mim, você que não presta atenção. – Rebati e ele me olhou furioso.

- O que você está fazendo aqui na recepção? Você tem uma sala! – Ele falava alto e chamava a atenção de todos.

- Eu falei pra ela, Martim, mas ela insistiu em ficar aqui esperando pelo Emiliano! – Aquela sonsa da Maria Luiza falou e eu tive vontade de esbofeteá-la.

- CALA A BOCA, MARIA LUIZA! – O Martim e eu gritamos ao mesmo tempo e aquela sonsa se encolheu na cadeira.

- Anda, Abigail, vem comigo agora! – O Martim falou alto me assustando.

- Você não manda em mim! – Rebati. Ele não me intimidaria assim.

- Não mando? – Ele me encarou irado, seus olhos verdes ainda mais verdes e escuros. – Eu sou o seu chefe, sua doida! Agora, vem comigo ou eu te arrasto! E você manda limpar essa sujeira, Maria Luiza.